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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Sobre nomes

Todo mundo se preocupa com o nome que dará aos futuros filhos. Muitas meninas já quase nascem sabendo os nomes que seus filhos terão. A gente brinca de boneca, pequenininhas, já colocando em cada uma os nomes de nossos filhos. E eu também já conheci homens que queriam colocar nomes nos filhos. Homens que sonham com os nomes de suas filhas. Acho bonitinho. 

Se o bebê já vai nascer e os pais não têm a mínima ideia de qual nome colocar, já entram em cena os clássicos livros de nome. As buscas na internet. Os significados dos nomes. A Bíblia, como sugestão de nomes de seus personagens. Um nome. Coisa tão importante, que vai determinar a personalidade de alguém a partir dali (e eu acredito bastante nisso). Um nome, cujo qual pode vir logo de cara associado a bullyings na escola e traumas de infância. Nomear alguém é muito complexo.

... mas por que raios as pessoas não se preocupam com os nomes que dão aos seus animais?

Sério, gente, nomear animal também é importante. Só por não ter registro, por poder ser mais variável e por não ser alguém que vá reclamar com o dono a respeito do nome lhe dado, não quer dizer que o animal será feliz com o nome que deram a ele. Você tem um mundo de possibilidades de nomes para dar ao seu animal. Pode abusar da sua criatividade. Mas as pessoas fazem o que?

Eu aposto que os Totós estão cheios de terem um nome tão comum.Os Bidus.Os Costelinhas. Faísca. Kiara. Lady. Myke. Pingo. Quico. Rico. Sacha. Xuxa. Snoopy. Kitty. Thor (acredite, esse é um nome de cachorro bem rodado). E ah, gente, presta atenção. Olha quanto nome que a gente vê de monte nos cachorros e gatos por aí. E que falta de originalidade. Todos referentes ou a cachorros da televisão ou a personalidades ridículas. E sempre, SEMPRE são nomes dissílabos. Ah não.

Eu sou a favor de nomes bem pensados para os animais de estimação. Principalmente porque eu julgo pessoas pelos nomes que elas dão aos seus animais. Há alguns dias atrás Anna Vitória me mostrou no whatsapp que a casa em que ela estava tinha uma gata. Linda, era o nome dela. Eu prontamente respondi que "ai que nome mais sem originalidade". E então ela explicou que o nome da gata anteriormente era Lindinha. Porque quando ela chegou na casa havia uma criança que colocou esse nome. E que havia ainda uma outra gata na casa, que hoje se chama Doce, mas que antigamente chamava Docinho. Meninas Superpoderosas era a referência. E aí depois de toda a explicação e o plus de os nomes terem saído do diminutivo... até aceitei os nomes das gatas. 

Eu até acho criativos os nomes de pessoas em animais, mas eu curto mesmo é o cachorro da Anna. Chico, inspirado no Buarque. Curto o gato da Silvia: Elvis. Curto o cachorro do Edgar: John. Que pode ser do Lennon, de Elton John ou de até Jon Bon Jovi. E uma vez eu fiquei amiga de uma moça só porque o cachorro dela chamava Ozzy. Assim como teve uma novela aí em que os filhos de alguém se chamavam Led e Alanis. E também tem a cachorra da amiga: Polly. E então você me diz "quem é essa cantora?" e eu respondo: não é cantora, é só uma das músicas mais famosas do Nirvana. Ah, o mundo da música é fascinante, mas eu tenho uma colega de trabalho que tem um cachorro com o nome incrível: Valente. E eu acho incrível não por causa da ânsia dela que o cachorro fosse valente, mas sim porque é o nome de um dos Ursinhos Carinhosos!

Pandora se chama Pandora porque além de ter sido encontrada na caixa do motor e além de ela amar uma caixa de papelão, eu curto mitologia (meus pais já tiveram cachorros que se chamavam Sansão e Dalila e minha avó teve um cachorro que se chamava Faraó. Todos filas brasileiros, eram lindos! - tivemos também uma sucessão de Leão, Ursa, Paquinha, Rosinha, Paco Totó e Sasha também, mas deixa pra lá). Mas talvez eu não siga a mesma linha de raciocínio quando tiver meu próximo gato, porque já está estipulado. A próxima gata será a Penélope. É, vou fazer um esquema língua do P. Mas pensando no exemplo que a Anna me contou das gatas que têm seu nome como referência de As Meninas Superpoderosas, eu até que teria animais com a mesma linha de raciocínio. Panthro, Tygra, Cheetara, Wili Kyt, Wili Kat, Snarf e Lion. Todos gatos, claro. E com referência à Thundercats com louvor. (guardarei a referência para o dia em que eu tiver 7 gatos de uma vez). E ah, eu reclamei dos nomes de cachorros que as pessoas colocam de acordo com os cachorros famosos da tv, mas um dia eu ainda terei um gato chamado Satanás!


A propósito: pensando em nomes de animais, achei um site com sugestão de nomes específicos para os animais. Andei dando uma olhada e achei alguns bem bacanas. Segue meu teste para a sonoridade de alguns  (tem até o Janjão da Tary lá):

- Bem-Hur, venha cá!
- Bionicão, senta!
- Careca, vamos tomar banho!
- Cheiroso, larga o meu sapato!
- Coruja, desce daí!
- Cashemira, vamos passear!
- D'artagnan, desce da cortina!
- Godines, fica quieto aqui!
- Kruguer, volta aqui com esse bife!
- Looping, cale a boca!
- Menudo, desde da minha calça!
- Rambo, para de morder o tapete!
- Shakesperare, vai deitar!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

... foi por causa do imbecil que não soube remar ♪

Então que a Ana Lu entrou no meu carro falando do mundo maravilhoso da Livraria Cultura. Segundo ela, um local mágico para toda a galerinha, cheio de altas aventuras e ação para a turminha do barulho aprontar muita confusão.

Hm. Ana Lu. Sai de Curitiba, a terra do frio congelante e chuva que eu vejo todo dia na previsão do tempo no mapa pintado de azul. Ana Lu saiu de lá, pra chegar aqui na minha terra da garoa e das 4 estações em um dia só e com sua população cheia de problemas respiratórios. Ela veio aqui, DO LADO da minha casa, pra mergulhar em toda a curtição da Livraria Cultura do Shopping Villa Lobos. Que tipo assim, fica há uns 5 quilômetros da minha casa. E que em todo esse tempo nessa indústria vital, desde que fizeram esse shopping há, sei lá, uns 20 anos, eu devo ter entrado nessa livraria umas 5 vezes, no máximo.

Ana Lu saiu de lá da casa dela pra chegar aqui no meu shopping e me contar que entrou no mundo mágico e maravilhoso da Livraria Cultura. Com toda a empolgação que só Ana Lu sabe ter. E me fez pensar em todas aquelas coisas que eu sempre penso quando alguém faz uma coisa desse tipo: eu tou aqui, DO LADO do negócio, e não sei aproveitar. Cara, as pessoas precisam sair da pqp pra chegar aqui e me contar que esse lugar aqui, que fica exatamente do lado da minha casa, é fantástico. Pra que eu possa levantar a bunda da minha cadeira e enfrentar trânsito e poluição e macacos motorizados pra conseguir chegar ali e aproveitar também desse lugar que sempre esteve aqui, mas que eu nunca tive a empolgação merecedora para tal ato. E que, mesmo amando livros e tendo entrado outras vezes nessa e em todas as outras livrarias da zona sul da cidade, só agora, depois de ouvir tamanho relato empolgante saído da boca da Ana Lu, eu consegui entrar naquela livraria já querida mas nem tanto AMADA e me deliciar TANTO com as preciosidades que encontrei por lá.

