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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

"É só mais um dia. Passados os fogos, minutos depois, tudo o que acontece é que é um dia comum. Como qualquer outro."

- funcionário do estacionamento 24 horas cujo qual deixamos o carro neste Réveillon. Ele trabalhou na virada, sentado em um banco, em um cubículo, sozinho e sem tv. Aproximadamente 2:30h da manhã.

E eu bem acho que ele tem razão.


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

22 de setembro de 2013

Eu perdi o Rock in Rio do Bruce Springsteen pra dormir, mas tudo o que veio depois compensou isso. Coloquei o celular pra despertar às 4h da manhã e quando contei isso para as pessoas todo mundo me achou meio maluca. Mas eu não sei porque eu posso ser maluca ao acordar 4h pra fazer alguma coisa que eu vou gostar muito, mas não sou maluca quando acordo 4h da manhã pra trabalhar todos os dias, o que é fato. Ah, esse povo não sabe de nada. Calem suas bocas.

Acordei 4h da manhã feliz da vida, mas diferente do que foi da outra vez. Em 2010 eu não estava cabendo em mim em pensar no sonho que realizaria naquele dia. Mas ontem foi uma alegria mais contida, mais sã. Estava feliz, mas não estava ansiosa. Tomei meu café, escovei meus dentes, coloquei minha camiseta que tinha cortado no dia anterior e fui ao banheiro sabendo que essa seria a última vez por horas que eu podia fazer isso naquele dia.

Saí ainda com o céu escuro. Desci a rua como quem não pensa em nada além do vento no rosto e na ilusão de despreocupação. Peguei o ônibus, desci, andei pela rua deserta. E cheguei na fila que eu já sabia me esperar. Dessa vez mesmo tendo chegado mais cedo a fila estava maior que em 2010. E ainda ficaria muito mais. Concluo que o poder aquisitivo do brasileiro cresceu em 3 anos, porque a quantidade de pessoas na fila da pista premium do show era bem umas 3 vezes maior agora do que era antes. E é por isso que as pessoas pagam o absurdo de quase mil reais por um show. Porque pagam. E quem ganha com taxas de conveniência... ah como esse dinheiro chega fácil.

Já cheguei puxando assunto e sendo simpática com as meninas que estavam no fim da fila, porque é assim que a gente tem que ser quando sabe que vai passar o resto do dia ao lado daquela pessoa que antes era desconhecida. E o mesmo fez quem chegou depois de mim. E em menos de 10 minutos já éramos amigas de longos anos. E então, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na dificuldade e na necessidade, no fim das contas já estava todo mundo dividindo seus lanches, suas garrafas de água e a minha maçã, enquanto filosofávamos loucamente sobre as vidas dos integrantes da nossa paixão em comum, compartilhávamos experiências e conhecimento e a opinião sobre a beleza do namorado de uma, sobre a profissão da outra e sobre como o pai de alguém parecia o Patrick Swayze. Isso sem contar a amizade que a gente fez com o menino que estava organizando a nossa fila (que era bem bonitinho, mas quando perguntamos se ele pegava muita mulher com essa profissão de organizador de eventos ele respondeu que "elas só se aproximam de mim por interesse". Own, fofo.) e as VÁRIAS vezes que falamos mal da mulher que Jon beijou na boca no Rock in Rio. Rosana, vulgo Maria Bethânea (apelido que todas as fãs de Bon Jovi deram a ela) estava lá, claro, passeando pra lá e pra cá e aproveitando de ter se tornado uma sub-sub-sub-celebridade. A nós restava, além do recalque e da zoeira cada vez que ela passava (eu gritei pra ela ir arrumar o que fazer e lavar uma louça) as especulações de quem seria a próxima felizarda a subir no palco e o que jogaríamos em Bethânea caso Jon a chamasse de novo.

Após 10 horas de muita dor na bunda por termos passado tanto tempo sentadas (dor essa que permanece mesmo eu estando agora sentada no meu sofazinho confortável), 2 reais a menos que eu paguei pra ir no banheiro, um São Pedro hipocondríaco que brincava conosco mandando chuva ou sol ou chuva e sol de 5 em 5 minutos (e a gente fez um exercício danado no esquema abre e fecha e abre guardachuvas), chegou nossa hora de ver os portões do estádio se abrirem e o nosso desespero de entrar correndo loucamente por um bom lugar. Achado isso, mais algumas horas sentada (dessa vez naquelas placas de plástico com furinhos que colocam pra proteger a grama do estádio - juro que minha bunda ficou com calo, mas isso são ossos do ofício que todo fã de shows sabe que é necessário passar. Uma vez em pé, nunca mais na vida você vai conseguir sentar).

