domingo, 20 de março de 2011

Eu, terceira idade

Domingo. 9h da manhã. Eu aqui arrumando o guardarroupa (babybrother diria: OUTRA VEZ?) e, como toda mulher, fazendo mais de uma coisa de uma vez. Estou arrumando minhas mp3 do computador enquanto isso. E aí estou aqui. Ouvindo Dalva de Oliveira. Oi? É.

Se meu irmão já acha o cúmulo eu gostar de música brasileira dos anos 80 (é a minha época, pô! Eu danço loucamente ao som de RPM até hoje!) fico aqui pensando o que ele diria se me visse ouvindo Dalva de Oliveira. Aliás, fico pensando o que diria meu pai. O indivíduo influenciador de nosso gosto musical (roqueiro e internacional) lá de casa. Mais ainda, fico pensando o que diriam minhas avós se me vissem ouvindo Dalva de Oliveira. Minha avó paterna eu não sei bem, porque nunca fui muito próxima dela, assim no sentido pessoal da coisa. Ela não sabe meu gosto musical (talvez saiba pela extensão de seus filhos e netos - todo mundo gosta do mesmo rock internacional da vida), mas eu, assim, cheia das peculiaridades, não. Ela não sabe meus gostos musicais. Nem eu os dela, enfim. Mas a minha avó materna sim. Minha avó materna gosta de todas as músicas bem brasileiras mesmo. Bem da terrinha. Afinal, mineira (e eu acho que os mineiros são mais brasileiros que o resto da população) e filha de índio. Minha avó é muito mais brasileira que eu, devo dizer. Mesmo assim eu poderia ouvir um MINHA FILHA, MAS QUE MÚSICA É ESSA QUE VOCÊ ESTÁ OUVINDO PELAMORDEDEUS? E então chego a rir sozinha só em imaginar. Porque no gosto Leandro e Leonardo e Sérgio Reis dela, acho mesmo que Dalva de Oliveira vai um pouco mais além de toda a coisa. E eu acho engraçado e fico aqui rindo sozinha não só porque eu tenho alguns genes da minha mãe (pessoa que gosta de ser do contra) mas porque eu realmente gosto de umas coisas estranhas (achei um cd do É o Tchan na minha arrumação - abafa). E conforme passa o tempo eu vou descobrindo mais.

Meu gosto por Dalva de Oliveira veio das breves assistidas da série da Globo, Dalva e Herivelto. Que eu assisti quase nada mesmo, talvez só o último capítulo. Mas queria muito ver tudo. Na verdade eu queria mesmo era o dvd. Já achei aqui pra comprar e devo fazer isso em breve. Não só porque gosto de Adriana Esteves e Fábio Assunção (mesmo prestes a engolir pilhas), mas porque meu gosto cinéfilo tem uma peculiaridade - eu ADORO filmes de artistas musicais. Prestenção: eu odeio filmes musicais. Mas adoro os que são SOBRE cantores e cantoras. Não indo muito longe na história, quem leu o post que eu escrevi sobre enriquecer o gordinho da locadora talvez não tenha entendido que eu AMEI Johnny e June. Adorei ver a história do cara que eu nem sabia quem era. Adorei ver o suposto Elvis nos bastidores. "Um cara qualquer ali". Acho mesmo que a minha paixão para música se junta com minha veia cinéfila e daí sempre dá um casamento perfeito. Porque eu acho linda a junção da vida da pessoa com a carreira musical e daí a história de cada música casada com a vida da pessoa sabe. Gente, HISTÓRIA de cada música! Se eu adoro músicas, acho fantástico saber o que aconteceu na vida da pessoa pra ela fazer aquela música falando sobre aquele acontecido, sabe? Sensacional. E quando o filme é assim tipo show, como foi o This is it então! Eu me sinto no show, só que no cinema. No show sentada! Isso é tudo que eu pedi a Deus (eu cantei loucamente quando fui assistir Cazuza no cinema. Não tinha nenhum conhecido no mesmo ambiente - acho).

Estou aqui ouvindo Dalva de Oliveira. Que com músicas como Palhaço, Calúnia, Tudo Acabado e Sem Ti, além da famosa Bandeira Branca, se a gente deixar de lado o chiado característico de música originalmente gravada em LPs e fitas K7, têm toda uma história de amor e ódio com Herivelto, o marido. E depois de ter assistido mesmo que pouco a série, acho sensacional a minha capacidade de não só ouvir a música mas imaginar a vida de tapas e beijos, tão comum na vida de qualquer mulher com qualquer homem, mesmo naquela época e que Dalva teve o desprendimento de passar todo o sentimento (e as reais brigas) para a música e fez com que sua carreira de sucessos fosse tão simplesmente sobre sua vida.

Eu, aqui. 31 anos, apaixonada por Dalva de Oliveira. Domingo, 9h da manhã. Me interna.

4 comentários:

  1. Eu adoro assistir aqueles especiais por toda a minha vida, da Globo. Chorei horrores com o dos Mamonas Assassinas e me emocionei com o da Elis Regina.. Mas gosto de assistir só os dos cantores que eu conheço, e nunca tinha ouvido falar de Dalva de Oliveira, hahahhaah.
    Beijos!

    ResponderExcluir
  2. kkkkkkkkkkkkkkk Adoro Dalva de Oliveira, adoro Maysa, adoro todas essas cantoras antigas, e bem tenho quase 32, somos tão parecidas nos duas rsrsrsrs

    "O mar serenou quando ela pisou na areia, quem samba na beira do mar é sereia"

    beijos

    ResponderExcluir
  3. AAAAhhh, adoro! Adoro filmes/séries/whatever que tenha como assunto cantores/bandas!
    Assisti a minissérie Maysa e A-D-O-R-E-I! E olhe que nem conhecia a cantora antes, nunca tinha nem ouvido falar! Mas me apaixonei pela forma arrebatada que ela vivia sua vida! ;)

    Também adoro música antiga. Minha irmã só falta me bater quando começo com o Elton John aqui. E também escuto MUITA música brasileira! Acho que temos MUITA coisa boa e temos mais que dar valor mesmo! :)


    Beijinhos!

    ResponderExcluir
  4. Tô passando aí com a camisa de força.
    Ah tá.
    Calmaí.
    Acabei de lembrar que passei o final de semana arrumando casa e ouvindo Adoniram Barbosa.
    Camisa de força dupla, já!

    ResponderExcluir