Ontem eu fui na Livraria Cultura e fali. Fali e fali bonito. E só não fali mais bonito ainda porque uma das coleções de livros que eu queria não estava completa lá. E mais: me controlei muito. MUITO mesmo. Pra não pagar os olhos da cara em séries de tv completas e históricas que têm lá, só lá, e em mais nenhum outro lugar dessa cidade. Força interior, não tem outra explicação.

E então que, eu lá, enfiada nos corredores mais escuros e mais escondidinhos, atolada de livros nos braços e sorriso no rosto, uma hora sentei pra descansar. Do lado da amiga que, como sempre, carregava os livros mais bizarros que alguém pode encontrar. Já quase no finalzinho do horário pra loja fechar, chega ela com um livro chamado Como fazer alguém se apaixonar por você em até 90 minutos. Eu, curiosa a respeito do que exatamente estava escrito sobre isso no livro (imaginei algo tipo maconha+cocaína), peguei para folhear. E eis aqui o trecho que, me desculpem, eu até tirei foto pra poder depois escrever aqui e compartilhá-lo com vocês:

"Imagine que você terá de passar o resto de sua vida em um barco a remo. É um barco grande, portanto é necessário que duas pessoas remem para que ele continue se movimentando. Você e o outro remador devem decidir qual direção seguir, devem remar com o mesmo ritmo e a mesma velocidade e se contentar em ficar cada um do seu lado do barco - caso contrário, andarão em círculos até enlouquecerem."

Daí que o xis da questão no livro era dizer a respeito da importância de se escolher bem alguém para um relacionamento amoroso. Eu, claro, me imaginei na situação. Eu lá, bonita, barco limpinho, envernizei meu remo, coloquei galochas pra não molhar o pé, prendi o cabelo em um rabo de cavalo pra não atrapalhar, levei lancheira, lenço de papel, protetor solar, palavra cruzada e lixa de unha. E então eu estou toda lá preparada pra remar e chega, infelizmente, o meu parceiro de remo. E então eu, que me conheço, até já sei. Vou olhar pra criatura e pensar 'ih, não vai saber'. Ou 'ih, é fraquinho, não vai conseguir'. Ou 'ih, esse aí não conseguiu nem limpar o nariz, será que ele sabe o que é um remo?'

Mas tá, que o livro dizia que o barco tinha que ser remado por dois (e infelizmente eu com certeza já haveria tentado remar sozinha e vi que apesar de todo o meu esforço não tinha saído do lugar), então eu teria que dar uma chance à criatura. 'Remar você sabe, né?' já me imagino perguntando a ele. "Ôpa, claro, sou maravilhoso nisso", coisa que todo homem diz, mesmo sem saber quanto é dois mais dois. 'Tá, vamo lá então, pega aê seu remo', eu finjo que acredito na afirmação dele, não sem antes dar as minhas coordenadas sobre como remar e pra onde. "Xá comigo, gata", ele vai dizer. Eu com certeza sentarei no meu lugar respondendo 'AHAM', com misto de sarcasmo e incredulidade, olhando-o de cima a baixo.

E então consigo claramente me imaginar, alguns segundos depois, olhando para o indivíduo cheio de empolgação e vontade, e imaginando que porra é essa que ele tá fazendo que nós, além de não sairmos do lugar, ainda estamos girando. Até enlouquecermos, como disse o livro. Ou até que EU enlouqueça, visto que não há como provar que essa criatura que os céus selecionaram pra me ajudar a remar tem, realmente, um cérebro que possa enlouquecer. E então nesse momento eu me lembro que as regras do livro foram claras e disseram que cada um deve ficar no seu lugar, do seu lado do barco. Lógico, já que os dois de um lado só fariam mais peso que resultaria no bagulho todo virado e nós dois na água abaixo. Então, infelizmente, eu não posso ir lá e dar uns tapas no infeliz pra ver se acorda. Mas o livro nada disse a respeito de sobre o que falar.

E então, meus amigos, eu estou cá a imaginar a cena. Eu lá, toda pomposa, calça jeans e blusa de florzinha. O boca-aberta do meu parceiro de remo cá, babando, fazendo tudo errado e ainda jogando água em mim, o que felizmente é só água porque eu esperta já teria me esquivado várias vezes do remo que com certeza já teria vindo bem perto da minha linda cara. A minha grande vontade seria mesmo levantar aqui do meu lugar e ir lá enfiar um pedala na cabeça dele pra ver se fica esperto. Mas além de não poder, vejo daqui que ele baba no remo e que com certeza nem assim o indivíduo se daria conta da situação em que estaríamos. E então, nobres senhores, primeiro eu vou analisar a situação como um todo. Objetivo: remar pra sair do lugar. Alguém falou alguma coisa a respeito de pescar? Não. Isso quer dizer que se eu gritar e espantar os peixes, isso nada tem a ver com minha meta a alcançar, certo? Certo. Ok.

Vou recapitular pra vocês lembrarem da situação toda: "Imagine que você terá de passar o resto de sua vida em um barco a remo. É um barco grande, portanto é necessário que duas pessoas remem para que ele continue se movimentando. Você e o outro remador devem decidir qual direção seguir, devem remar com o mesmo ritmo e a mesma velocidade e se contentar em ficar cada um do seu lado do barco - caso contrário, andarão em círculos até enlouquecerem."

E então, minha gente, devo dizer pra vocês que enquanto eu lia esse trecho do livro e minha mente já imaginava tudo isso que relatei aqui pra vocês, no fim do parágrafo eu já tinha no meu imaginário toda a resposta a respeito da atitude que eu tomaria. E eu preciso deixar aqui registrado pra vocês algumas das minhas opções de conversa civilizada que com certeza eu teria com esse energúmeno que botaram pra ser meu parceiro de remo:

1 - Anda logo, sua anta, não tá vendo que o negócio tá rodando?

2 - Tô ficando tonta e vou vomitar em você.

3 - Eu tenho o dia todo, viu?

4 - É pedra aí onde você tá batendo o remo, museu. Não te disseram que quem rema, rema na água? Isso aqui não é jo ken po.

5 - No lugar que você fez curso de remo estava escrito 'aula de voo para patos'?

6 - Da próxima vez que você me jogar água com esse remo, eu aviso que o meu vai escapar da minha mão e que, acidentalmente vai acertar bem para o meio dessa sua cara.

7 - Se você deixar o barco virar, já sabe onde que eu vou enfiar esse remo, né?

8 - Você limpa a bunda com essa mesma eficiência?

9 - Você já pensou na possibilidade de morrer afogado?

10 - TCHIBUM! (todas as opções descritas ou ocultas resultariam nessa onomatopéia)


A canoa virou por deixá-la virar...

Por essas e outras que eu não passo perto da prateleira de livros de autoajuda. Porque se eu levasse um papo com qualquer um desses autores desse tipo de livros os encontraria depois, com certeza, com a pedra amarrada no pescoço e prestes a se jogar do Rio Pinheiros. E ainda daria um empurrãozinho.