De repente todo mundo que estava sentado levantou e eu quase fui pisoteada porque demorei um pouco mais pra entender o que estava acontecendo. Todo mundo correu pra chegar na grade. E aí, mano. Mano. MANO. Não deu pra respirar. Eu nunca fiquei naquela situação na vida. Nunca. NUNCA. Da outra vez o negócio foi que a gente não conseguia levantar ou abaixar os braços, mas dessa vez ficou BEM pior. Porque as pessoas não conseguiam respirar, sabe? E então, Deus, eu agradeci. Agradeci todos os meus 1,72m de altura que quando eu estava na adolescência odiava. É lindo ser alta. É divino. É lindo poder conseguir respirar no meio da multidão enquanto alguém enfia a barriga quase dentro da sua bunda de tão encostado e a criatura da frente enfia os cabelos na sua cara. Mas a gente consegue respirar. Nossa, que máximo.

Assim ficamos, em uma luta sem fim com quem empurrava de um lado para outro e para frente. Uma multidão de pessoas, como um mar infinito. E eu lá, uma reles gota d'água. Enquanto esperávamos o início do show tocou Welcome to the Jungle, Guns 'n Roses. E então eu eu achei a música bem propícia para o momento. Conversas daqui, brigas dali, quase não demorou pro Nickelback entrar e dar um show. Nem sou fã da banda, mas gosto de algumas músicas. E todo mundo amou, porque até os holdies são bonitos, gente. Que gente linda. E aquele guitarrista de meu Deus? Enfim: Nickelback é uma banda que antes eu achava bonitinha, mas agora assistindo o cara cantar ao vivo, a tamanha empolgação não só de quem é da banda mas também do pessoal da organização e a vontade de fazer uma coisa bacana imperou e me surpreendeu bastante para o lado bom. E agora eu vou gostar mais deles ainda. "Vocês estão bem? Vocês estão curtindo a nossa música? Mentira, vai. Vocês vieram aqui pra ver o Bon Jovi!". Ô dó.

Depois de músicas lindas, um show de simpatia e disposição e uma performance incrível de Ryan Peake (eu sou esperta, já procurei o belezinha), quando Nickelback acabou de cantar só restou a nós a reclamação pelo espaço que ainda estava difícil até de respirar. Mas não demorou muito para o mais lindo de todos os lindos da face da terra entrar no palco.

E nossa, como está lindo. Como continua lindo. E felizmente dessa vez, apesar do aperto e do empurra-empurra eu pude ficar novamente bem de pertinho. Que olhos azuis. Que pele branquinha. Que biquinho. Coisa linda. Ele entrou cantando as mesmas músicas que cantou no Rock in Rio, mas depois de três ou quatro músicas ele parou. E contemplou. E amou. Todo mundo juntinho batendo palmas e balançando as mãos como ele pedia. Todo mundo participando e gritando e cantando e levando bexigas e confete e vários cartazes com escritos do tipo "eu sei cantar as músicas" com referência à Bethânea, tão nossa conhecida, que subiu no palco mas não soube cantar a música que Jon tocava no momento. Então Jon comentou que isso sim é o que ele queria. Que São Paulo é melhor que o Rio. E aí pronto. Morumbi veio abaixo e a alegria toda foi mútua. Jon se transformou na criatura agradável e participativa que é na maioria dos shows e cantou feliz e animado e LINDO todas as músicas do set list.

Lindeza à parte, nem tudo foram flores. Estava eu aos pés de Jon, tremendo empurra-empurra e com dificuldade de respirar, já disse. Do meu lado, um cara com a mulher. Que de repente resolveu que ia me bater.

O retardado resolveu brigar porque estava todo mundo empurrando. Mas não resolveu brigar com todo mundo, ele quis brigar COMIGO por isso. Porque segundo ele eu estava deixando as pessoas passarem pra frente, o que tirava ele e seus pés de gay do lugar onde ele gostaria de ficar. E me empurrava de um lado, enquanto uma mina franzina tentava se enfiar EM MIM pelo outro lado. Mas com gente franzina eu já estou acostumada e nem me preocupo. Elas são tipo igual mosca rodeando sopa, você tampa a sopa pra ela não pular e pronto. Mas ficou um de cada lado me empurrando até o momento que eu me enchi e virei O Incrível Hulk e com cada braço eu empurrei os dois um pra cada lado gritando pra que deixassem de ser retardados e parassem com isso. E o cara, com ar de deboche: "eu estou morrendo de medo dos seus gritos" para o qual eu respondi "mas da minha mão na sua cara você está, né?" E então foi nessa hora ou pouco depois que ele disse que ia acabar com o meu show e eu levei uma cotovelada na costela. O cara me empurrou absurdamente como se eu fosse a prostituta da mãe dele. E aí, mundo, não prestou. Do mesmo jeito que ele me empurrou eu fiz exatamente a mesma coisa com ele. Só que com o agravante de eu ter descoberto nesse momento que sou mais forte que aquele cara. Ah, o que um babybrother de 2 metros de altura e que pesa 100 kg não faz? Anos de treino! Eu empurrei o cara e junto com ele foram a mulher e as vagabundas todas que estavam com ele. E então eu olhei bem pra cara dele e falei que ele deveria ir no show do Metallica, porque é um covarde que vai no show do Bon Jovi pra bater em mulher. E a mulherada ao meu redor começou a se manifestar e a gritar e chamamos a segurança que mandou ele sair. A vaca da mulher dele defendeu o imbecil e eu olhei bem pra cara dela dizendo que o cara tinha me dado uma cotovelada na costela, questionei se foi mesmo com esse covarde que ela resolveu casar e se ele faz isso com ela em casa também. E então eu, as meninas ao meu redor e a segurança calamos a boca do casal esdrúxulo, que se afastou de nós e agora espero que estejam se fodendo na puta que os pariram. (desculpem pelo absurdo de palavreado desse parágrafo, mas eu estou realmente revoltada até agora com essa situação).

Sabe. Quando eu era pequena e minha mãe ia me buscar na escola ela sempre me ensinou que se alguém me batesse era pra eu revidar. Que não era pra passar de boba. E que se chegasse em casa machucada ainda ia apanhar. E eu a agradeço por isso. Eu posso ser rabugenta e briguenta, mas pra eu sair na mão com alguém tem que ter alguma coisa muito extrema. Mas é só alguém mexer comigo pra eu entrar na porrada e não sair mais até ter matado o energúmeno ignorante. Aquele cara ouviu tanto, porque eu gritei pro estádio inteiro ouvir que ele era um covarde imbecil que bate em mulher porque estava nervosinho pelo empurra que se ele tiver o mínimo de consciência e tiver prestado atenção no que eu falei não deve nem ter dormido à noite. E depois que acabou o show eu saí gritando e apontando pra ele e dizendo pra todo mundo que passava que aquilo ali era covarde que batia em mulher. Mas mesmo assim toda a raiva que eu senti por esse idiota ainda está aqui tão presente que eu tenho até vontade de stalkear todo mundo que comenta no facebook sobre o show só pra achar onde o cara mora e esperar ele na rua pra esfregar a cara do filho da puta no asfalto. Porque eu fiquei puta. Eu bati na mesma proporção, mas se eu tivesse uma arma era ali e nele que eu ia usar. Não tenham dúvidas.

Mas ódio doentio pelo imbecil à parte, devo dizer que o show foi lindo. Que os fãs paulistas tiveram a decência de não questionar a falta de Richie na banda enquanto Jon se apresentava, e pra ele isso aliado à toda a participação e alegria do público teve muito valor. Jon abusou de sorrisos e gracinhas e comentou várias vezes o quanto estava feliz com tudo. Agora ele pode finalmente provar a Richie que ele, Jon, consegue sim, sozinho, sustentar um estádio de mais de 60 mil pessoas. Mesmo no subdesenvolvimento e desorganização brasileiras.

O show foi lindo e extremamente emocionante, mesmo que dessa vez eu não tenha chorado. Jon continuou cantando só as músicas mais novas, acredito mesmo que pela falta de Richie em fazer os solos e a segunda voz que é mais presente nas canções antigas. David, bonzinho como sempre, em seus ótimos teclados e sustentando felizinho todas as decisões de Jon.