Sou mesmo uma flor.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Missão

Eu passei 5 anos da minha vida aprendendo que a MISSÃO é um dos principais fatores que devem ser bem estabelecidos numa empresa. Deve ser claro que a missão é o que e para quem a empresa se propõe e a fazer. Não simplesmente a descrição do que a empresa faz. Missão é o que a define, é um propósito, é o que a faz existir. É, eu fiz administração de empresas. Com uma ênfase, e por isso meu curso durou 5 anos - não foi DP não. E apesar de, ainda hoje, mesmo sendo muito comum por aí os cursos de gestão de negócios e vários outros com vários outros nomes do tipo, que as pessoas formadas em quaisquer outras profissões são obrigadas a fazer como especialização, devo dizer pra vocês que OI, formados em jornalismo. Em direito. Em arquitetura. Em medicina. Em qualquer curso de informática, ou qualquer curso de qualquer outra natureza. Quando vocês são obrigados a fazer uma especialização de gestão em negócios, gestão pública, gestão de projetos, gestão financeira, gestão ambiental e gestão de qualquer p#rra que seja, ISSO É ADMINISTRAÇÃO. É administração que exigem que você saiba quando te obrigam a fazer um curso desses para que você possa ser promovido. É administrar, o que quer que seja, que é preciso saber pra você crescer na vida, não importa em qual sentido. Então vamos parar de sair dizendo por aí que administração "é o curso mais sem sentido" que você viu na vida. Que quem faz administração, faz porque o pai manda ou porque não soube o que fazer. Vamos abrir essa mente, gente. Todas as profissões têm o porquê de existirem e, sinto dizer, eu aposto que você que faz curso de torneiro mecânico (oi, Lula!) deve ter alguma disciplina que te ensine a administrar sua carreira, seus clientes, seus fornecedores e suas ferramentas (ou o que quer que seja que torneiros mecânicos manuseiem - eu não entendo disso). Mas tá, não era sobre isso que eu ia falar. Eu estava falando da missão.

Acontece que nessa mesma linha de raciocínio do conceito de missão que eu aprendi na faculdade (tou falando que administração é uma coisa pra vida), estou aqui a pensar na missão espiritual. Quem me lê há bastante tempo sabe que eu sou católica, mas que ponderando pelos prós e contras das religiões afins por aí, eu até que simpatizo bastante com os espíritas. E aí, bagunçando (ou arrumando) o meio de campo, semana passada a amiga colocou meus dados, nome, data e hora de nascimento, número do sapato e cor da calcinha num site aí que faz mapa astral e me mandou por e-mail. Na verdade ela queria saber aonde que estava a lua no momento do meu nascimento - eu ia dizer que devia ser no céu, mas achei melhor deixar pra lá. Daí tá. Eu, como quase todas as mulheres do mundo sei meu signo, ascendente, elemento e blablabla e até já tive meus tempos de ler horóscopos e tal. Mas sobre astrologia, não acredito nem deixo de acreditar. Só penso que não há mal nenhum em ler uma coisa ou outra ou pensar que essa ou aquela pessoa têm o jeito assim ou assado porque 'ah! Você é de gêmeos! Só podia mesmo ser duas caras!' Sabe? Diversão, simples assim. Claro que eu sei que quando conhecer o homem da minha vida não posso perguntar o signo dele assim nos primeiros dias, senão ele vai me achar uma louca do horóscopo e tal. Eu serei mais sutil e perguntarei toda fofa e sorrindo "que dia você faz aniversário?" (homens nunca ligam uma coisa à outra, são tão inocentes! hoho)

Enfim, a Pri fez o meu mapa astral e me mandou colado por e-mail. E no meio a tantos sóis e luas nas casas não sei das quantas, estava lá uma frase importante, que me deixou pensando bastante a respeito: "À medida que o tempo passar, você chegará a alguns insights muito bons com relação à sua individualidade e certos elementos raciais e familiares. Aprenda com eles. Talvez então você possa descobrir a natureza da missão espiritual que o destino lhe reserva."

E aí eu fiquei pensando que muito provavelmente eu já tenha tido esses insights. Porque eu realmente penso muito na vida, meodeusdocéu, eu penso demais. E de uns tempos pra cá, com todos os acontecimentos na minha vida, na vida das pessoas próximas e, principalmente, nas vidas das pessoas da minha família.... talvez eu tenha tido uma idéia da minha missão espiritual nessa vida.

Porque né? Desculpe se você não pensa no por quê da sua existência. Eu penso no por quê da minha. Eu penso o que que eu estou fazendo nesse mundo. Por que eu vim, pra que eu vim. Vim fazer o que? Só a passeio? Impossível. Eu prefiro dormir a ficar passeando sem sentido. Eu, com certeza, se estou aqui é com algum fundamento. Porque eu prefiro pensar assim do que ser como os ateus, que acham que do pó viemos e para o pó voltaremos. Ah, não, vai. Eu acho que acredito que tudo vai muito além disso. Impossível que eu tenha vindo aqui toda linda e fofa participar desse mundo de meudeus e que tudo o que eu penso, sinto e vejo um dia vai simplesmente escoar para o lençol freático do cemitério em que eu for enterrada e, puf, acabar. Não, eu acho que eu mereço mais que isso. Eu acho que tudo vai muito além disso. Por favor, eu não ia ficar aqui participando de toda essa PALHAÇADA pra nada, vai.

Enfim. Como num video game, eu acho que aqui todo mundo tem uma missão. Claro que tem sempre aquele pessoal que resolve jogar no seu time só pra te atrapalhar. Tem aquele pessoal que no começo fica todo feliz e animado de "ah, vou fazer dupla com você!" só porque você joga bem e a pessoa quer levar a fama de ganhar às suas custas. Mas que desiste de jogar quando você começa a perder. Ou simplesmente porque cansou de jogar com você. Ou simplesmente porque cansou de jogar. E agora vai pular umas partidas porque vai no banheiro ou comer lanche da tarde e "fulano, joga aí pra mim!". A vida é como um video game. A diferença é que lá você vai ganhando vidas no decorrer do jogo, e quando morrer pode voltar do ponto em que salvou pra refazer o percurso matando mais bichos, porque dessa vez você já sabe de onde eles vão surgir. Mas eu acho que fora esse fato, deve ter uma hora que você percorre todos os mundos, mata todos os inimigos, colhe todas as moedas e acha todas as estrelas. E chega lá no fim, pra resgatar a princesa. Que eu agora podia dizer que não é o fim, mas sim o início da tormenta, afinal o casamento não é feito do "felizes para sempre". Mas dessa vez eu vou fazer a Analu e acreditar que, sim. A hora que você chega pra resgatar a princesa equivale à sua chegada ao paraíso. Detalhe: a hora que você chega lá no fim pra salvar a princesa (aquela chata), pode ter até passado a maior parte das fases dividindo sua missão com o Luigi. O Luigi pode ter sido um amigo fiel que te ajudou a superar barreiras e a avançar no objetivo, mas também pode ter sido um filho da puta que só foi perdendo todas as suas vidas e tropeçando no caminho. O Luigi pode ter sido um Bruno, mas tanto faz. Lá, no fim, na hora de salvar a princesa, é você. O Luigi nunca aparece dizendo "ah, Mario, peraí que eu vou na frente pra ir te ajudando e limpando um pouco o caminho". Não. O Luigi chega no castelo do Bowser, pára na porta e diz: vai lá Mario, eu espero aqui.

Dia desses eu vi no Video Show que perguntaram para o Evandro Mesquita o que ele gostaria de ouvir quando chegasse no céu. "Que eu vou ter outra chance", ele respondeu. Eu fiquei pensando que gostaria de ouvir um sonoro PARABÉNS. Você executou suas tarefas com eficácia. Você superou seus obstáculos, você atingiu seus objetivos, você salvou a princesa, mesmo ela sendo uma chata e viu o castelo do Bowser ruir, desabando seu império e salvando a população (Bin Laden acho que via o presidente dos EUA como Bowser, né?). Você cumpriu sua missão - era o que eu queria ouvir. Porque, a partir daí, eu teria descoberto não só minha missão nesse mundo, mas também meu motivo de existir e porque passar por certas coisas. A partir de um simples parabéns eu saberia o sentido da vida, do universo e tudo o mais. Porque já diria Douglas Adams: a resposta é 42. Mas a pergunta é que são elas.