Livin 'on a Prayer, a última música tocada na noite, foi regada a um temporal que caiu sobre nossas cabeças e nos ensopou de tal forma que eu não sabia se conseguiria chegar em casa sem um barco. E na imensidão do estádio do Morumbi andamos ainda todos juntos e sem fôlego, mas agora com capas de chuva rasgadas e vestidas porcamente rumo à saída.


Conclusões da noite:
1 - Bon Jovi é e sempre será uma das bandas favoritas da minha vida.
2 - Jon Bon Jovi sempre será meu modelo número 1 de beleza masculina, não importa qual idade e corte de cabelo ele tenha.
3 - O show foi lindo, mas não emocionante. O que prova que talvez os melhores dias da vida da gente só existam uma única vez. Não dá mesmo pra tentar repetir, nada nunca vai sair tão perfeito como da primeira vez.
4 - O Brasil é lindo e eu sou super patriota, mas os brasileiros são uma população de merda. Nunca terão educação. Nunca poderão se comparar aos europeus ou americanos no quesito respeito com o próximo.
5 - Talvez esse seja meu último show visto tão de perto. E talvez tenha sido a última vez que eu tenha visto Jon Bon Jovi pessoalmente. :~


Em tempo: nem tudo aqui nesse fim de post é melancolia. Das amizades que eu fiz na fila, uma das meninas me avisou pra procurar um certo vídeo no youtube. Eu procurei, encontrei, e achei tão bonitinho que decidi compartilhar com vocês. Assistam! O vídeo é de outubro de 2007 e diz muita coisa sobre o meu ídolo tão antigo e tão amado.


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Sobre iguais

Faz um tempo já que venho pensando nas coisas que me atraem nas pessoas. Nem tanto só em homens, mas também nas mulheres. Não, eu não sou lésbica. Só penso a respeito do que faz com que eu queira me relacionar com alguém. Namorar, ser amiga, estar perto, que seja. Porque isso pode ser automático e sem pensar nas outras pessoas, mas quando as coisas se referem a mim e a quem eu quero perto de mim, tudo muda de figura.

Eu escolho pessoas. Escolho quem eu quero deixar que, ao menos, tenha alguma atenção minha. Escolho a dedo cada amiga. Namorado então, gente. Mais difícil que passar em concurso público. Eu escolho totalmente e nem me sinto cometendo um crime por isso. Eu não sou uma universidade, não sou um órgão público. Não tenho cotas. Tenho pessoas de diversos tipos, diversas classes sociais, diversos pensamentos, mas que se relacionam comigo porque eu permiti. Porque alguma coisa em cada uma dessas pessoas me chamou a atenção a ponto de eu querer que ela participasse da minha vida. São pessoas especiais. Que eu julguei especiais. Não são perfeitas, porque ninguém é. Mas suas imperfeições são facilmente eliminadas perante à qualidade que eu identifiquei em cada uma delas e que fez com que eu tivesse suas amizades. Gente pelo qual valeu a pena eu ser tão presente em suas vidas a ponto de quase anular as outras amizades que elas pessoas tinham. 

A qualidade mais marcante e mais presente em todas as pessoas com as quais me relaciono: inteligência. Está escrito até no meu mapa astral que eu só me aproximo de quem é inteligente. Quem sabe raciocinar. Quem não foge da raia. Quem discute e quem defende seu próprio ponto de vista. Quem me faz enxergar o que eu ainda não vi. Nossa, como é legal descobrir a inteligência das pessoas. Como é legal descobrir pensamentos e atitudes novas, que me ensinam e modificam meu pensamento perante a tudo.

Como é legal descobrir pessoas.

Dentre todas essas, sempre tem aquela que um dia você conhece e acaba se identificando. Alguém que nem conviveu com você durante a vida. Alguém que nem sabe de onde você é. Mas que, de repente, puf. A pessoa é igual a você. E aí no começo é legal, sabe? A pessoa tem o mesmo pensamento que você. As mesmas manias. Os mesmos medos. Toma as mesmas atitudes que você perante as mesmas situações. A pessoa se veste como você, tem o corpo parecido com o seu, o mesmo corte de cabelo. Tem gente que de repente você conhece que já é assim e tem gente que se tornou assim com a convivência com você. E aí, em ambas as situações, uma hora você percebe que a pessoa é tão igual a você que chega até a saber seus pensamentos, porque afinal de contas a pessoa pensa as mesmas coisas que você.