Enquanto esse dia não chega, eu fico aqui tentando adivinhar os motivos para minha existência no mundo. Desculpem, eu sou uma pessoa complexa. Para pessoas comuns e mundanas e que passam sua vida pensando em acertar o bilboquê, favor se dirigir à sessão blogs diários. Aqui é uma pessoa densa que fala. E essa pessoa densa vem pensando bastante a respeito da vida, do universo e tudo o mais. E aqui, como mulher de 30, sabendo que os 30 são a idade da intolerância, eu sinto dizer que meu insight (ou talvez minha intuição) me diga que missa missão espiritual passa ali bem pertinho da PACIÊNCIA. Da aceitação. Do entendimento do outro. De consentir a respeito das coisas. De entender que as pessoas fazem as coisas por esse ou por aquele motivo. E que cabe a mim aceitar. Entender, apoiar.

A cada dia que passa, quando eu penso que não, aquele último acontecimento eu já entendi, já superei, já continuei... vem alguma coisa nova e muda tudo. E aí eu me vejo aqui, pensando que nossa, quanta coisa ainda preciso aprender. Quanta coisa ainda preciso aceitar. No relacionamento com as pessoas então, meodeus, como eu preciso mudar.



quinta-feira, 28 de abril de 2011

Séries - a evolução da televisão

Daí que um dia alguém inventou a televisão e então passou-se a ter preocupação sobre o que apresentar. Durante muitos anos, muitos anos MESMO o must era a tal da novela. Rainha da Sucata pra cá e Cambalacho pra lá, eu penso que Top Model foi pra mim o auge das novelas, mas choro todos os dias por não ter assinado a Sky HDTV e poder gravar Vamp, que passa todos os dias 3h da tarde no canal Viva. Gente, quem está podendo assistir Vamp às 3 horas da tarde? Os adolescentes que estudam de manhã e nem sabem do que se trata a novela, nem sabem o que é novela (porque Malhação é merda, vai) e se forem assistir só vão criticar um estilo de filmagem arcaico e o buço por fazer de Cláudia Ohana? Por favor! Vamp é pra quem trabalha o dia todo, minha gente! Alguém faça o favor de elaborar um abaixo assinado para solicitar a reprise de Vamp às 9h da noite em canal aberto, por favor!

Infelizmente as novelas que fizeram parte da minha infância não existem mais (R.I.P. Carrossel :~), o que tem hoje é essa coisa que na segunda cena já tá todo mundo tirando a roupa e Deborah SECA mostrando as costelas pra quem quiser contar em qualquer novela das 8. Ou então aquela coisa ridícula de andróide/robô que controla prédio/dinossauro, típico de novela das 7h, que infelizmente deixou pra trás o humor de Quatro Por Quatro e Cobras e Lagartos (com Lázaro Ramos de Foguinho, que vai muito mais com a cara dele ao invés de ter pinta de pegador safadão em novela das 8h).

Mas, felizmente, o foco da tv não é mais novela. Pra quem teve o gostinho de conhecer a tv à cabo ou até pra quem sabe selecionar a coisa certa pra assistir na tv aberta. As séries estão aí há bastante tempo já, com a vantagem de ser exatamente aquilo que se posiciona entre as novelas e os filmes. Com a continuidade de uma novela, mas sem a obrigação de assistir todos os capítulos para entender um episódio só. E com a qualidade de um filme. Boas histórias, bom divertimento, bons personagens. Séries são sem dúvida alguma, há bastante tempo já, o meu afazer preferido na frente da tv.

Daí que, nessa onda de memes e de pessoas empolgadas na arte de ter um blog (êêêh, que felizmente ainda é divertido ter um blog \o/), Lilica também foi lá e criou o meme dela - o dAs 10 Melhores Séries. Eu, claro, entendidíssima do assunto e querendo saber mais, já tinha na cabeça as minhas 10 preferidas assim que ela comentou que seria uma boa um meme desses. Estava aqui só esperandinho ela começar pra eu correr e escrever sobre as minhas também. O bom do negócio todo é que no fim da lista eu vou ser chata e indicar pessoas (eu nunca indico, mas dessa vez é necessário) porque as minhas séries favoritas já acabaram ou estão acabando, e eu gostaria de ver coisas novas, sabe. Como uma sugestão mesmo, quem se propor a seguir o convite e fizer o meme eu vou lá ler pra pesquisar novas séries pra assistir. Da mesma forma, como sempre, vou postar a minha sugerindo algumas séries que já acabaram mas que mesmo assim, na minha opinião, valem a tentativa de assistir - caso alguém tenha curiosidade e queira seguir minhas dicas. Então lá vamos nós:





AS 10 MELHORES SÉRIES NA MINHA OPINIÃO são:






10 - O Elo Perdido: Eu não podia falar de séries sem mencionar onde foi que tudo começou. O Elo Perdido passava em algum lugar da década de 80, no SBT. Eu, com poucos anos de vida, assistia e entendia o suficiente pra saber que era uma coisa meio Caverna do Dragão, mas sem ser em desenho. Engraçado que o que Caverna do Dragão não me interessava, eu era apaixonada, na mesma proporção, pela história dO Elo Perdido. Como o nome mesmo já diz, se tratava de um mundo perdido onde um pai e seus dois filhos foram parar e não conseguiam sair. Cheio de dinossauros com formas e movimentos arcaicos à lá Jaspion, Land of the Lost é o nome em inglês. Reparou? LOST!! Aos 5 anos de idade eu gostava de uma série que tinha LOST no nome, minha gente! E gostava mesmo! Mesmo sem entender muito, eu não perdia um capítulo!

Personagem inesquecível: Cha-Ka.

Era a espécie de um macaco ou coisa parecida, habitante dO Elo Perdido, que diferente de todos os outros seres hostis (inclusive os outros da mesma espécie que Cha-Ka), ele era bonzinho e amigo dos humanos perdidos. Sempre tentava ajudar e protegê-los de todos os outros seres e de tudo que lhes fizesse mal. Cha-Ka era um herói meio atrapalhado, que falava sua própria língua e que eu AMAVA. Um belo dia ganhei um boneco meio descabelado e amarelo e não tive dúvidas: Cha-Ka foi o nome que dei pra ele e por incrível que pareça o meu Cha-Ka ainda dorme no meio das minhas coisas guardadas, como recordação do primeiro brinquedo que amei muito e carreguei pra cima e pra baixo por vários anos seguidos.






9 - Seinfeld: Eu já falei sobre Seinfeld aqui, exatamente quando terminei de assistir todos os episódios e quis contar minha impressão a respeito da série. Resumindo, é uma série relativamente antiga (nada que se compare com O Elo Perdido) e que passava em algum lugar da tv que eu nunca vi. Fato foi que ali ou acolá as pessoas comentavam a respeito e um dia meu irmão resolveu baixar pra gente assistir. Eu comecei a acompanhar as histórias de uma maneira meio tímida e querendo ver onde ia dar, e terminei a nona e última temporada pensando que foi em Seinfeld que surgiram todas as outras séries sobre o cotidiano com amigos. Com situações simples e corriqueiras, a série "sobre o nada" tem sim um lugar no meu coração porque me deixou durante vários meses lembrando do episódio que tinha visto na noite anterior e rindo sozinha durante o dia sobre essa ou aquela situação engraçada que tinha assistido. Fato relevante: andando na rua, um dia passou uma mulher por mim com uma camiseta do famoso quadro Kramer, estampado. Eu devo ter esboçado qualquer reação completamente estranha quando a vi, tamanha minha surpresa.

Personagem inesquecível: George Costanza.

Nada de tão divertido teria acontecido nessa série sem George Costanza. Apesar de Elaine dançar sensacionalmente e Kramer ter chiliques que me faziam ter ataques de riso, George Costanza estava para Seinfeld assim como Chloe estava para Clark Kent em Smallville = nada funciona sem ela. George Costanza foi simplesmente o personagem mais sensacional e autor de todas as trapalhadas mais memoráveis e mentiras mais deslavadas de toda a série, com bônus para ter matado sua futura esposa porque comprou convites de casamento mais baratos e a cola do envelope envenenou a coitada ao lambê-los para fechar. Detalhe: ele ficou feliz com a morte dela, já que entrou em pânico dias antes do casamento e essa foi pra ele a solução dos céus para se livrar dos planos. Melhor episódio da série toda: o dia em que George resolve que quer ser mandado embora do clube de beisebol, onde trabalhava. Resolve correr pelado no campo durante o jogo, mas tem tanta vergonha pra isso que usa um maiô cor da pele.






8 - True Blood: Eu soube da existência de True Blood pelo Bruno, meu seguido e seguidor no twitter, que comentou a respeito. Eu sabendo que se tratava de vampiros e querendo dar uma inovada no auge Crepúsculo da vida, questionei a respeito. "É um Crepúsculo para maiores de idade", foi o que ele respondeu. E eu, cansada daquele chove-não-molha de Crepúsculo, me interessei e passei a assistir. True Blood tem todo o sexo que você tem vontade de ver quando Crepúsculo faz doce. Toda a parte luxúria da vida vampiresca, toda a inocência sensual da mocinha em trajes sumários e de renda à mercê do próximo vampiro que virá chupá-la em todos os sentidos. Eu achei meio picante demais no começo, mas não teve jeito: gostei. Pra assistir sozinha no quarto e longe dos olhares questionadores de pais e irmãos, True Blood me dá calor. E é exatamente por isso que eu gosto. Melhor episódio de toda a série até agora: o dia que Sookie sonha estar com Eric. \o/

Personagem inesquecível: apesar de todo o meu amor pelo vampiro malvado (que ai, meu fraco por malvados!) Eric - eu se fosse a Sookie catava esse e ia ser feliz pra sempre no lado negro da força - meu personagem preferido é o secundário Lafayette.

Lafayette é o gay-cozinheiro do único pub/boteco/restaurante da pacata cidadezinha do interior onde tudo acontece. Completamente diferente da vida dele, que apesar de ser o único ser normal e completamente humano (por enquanto) de todos os personagens, se enfia nas mais doidas confusões, tanto com os vampiros quanto com os mocinhos, ao mesmo tempo que tenta levar sua vida gay quase normal. A cada episódio que eu assisto, só consigo pensar que Lafayette não pode morrer.






7 - Sex and the City: Também citada nesse post, data em que eu já tinha assistido todos os episódios da série e os dois filmes que vieram depois, Sex and the City pra mim começou quase que por acaso, por intermédio da tia que resolveu assistir e me chamou pra fazer companhia. Eu demorei pra me acostumar com todo o clima sexo explícito demais da coisa (como se True Blood também não tivesse!) e até hoje tenho certos pensamentos a respeito de ser uma série específica para mulheres solteiras de 30 anos. Preconceito à parte, as histórias foram passando, tudo foi se encaixando não só lá na trama em si, mas também na minha vida. Passei a identificar amigas, ex-namorados, ex-ficantes e pretendentes, todos muito bem exemplificados nessa série que trata exclusivamente de pensamentos e atitudes femininas. Passando pelo exagero de situações, me peguei torcendo por cada uma das quatro mulheres e fiquei totalmente satisfeita pelos finais felizes que tiveram quando a série acabou. Foi sem dúvida a série que mais mudou meus pensamentos, minhas opiniões, meus gostos e minha visão sobre as situações que também estão presentes na minha vida.

Personagem inesquecível: Miranda!

Miranda é a maior identificação televisiva da minha pessoa de todos os tempos da face da Terra. De sua franqueza sem pensar nas consequências à sua descrença a respeito do mundo masculino passando levemente pelo foco na vida profissional deixando de lado a amorosa e finalizando com o sujeito que só conseguiu o amor dela porque a venceu pela insistência. Miranda é eu, inclusive na parte que se entope de chocolate porque decidiu que não vai mais fazer sexo com ninguém que não a mereça. Melhor episódio da série: o dia que Miranda se casa!





6 - A Feiticeira: É a série preferida da minha mãe, que assistia fielmente em seu tempo de infância e adolescência e adivinha: era no canal dA Feiticeira que a tv ficava em todos os anos da minha infância que ainda passava essa série. Sei que todo o encanto da minha mãe pelas bruxinhas (também vem daí o meu gosto por isso) foi passando pra mim a cada admiração dela sobre cada episódio que ela sempre comentou do começo ao fim. A Feiticeira foi o Chaves da minha mãe, que ela assistiu muito e que ditava moda, conceitos e piadas da época dela. Eu passei a gostar também, das coisas que voavam e da facilidade em se conseguir tudo com o simples chacoalhar de um nariz.

Personagem inesquecível: Tabatha.

Porque Tabatha era a personagem que tinha a idade mais parecida com a minha de toda a série. Tabatha, a filhinha de Samantha e neta de Endora, apesar de toda a torcida do pai pra nascer humana, era a mais nova das bruxinhas e apesar de não saber chacoalhar o nariz, mexia o narizinho com o dedo pra conseguir tudo o que queria. Era com Tabatha que eu me identificava e já tentei muitas, MUITAS vezes chacoalhar o nariz com as mãos pra ver se, quem sabe, talvez, eu também não tinha nascido pelo menos levemente com um pezinho no mundo bruxo.






5 - The Big Bang Theory: Foi a série que eu gostei logo de cara, no primeiro episódio que assisti. Porque eu gosto do mundo nerd, gosto de gente neurótica, gosto de pessoas difíceis e gosto de humor inteligente, exatamente tudo que TBBT mostrou ser antes do início. Logo de cara eu já fui fã dos quatro malucos mais cheios das manias que poderiam inventar e na terceira temporada ainda tive o prazer de ver Blossom, protagonista de uma série que eu também adorei ver, fazendo loucamente parte do mundo nerd mais gostoso de assistir. Amy Farah Fowler foi, depois de Penny, o toque especial - e feminino - que faltava nesse mundo cueca cheio dos video games da vida.

Personagem inesquecível: apesar de amar a Penny de todo o meu coração e saber que ela é personagem fundamental em TODOS os episódios, não-tem-como não dizer que Sheldon é o melhor.

Sheldon, o ser que não só se acha - mas tem certeza - ser o indivíduo superior, é neurótico ao extremo e, sem dúvida nenhuma, é a partir das opiniões dele, da perseguição pelo lugar dele no sofá, da música que precisa ouvir quando está doente, da vontade ensandecida de bater na porta chamando a Penny e de todas as invenções malucas que resolve ter, que há reação dos outros personagens e inicia-se o desenrolar de cada episódio. Eu tenho um fraco por malucos egocêntricos, eu sei. Melhor episódio até agora: o dia que Sheldon entra escondido no apartamento da Penny pra fazer limpeza porque ele não consegue dormir se lembrando da bagunça dela.






4 - House M.D. : Medicina é a última profissão que eu teria nesse mundo e eu odeio médicos e hospitais, mas não posso negar que sou fã do médico mais egoísta e sangue frio de todo o mundo dos seriados. House faz com que qualquer arrancada de membros seja fichinha e qualquer estadia no manicômio seja divertida. A série é ÓTIMA, os casos são sensacionais, o humor dos personagens é de sarcástico pra baixo e eu comecei a assistir a série porque a minha vó acha que o Gregory House é o cara mais charmoso e com olhos azuis que já existiu nessa terra. Estou falando que essa anormalidade por gostar de gente doida vem de família. Melhor episódio de toda a série até agora: o dia que House e Cuddy começam a namorar <3.

Personagem inesquecível: Wilson

Se é que alguém como House consegue ter amigos. Wilson é chefe da Oncologia do hospital e talvez por isso tenha toda a paciência de Jó pra socorrer e ajudar e ser pisado e ajudar e sofrer e levar as culpas e ajudar e pular janelas e invadir lugares e perder mulheres e ser gozado por House. Wilson é o capacho que está sempre ali. Wilson é o amigo de verdade que House não merecia ter. Wilson é uma pessoa boa. E eu sou fã dele por isso.