Ai, cara, que chato. BORING. Daí aquela pessoa que antes era "nossa, que legal, nós somos tão parecidas!" de repente muda pra "porra, que saco, para de ser tão parecida comigo!". Caramba! Para de me imitar! PARA DE PEGAR AS MESMAS ROUPAS QUE EU NA LOJA! Sabe? Sabe o que é você estar na loja de roupas com a pessoa e enquanto você vê uma roupa a pessoa vai lá e pega A MESMA? Não, ela não pegou uma roupa igual à que eu peguei. Ela pegou A MESMA. Mano. Para de pensar igual a mim. Para de dizer que é igualzinha. Para de querer controlar o que eu como porque se você tem toc eu também tenho que ter. Para de comprar o mesmo sapato que eu. PARA de querer ir onde eu vou e de querer ter a vida igual à minha. PARA DE QUERER ME ARRUMAR MARIDO SÓ PRA EU TER UMA VIDA BUNDA IGUAL À SUA. Para, porra. PARA!

É aí, minha gente, que acaba uma amizade. Com uma pessoa igual ou querendo ser igual a mim. Porque o que eu mais gosto nas pessoas é o novo, é descobrir coisas novas e pensamentos novos. E então de repente quando eu descubro que a pessoa é ou se tornou exatamente igual a mim... qual é o novo? Não tem novo. Eu vejo só alguém querendo ser eu. Querendo ter a minha vida, ou querendo que eu tenha uma vida igual à dela. Vejo alguém sem personalidade, alguém querendo roubar a minha personalidade. Alguém querendo ~entrar~ em mim. 

E é aí que mora o meu desprezo. 

Nasci sozinha. Vivo sozinha. Moro sozinha. Eu quis um irmão HOMEM, pra não mexer nas minhas coisas nem querer ser o que eu sou. Babybrother faz bem esse papel. O de ser ele mesmo. E eu até gosto de ser exemplo pra alguém, como fui por muitos anos para a prima 9 anos mais nova. Mas ser exemplo não é a mesma coisas de ser a própria pessoa. 

Eu nunca suportaria ter uma irmã gêmea. 


segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Sobre essa gente que não gosta de Natal

Desde que a internet virou modinha e que todo mundo tem acesso (eu já fiz um post sobre inclusão digital, vocês sabem), que todo mundo se sente no direito de expressar seus sentimentos. Ok, eu acho válido, um belo dia você não acorda bem e sai apertando o foda-se do mundo (eu também faço isso às vezes) e o resto do pessoal tem que ficar vendo que aé, hoje a Renata não acordou legal, beleza, vamos relevar, amanhã o dia será melhor.

Certo. Eu não tenho nada contra você expressar seus sentimentos. Vai lá, xinga ae o mundo, tá supimpa. Mas hoje eu resolvi falar do pessoal que FAZ QUESTÃO de xingar. 

Sabe esse BOOM dos gays? Que hoje não importa o que quer que signifique ser gay, também não importa se as pessoas nascem assim ou se viram gays, ou se é o meio em que vivem e o tipo de educação que faz alguém ficar gay. Não importa lutar em prol de maiores condições para os gays ou pelo direito de ser gay. Hoje em dia É MODA ser gay. E eu não sou gay, sei lá, pra mim ia faltar o principal da história, mas a impressão que eu tenho é que as pessoas acham que se não forem gays não tem mais graça. Pra mim parece que aquele adolescente gay que sai soltando a franga e falando alto no meio do metrô às 18h da noite talvez nem saiba realmente qual é a própria opção sexual. Mas uma coisa ele sabe: ser gay chama a atenção. Ser gay é o que está dando status e, se é o que a mídia fala, então que se dane, serei gay também. Porque o que importa não é o que eu sou ou o que eu acho, o que importa é que eu estou chamando a atenção. 

Mas o assunto aqui não são os gays. São as pessoas que não gostam de Natal. Mas seguindo a mesma linha de raciocínio, hoje com a internet liberadona e você escreve aqui o que quer que seja que a minha amiga lá no Japão vai ler, o negócio também é chamar a atenção. E hoje, 24 de dezembro, qual é o assunto do momento? O Natal. E o que você pode dizer pra chamar a atenção e para que os olhos estejam focados para você ao menos dois segundos? Reclamar do Natal. 