3 - Friends: Friends começou na minha vida com o ex namorado que queria assistir e comprou algumas temporadas e me fez sentar do lado e ria em horas sem graça e eu ficava irritada porque o namoro não estava mais dando certo. Anos depois, Ju, a amiguinha japa, fã fervorosa de friends, me emprestou (!!) uma a uma cada temporada pra assistir. É, porque ela tem toda a coleção. Eu não aceitei de cara, porque se não gosto de emprestar minhas coisas tenho o simancol de também não aceitar as coisas dos outros emprestadas, mas ela insistiu (!!) tanto que eu peguei pra contentá-la. E fui assistindo uma a uma, dessa vez comigo mesma, com calma e sem me irritar com ninguém. E, claro: me apaixonei. Por cada personagem, por cada situação, por cada cachorro de louça no meio da sala ou frango enfiado na cabeça. Simplesmente, não tem como não amar Friends. Não tem como assistir e não dizer que se virou fã incondicional. Não tem como não ter vontade de ter mais cinco amigos de verdade, pra vida toda, juntos nas alegrias e nas tristezas e, principalmente, nas trapalhadas do dia a dia. Friends me deu vontade de morar lá com eles. De participar da vida deles. Melhor episódio de todas as séries FOREVER: o dia em que Chandler beija Monica na frente dos outros por engano e pra disfarçar o romance sai beijando todo mundo na boca também!

Personagem inesquecível: apesar de meu favorito ser o Chandler, meu inesquecível é a Monica.

Monica Geller tem todo o meu lado capricorniana-ascendente-virgem de ser. Neurótica em grau extremo, até aquela cena de quem fica com os castiçais eu já tive na vida. Da mania de arrumação ao "não tinha nada pra fazer então fiz faxina no banheiro". Monica é eu sem tirar nem pôr, sabe. No gosto pela culinária, inclusive. Mas principalmente na neurose de ser. Rolou identificação total.






2 - Chaves: Eu realmente não sei dizer quando foi que comecei a assistir mas deve ter sido bem lá quando eu me dei por gente. O que eu sei é que Chaves faz parte da minha vida. Que eu já assisti cada episódio umas 300 vezes e se eu estiver sapeando um canal e ver que está passando Chaves, vou deixar lá e assistir de novo mais algum episódio e dar risada outra vez. Porque eu AINDA dou risada. Chaves foi o que eu mais vi na vida e acho o cúmulo quando escuto algo do tipo "meus filhos nunca assistiram Chaves porque eu nunca deixei, é prejudicial pra educação deles". Eu sempre tenho vontade de responder algo do tipo "desculpa, mas você está criando monstros ao privar a sua criança de assistir coisas que o mundo inteiro assiste e comenta há tantos anos, e muito provavelmente quem é prejudicial para a educação deles é você". Chaves fez parte do meu aprendizado e nesses meus 31 anos de vida o que eu mais escutei foram bordões assistidos e aprendidos em Chaves, que toda a população cresceu ouvindo, cresceu rindo. Meu episódio preferido é aquele que a Chiquinha conta o filme de terror. Adoro!

Personagem inesquecível: Quico.

Porque depois que o Quico saiu não teve mais graça. Pra mim Chaves termina lá em Acapulco, porque aqueles foram os últimos episódios do Quico. Quico é o sem noção, o dono das caras e bocas e de toda a burrice que lhe cabe, Quico é o campeão, o filhinho da mamãe, o tesouro, o rei, o príncipe, o LOTERIA! Quico é o melhor!






1 - LOST: Em uma coisa todos concordam: ou as pessoas odeiam Lost, ou amam. E eu sou da opinião que os que odeiam é porque não prestaram atenção. Porque não tiveram curiosidade de assistir desde o primeiro pra entender. Ou até o fim, que seja. Lost pra mim foi a melhor série de todos os tempos já inventada aqui nesse mundinho. Lost supera as expectativas a ponto de todo mundo saber do que se trata quando alguém cita. Nem que for pra falar mal. Todo mundo tem opinião. O último episódio de Lost foi um evento que eu não me lembro de ter visto antes, com pessoas ansiosas e assistindo desesperadamente via internet e desmarcando compromissos porque não podia perder. E meses depois, encontrei e assisti pessoas discutindo bravamente sobre o que deveria ou não deveria ter acontecido e opiniões adversas sobre ter perdido ou ter ganhado 6 anos acompanhando uma série. Lost não é meio termo. Ninguém achou mais ou menos. Ninguém gostou mais ou menos. Ou você amou, ou odiou. Eu amei. Eu achei que é confuso mas é justamente isso que dá toda a emoção do negócio. É uma série para se pensar. Para se pesquisar. Para se buscar informações. Para se correr atrás. Para se discutir com os amigos. Não dá simplesmente pra sentar a bunda no sofá, assistir e quando acabar ir tranquilamente jantar. Não dá. Lost é uma série que faz o cérebro funcionar. Coisa de gente inteligente. Coisa de quem quer saber mais. Coisa de gente que pensou tanto até o cérebro fundir. Eu particularmente gosto de ver vários episódios de uma vez, e pra mim foi bom começar a assistir depois de uns 2 anos de série, porque pude ver vários episódios por dia. E surtei. Eu entrei na série. Eu sonhei que meu irmão me estrangulava. Eu ouvi sussurros. Eu passei várias horas da minha vida pensando nisso e tentando desvendar os mistérios sozinha. Eu estive lá com eles. Fui amiga deles, fiz parte do bando. Pensei no que fazer, em qual era a melhor maneira pra tudo. Eu não apenas assisti o Lost. Eu ESTIVE no Lost. Sensacional. Foi uma série FODA, pra quem soube apreciar. Mas reconheço, não é pra qualquer um.

Personagem inesquecível: respirem fundo, se preparem :~

Sawyer, SEU LINDO. Essas suas covinhas dispensam explicações. Melhor episódio da série..... o que Sawyer resolve dar um vem cá minha nega na Kate, claro. Sem roupa, inclusive. hoho.





Chegou sua vez: as indicadas para o meme são: Anna Vitória, Analu, Rúvila, Tary, Amanda e Rafaela. Pra quem tiver 10 séries pra listar, pra quem tiver uma só e quiser falar sobre, tanto faz. O importante é escrever sobre suas séries do coração, não importa quantas são! :)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Sobre Recomeçar

Carnaval foi-se e dessa vez eu nem parei pra perceber que passou. Mesmo sem ter ainda tv à cabo em casa, esse ano eu não me preocupei com todo o falatório a respeito nem nada. Teve só uma noite aí que eu dormi com a tv ligada e esqueci de colocar o timer e daí acordei sabe-se lá qual hora da madrugada com o maior TCHIGUIDUM TCHIGUIDUM TCHIGUIDUM na minha casa mas tudo se resolveu quando depois de um tempo perdida e sem entender no meio do samba enredo eu descobri o botão de liga/desliga do controle remoto da tv e tudo voltou à maior santa paz do silêncio da madrugada. Interesse de Renata pelo Carnaval NOTA... ZERO! (imaginem a voz do pessoal da apuração de escolas de samba nessa última frase, sim?)

Então. Nem me liguei que era o carnaval e tals. Pra mim foi um feriado bem do supimpa. Deixei o gordinho da locadora rico. Me senti a Anna, toda amiga do atendente da locadora. É, porque agora a gente troca a maior idéia a respeito dos filmes. O que eu achei, o que deixei de achar. Ele me sugere mais umas coisas e daí se eu não gosto, vou lá e reclamo. Enfim. Fiquei tranquilinha na casinha, eu mais babybrother. Feliz, feliz. Então eu vim aqui contar pra vocês que eu aluguei Salt, aquele da Angelina Jolie. E apesar de ser de ação, achei monótono. Não sei, eu esperava mais. Tava na cara que a identidade dela era a que eu imaginei desde o início. E assisti Garota Fantástica, sugestão do gordinho da locadora, fã da Ellen Page, como babybrother. E achei simpático, apesar de achar estranha essa nova linha de filmes adolescentes sem noção, tipo Scott Pilgrim e Kick Ass. E é dirigido pela Drew Barrymore, que eu gosto muito e a cada dia que passa a acho mais doida. Talvez por isso eu goste. Alugamos Brüno, e esse eu devo dizer pra vocês que a gente não conseguiu assistir mais que 10 minutos. Porque a gente achou que era uma coisa assim meio Borat, mas no fim das contas o apelo sexual é tão ABSURDO que babybrother fechou os olhos mesmo nesses 10 minutos de filme que se passou. Eu, toda querendo me revoltar com alguém, cheguei na locadora pra devolver o filme e dizendo que foi um absurdo eles me deixarem alugar aquilo, ouvi do gordinho que a história é real, existe mesmo um Brüno que invade desfiles e é jurado de morte num país daqueles lá das arábias por uma ou outra briga política e religiosa e tals. E que daqui pra frente ele vai prestar mais atenção nos filmes que eu alugo e qualquer coisa me orientar a respeito. Haha.


Assisti Embriagado de Amor, que foi alugado por engano. E achei muito-muito-muito estranho, por sinal. E fiquei pensando se alguém no mundo gosta de um filme desse tipo. Apesar de ter Adam Sandler, foi uma coisa muito estranha de se assistir. Na verdade o filme que eu queria alugar era Ressaca de Amor, veja bem, quase igual. Embriagado, ressaca, bêbado. O que importa é que bebeu demais e foi pro amor. E a gente queria alugar esse filme por um motivo bem incomum: o ator principal do filme parece DEMAIS o Bruno, nosso ex-tio. Mas no quesito do filme ser assim BOM eu acho que deixou mesmo a desejar. Não assim tanto tipo Brüno (que a gente também alugou por causa dele - e eu ia ter vergonha de me chamar assim se assistisse esse filme) ou Embriagado de Amor. Mas também não entra na minha lista de filmes bons.


Falando em Adam Sandler, foi o feriado dele. Além de Embriagado de Amor, assisti Gente Grande, que é uma comédia simpática. Nada que se diga que nossasenhora que comédia engraçada nem nada, mas beleza. Achei a Salma Hayek bonitona e bem parecida com a Penélope Cruz, por sinal. E assisti também Um Faz de Conta que acontece, que gostei mais e fiquei pensando que podia chover chiclete por aqui (num dia que meu carro estiver num lugar coberto, claro). E teve também Johnny & June, que eu aluguei sabendo que tinha ganhado Oscar de sabe-se lá o que e pensando que eu nem gosto do Joaquin Phoenix desde que ele acabou com a vida do Gladiador e talz, mas sabe. Eu me surpreendi. Sou suspeita pra falar a respeito de filmes de astros da música, mas eu achei tudo tão sensacional e sabendo que todas as músicas do filme foram cantadas de verdade por ele e pela Reese Whiterspoon eu realmente descobri que vou precisar comprá-lo (o filme) assim que achar por 12 reais nas Lojas Americanas, assim como Julie & Julia, que achei muito bom tanto quanto. Gente, que filme bom! Ainda bem que depois de tantos filmes estranhos e insossos eu ainda acho filmes sensacionais como esse pra assistir. Super recomendo!


Assisti também Percy Jackson, que eu nem sabia do que se tratava e peguei só porque eu vi a linda-linda Uma Thurman (sou muito fã depois de Kill Bill - eu sou fã das pessoas pelo tanto que eu gosto dos filmes que fazem, me deixa) de Medusa no trailer, mas nem me liguei. Daí que o negócio do Percy Jackson é que ele é filho do Poseidon, gente! Eu NEM gosto de mitologia nem nada!! Achei um ABSURDO eu não saber que o filme era sobre deuses e criaturas mitológicas, adorei e agora vou procurar os livros pra comprar. E vi também Aprendiz de Feiticeiro, e apesar de ter em casa histórias concretas sobre Merlin e Morgana e saber que não se odiavam assim nessa intensidade e que, veja bem, Nicolas Cage, meu nego, você é o cara que corta o dedo ao invés de cortar o pêssego, não vem que não tem essa sua vontade de ser feiticeiro, ôpa que eu tenho lá em casa várias coleções de livros sobre os tempos do Rei Arthur e esses magos e bruxas e tals. Conclusão: minha praia. O filme não é nada que se compare assim com Harry Potter nem nenhuma outra obra prima cheia de detalhes de magia e bruxaria e tals, mas é simpático. Tem um cara lá que me lembra MUITO um defunto do passado, mas beleza. Mesmo assim achei legalzinho.


Alugamos também, veja bem povo, Dança com Lobos. Porque babybrother ficou encantado com essa coisa de Oscar, de opinar, de assistir os filmes, de ter opinião a respeito, de gritar e balançar os pompons bravamente na torcida de Natalie Portman em Black Swan, que decidiu pegar a lista de filmes premiados como melhor filme em todos os Oscars até hoje e assisti-los. Todos. Adivinha quem ele escalou pra assistir junto. E alugar os filmes pra ele. Aham. Fato é que eu aluguei o Dança com Lobos pra começar, porque eu já tinha visto antes sim mas nem lembrava. Me diverti, achei simpática aquela coisa de socializar com os índios e tal. Agora pergunta quem dormiu no filme. O irmãozinho. E eu fiquei lá SOZINHA assistindo. E ó, era Dança com Lobos hein. Imagina quando chegar A Lista de Schindler. E O Vento Levou (no dia que for passar esses eu vou ter dor de barriga, já avisei).


Sei que nessa "vibe" de filmes que ganharam Oscar acabou que assistimos também As Horas. É, porque lá no gordinho você aluga 3 lançamentos e ganha de grátis 2 filmes de catálogo pra ver e isso me lembra que na época da escola a gente comprava um pastel na rua da escola e ganhava um brinde e eu me lembro bem de ficar quase toda semana entupida de pastéis só porque era de graça. Daí que eu levei As Horas pra casa, porque eu sou fã de Meryl Streep (já falei do Julie & Julia, mas ela pra mim é sensacional em O Diabo Veste Prada - e sinto dizer que Mamma Mia seria uma lástima se não fosse ela e as músicas do Abba... porque eu odeio musicais. Dirty Dancing nem é musical, vai!). Daí que eu achei o filme meio confuso e babybrother teve que pesquisar no Google qual que era a história que quem estava escrevendo de quem. Enfim, confusão à parte, talvez a gente não tenha entendido de primeira porque nós ficamos o tempo todo reparando no nariz postiço que botaram na Nicole Kidman! Ficou tão perfeito que demoramos para reconhecê-la! Nicole pra mim é uma bela mulher de 1,80m de altura (mulheres altas rulez!) e nariz empinado à lá Bewitched (preciso dizer que sou fã?)


Enfim, preciso dizer que também dou o maior apoio para o cinema nacional, e apesar de achar que filmes brasileiros parecem novela porque a gente cansa de ver os atores todo dia na tv, acho sim que com um ajuste aqui e outro ali e mais alguns anos de praia chegaremos à quase perfeição dos efeitos especiais e atuação e edição de som e imagens dos filmes hollywoodianos. Para incentivar o cinema nacional e ver a quantas anda o mesmo, aluguei O Bem Amado. Achei bom, divertido, história boa, bacana que juntam os fatos históricos reais com a ficção e sei que é um filme adaptado de uma novela que passou na época da minha avó, mas gente, durou umas 4 horas esse filme! Ô coisa longa de se ver! Por isso ficou meio cansativo, e apesar de eu achar Marco Nanini um ator sensacional, ele mais Mendonça e Marilda lá no mesmo filme e atuando juntos eu tive a impressão que de repente o Mendonça ia olhar para Odorico Paraguaçu e chamar de Lineuzinho! Mas devo falar de Zeca Diabo: sou fã de Zé Wilker, não associado à nenhum personagem específico, apesar de eu ter gostado muito de uma novela lá que ele era fantasma. Mas porque minha avó sempre disse que meu avô era a cara dele! E assim, como Zeca Diabo, fiquei pensando que eu bem que ia gostar de ser neta do matador mais temido da cidade! haha.