Sério, galera, tá clichê já. Eu já cansei. E, se tudo que eu nunca quis na vida foi chamar a atenção, se o meu objetivo na vida continua sendo há quase 33 anos o de passar despercebida em tudo o que possa virar os holofotes em minha direção, eu digo pra vocês que, olha que chato, eu sou igual a todo mundo "normal" e gosto de Natal. Eu curto dezembro. Eu curto presentes. Eu curto rabanada. Eu curto árvore de Natal e pisca piscas. Eu curto a correria natalina e o fato de todo mundo querer me ver ao mesmo tempo. Eu faço aniversário também, ou seja, dezembro é o meu mês preferido. Eu curto pensar que nesse momento está todo mundo com o peru no forno e embrulhando pacotes. Eu curto olhar pela minha janela e ver a rua deserta porque todo mundo está no mercado se acotovelando pelo último tender passado que sobrou. 

Meu nome é ReNATA (reparou que tem a palavra Natal quase inteira no meu nome?). Significado: renascida (porque se Natal significa nascimento, Renata só pode significar REnascimento. Nasci no Natal. Minha época preferida. MEU SONHO é passar um Natal com a minha família em Nova Iorque, em uma casinha aquecida, a neve lá fora, a árvore natural escolhida ainda plantada, a ceia gordurosa, os suéteres coloridos. Bem ao estilo Férias Frustradas de Natal, Esqueceram de Mim ou O Diário de Bridget Jones. E convidarei Anna Vitória e sua família para partilhar o momento. 

E vocês, que reclamam do Natal, please, calem a boca. Porque nem é moda mais reclamar do Natal no momento em que tem mais milhares de pessoas que, na ânsia de serem do contra, acabam sendo todas iguais. Tire essa sua melancia da cabeça. E vá ajudar a sua mãe a preparar o manjar.


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Sobre o fim do mundo

O fim do mundo está próximo. E já não era sem tempo. Diante de tal fato, eu gostaria de sugerir aos deuses uma ordem de extinção da raça humana. Nada muito complexo, seria só pra ficar uma coisa mais organizada. Porque Deus talvez tenha a lua em virgem e, sabe como é, esse povo gosta de tudo bem planejado. Lá vai:

- Gente que devia morrer primeiro: esse povo que fala "perca". Sério, Deus, por favor, vai?

- Segundo lugar: gente que encosta na gente em ônibus/metrô. Não, não é necessário encostar em alguém, mesmo que o transporte público esteja lotado. EU não encosto em ninguém. Por que alguém tem que encostar em mim?

- Terceiro lugar: gente que ouve funk. Fala sério, Deus. Esse povo merece morrer, não merece não?

- Quarto lugar: gente que não sabe se vai ou se fica. Sabe aquele povo que, enquanto você está andando em direção reta e apressada pela rua (pode ser a pé ou dirigindo), e então, de repente, chega uma criatura do além e INVADE seu caminho, feito barata tonta, não sabe se foi ou se vai, e você tem que parar no meio da rua pra esperar a criatura decidir, mas só porque você é educada, porque a vontade mesmo é passar em cima? Então. Esse povo aí.

- Quinto lugar: o garçom que tira seu suco/prato de comida/fim do milkshake que PARECIA, mas só parecia mesmo, PORQUE VOCÊ AINDA NÃO TINHA ACABADO DE COMER, e puts, justamente, estava ali naquele recipiente exatamente o finzinho do que quer que seja que você estava consumindo, mas tinha guardado o restinho MAIS GOSTOSO DE TODA A REFEIÇÃO e daí vem o ABENÇOADO e eficiente e, sem perguntar LEVA o bagulho que você ainda ia terminar de comer/beber.

- Sexto lugar: gente que escreve "menssagem" "derrepente" "com migo" "útel" e "aifone" (juro pra vocês que esses dois últimos eu vi no trabalho esses dias).

- Sétimo lugar: motoqueiros, taxistas e motoristas de ônibus, nessa ordem. Se você dirige, sabe o porquê.


Acho que é isso. Sete primeiras categorias de gente que deve ter prioridade pra morrer, assim como os sete mandamentos e os sete pecados capitais. Porque 7 é o número preferido de Deus. E eu quero agradar.

Não se esqueçam: caso dê tempo, quero um travesseiro bem confortável no meu caixão. Caso não dê tempo (tipo se eu ficar presa embaixo dos escombros e tals), que eu fique perto de uma antena da Vivo e com o meu iPhone (porque eu quero ficar sabendo das últimas notícias do fim do mundo. E, claro, com um travesseiro bem confortável, meu edredon e Pandora.