Eu sei que tá comprido, mas se você chegou até aqui, aguenta aê. Eu fiz esse post pra contar pra vocês que eu assisti o Nosso Lar. Sim, eu já tinha visto Chico Xavier. Eu sou católica, não espírita. Mas já fiz um post sobre minhas opiniões a respeito de diversas religiões e pra quem não lembra eu digo que algumas coisas no espiritismo me agradam mais que no catolicismo. Daí que eu aluguei porque desde que esse filme estava no cinema o pessoal do trabalhou passou a comentar a respeito e todo mundo faz tempo que tava dizendo pra eu assistir, mas nunca dava certo. Agora deu. E então eu assisti o filme com o coração todo aberto, porque essa coisa de psicografia eu acho meio suspeito, mas achei a história bem boa, apesar dos protestos de meu irmão de "você vai dar ouvidos pra esse pessoal e alugar essa porcaria???" Enfim, achei que a edição de som do filme deixou a desejar, a imagem é ótima, mas o conceito abordado me deixou muito pensativa sobre tudo. Achei muito boas as explicações sobre O DEPOIS, mas talvez eu tenha gostado do filme porque enquanto eu assistia pensei em mim. Pensei na minha vida, no que eu vou passar se toda essa visão for verdade, nas coisas que fiz, nas que ainda farei e, principalmente, na minha atitude sobre tudo. Pra mim o filme foi muito mais uma reflexão do que um momento de lazer. E eu achei muito bom. Muito bem feito, por sinal (e eu tou até sendo paciente com as pessoas no trânsito depois de assistir esse filme, vocês precisavam ver).


Enfim queria terminar o post falando do último filme que vi, que cheguei correndo pra pegar quando vi na prateleira e com certeza fui a primeira a assistir assim que chegou na locadora. Comer, Rezar, Amar.


E então eu queria dizer que, de todos os filmes foi o melhor - olha o peso na consciência de achar melhor que Johnny & June, mas eu explico: me identifiquei. E aí, assim como o Nosso Lar, que eu me peguei olhando pra mim, para meus sentimentos, para minhas atitudes que acabam comigo mesma, eu achei que eu coube ali perfeitamente no lugar da Julia Roberts em Comer, Rezar, Amar. Devo dizer também que eu nunca li o livro não, porque eu amo livrarias mas assim como livros psicografados, eu passo longe da prateleira de autoajuda. E diferente do esquema do Percy Jackson, que vou procurar saber sobre os livros pra ler, não vou ler Comer, Rezar, Amar não. Porque eu continuo não gostando de livros do tipo. Mas eu queria muito-muito-muito ver o filme, apesar de ter visto todo mundo falando que era cansativo. Eu não achei não. Principalmente porque sou fã da Julia (oi?), acho ela uma fofa, adoro todos os filmes que faz e eu sei lá se acho que ela é uma boa atriz ou não, pra mim o que importa é que me sinto sempre feliz depois de ver os filmes dela. Acho que são leves, felizes, delicinha de assistir. E não foi diferente em Comer, Rezar, Amar. Eu me vi lá. Me vi como ela, precisando olhar mais pra si mesma. Precisando ter equilíbrio. Precisando deixar as coisas passarem para novas virem. E então depois de pensar que meodeus eu preciso ser mais calma pra não me suicidar (depois de ver Nosso Lar) me peguei pensando meodeus, preciso me renovar (depois de ver Comer, Rezar, Amar). Renovar minhas energias. Recomeçar minha vida. Preciso meditar, preciso ser uma pessoa melhor. Não para os outros, porque isso eu já sou. Mas preciso olhar pra mim. Preciso pensar em mim mesma, preciso me cuidar. E então eu decidi.

Decidi que as coisas vão mudar.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

WAR

WAR é só um jogo de tabuleiro que persiste bravamente nessa geração voltada para jogos eletrônicos. WAR é um joguinho simples, cujo objetivo é justamente chegar ao seu objetivo escolhido previamente. Em WAR você conquista Ásia, África e mais um continente à sua escolha. Em WAR você conquista 24 territórios. Em WAR você destrói os exércitos azuis. Em WAR você conquista cinco pontos estratégicos e posiciona 10 exércitos em cada um.

WAR é um jogo que você leva pra jogar com os familiares na viagem. Porque família sempre resolve viajar praquela cidade que para de funcionar antes das 10 horas da noite. Que você tem que correr pra jantar antes disso enquanto as pizzarias e lanchonetes ainda estão abertas, porque quando passar das 22h tudo fecha e a cidade dorme. Cri cri cri...

WAR é um jogo pra se levar quando ninguém é viciado o suficiente pra saber jogar truco. Nem há tantos controles suficientes pra todo mundo jogar Super Nintendo no emulador do notebook do seu irmão. WAR é aquele jogo que demora 2 ou 3 horas pra acabar. E que apesar de seus pais e avós gostarem de assistir sua prole jogando, sempre vão dormir e acabam por saber o resultado final da partida só no dia seguinte.


WAR é aquele jogo bonito que todo mundo começa a jogar feliz e sorridente. Mas, nessa família, ninguém gosta de perder.


WAR é um jogo que faz com que emoções aflorem. De acordo com as sensações durante o jogo, ou de acordo com as vontades que temos de expressar nossos sentimentos familiares, o que importa é que é um momento único da vida. Momento esse que depois você vai poder passar o resto de seus dias dizendo que "fiquei nervosa por causa do jogo". E todo mundo vai entender, vai aceitar.

Eu joguei WAR com os tios e irmão 3 dias entre o Natal e Ano Novo.

- No primeiro dia eu fiz beicinho porque perdi e era meu aniversário, eles não tinham mais que a obrigação de ter me deixado ganhar. Então me deram um abraço coletivo de parabéns com a esperança de que eu ficasse feliz com isso. Eu não fiquei não. Eu perdi o jogo, caramba! Ainda se tivessem me dado uma grana, mas abraço? Façam-me o favor.

- No segundo dia implicaram porque eu tinha muitos exércitos na Alemanha, que é um território pequeno e me roubaram porque não me deixaram usar minhas próprias peças. Alegaram que mentira que estava tudo lá. Mano, a peça é minha. O território é meu. EU QUE SEI, tá sacando? Então joguei tudo as bolinhas pra cima e foda-se a dona do jogo que ia ter que procurar pelo chão depois.

- No terceiro dia eu tava toda empolgada porque agora sim estava ganhando, todos os meus exércitos no tabuleiro, todos os aviões atacando. Muito empenho. Pra dona do jogo roubar assim na cara dura e ganhar de repente. Eu fiquei com cara de tacho. A indivídua ganhou todas as três vezes que jogamos. Tipo assim, ela deve fazer só isso na vida. Além de toda a robalheira de mudar os exércitos de territórios sorrateiramente durante o jogo e tals. Eu falei que nunca mais jogo essa merda. Pelo menos não a dela. Então eu fui contra todos os meus 31 anos de educação e verifiquei se a minha mãe estava dormindo mesmo, que eu não sou besta nem nada. Daí abri a porta e mandei todo mundo pra fora da minha casa.


Sentimento natalino. Emoções familiares. É bonito mesmo. Eu acho.