Beijos, bom fim do mundo pra vocês. Valeuzão.

(pra vocês verem que desde sempre o bagulho que sempre dominou foi a hora do almoço)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Morre Diabo

Eu gosto dessa expressão. Porque no Solitários (reality show do Silvio Santos pra combater o BBB) do ano passado tinha o Cadu, roqueiro (isso sim é um roqueiro, não aquele frufru do Mau Mau do BBB11), que fazia tudo ao contrário do que deveria fazer. Eu gosto de gente doida, já falei. Enfim, Cadu, diferente do comportamento submisso dos outros participantes, expressava seu ódio com relação às tarefas com um "morre, diabo!". Eu, aqui do outro lado da tv, ria. Daí que a expressão foi mais uma que entrou para a minha lista de favoritas, bem ali do ladinho do carimbo de "Morra!" (que é até uma tag aqui), idéia da fofa da Pri.

Vamos ao post: estava eu ontem chegando em casa, quando no elevador (estou acumulando histórias de "no elevador") acabei subindo com uma moça que devia ter mais ou menos a minha idade e sua mãe. As duas conversavam assim empolgadamente sobre as coisas do universo e tudo o mais quando a moça começou a dizer para a mãe que está com alergia nas mãos. A mãe comentou que tinha que ver o que ela fez, qual produto pegou. "Lavei louça ontem", disse a filha. Eu, cá com meus botões, reparando que o ato de lavar a louça deve ser um evento raro pra ela, tamanha intensidade de efeito isolado que deixou transparecer quando disse a frase. Rá que eu lavo louça todo dia há bem uns 25 anos de vida. E odeio (já fiz um post sobre lavar louça, eu sei). Mesmo assim acho o cúmulo quem acha que lavar louça é uma coisa assim do outro mundo. Enfim. "Você não lava a louça em casa e vai lavar na casa dos outros?" perguntou a mãe. "É que a fulana foi varrer a casa porque eu não podia por causa da dor nas costas. E então a siclana foi lavar o banheiro e eu não podia por causa do cheiro do produto de limpeza..." e saiu do elevador enumerando o tanto de tarefas feitas por pessoas que deveriam estar dividindo uma casa no carnaval, que ela não podia fazer por esse ou aquele problema. Sobrou lavar a louça. E daí deu alergia nas mãos.

Então eu lembrei do vídeo do prefeito amazonense que mandou a mulher morrer. E aí eu penso que beleza, ele é uma figura política, com salários pagos pela população, que não deveria dizer esse tipo de coisa porque o dever dele é justamente achar meios para que a sociedade viva melhor. Mas lá no fundo no fundo eu também tenho vontade de mandar o pessoal morrer às vezes, sabe. Pô. Não quer desocupar a casa que vai desabar? Morra. Não sabe ser útil pra ajudar em alguma coisa? Morra. Eu juro que se tivesse dividido uma casa com essa menina eu ia olhar bem pra cara dela e dizer "fulana, não precisa fazer nada não. Senta aí e morre." Por isso que eu não sou prefeita, sabe. Nem tenho nenhum cargo público. E aí eu sei que o prefeito não devia ter feito isso e blablabla mas no fundo no fundo eu soltei foi uma bela gargalhada quando vi o vídeo. Admirei a coragem do cara de dizer o que pensa, sabe? Porque ninguém gosta de ouvir verdades, muito menos as verdades que todo mundo pensa, mas ninguém fala porque tem que ser "político". E veja bem que coincidência o encaixe dessa palavra no contexto do meu texto - político é alguém que bota panos quentes nas coisas pra se dar bem com todo mundo e dá um sorrisinho engolindo o próprio pensamento polêmico. Mas muitas vezes dá mesmo vontade de falar o que a gente tá pensando, ô se dá. "Ah, minha senhora. Então morre."

Prefeito amazonense, cara. Sou sua fã.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sobre Inclusão Social

Eu acho válido. Acho legal que as vovós possam pegar as receitas da Ana Maria Braga via 'internete'. Acho bom que todo mundo possa fazer um currículo no Word e depois dar a desculpa do 'foi erro de digitação' pra qualquer palavra errada e ainda com a vantagem de não ter aqueles borrões que tinha antes nas folhas quando o currículo era manual. Acho divertido aquele caminhão da Inclusão Social parado no centro da cidade e o pessoal entrando ali pra usar computador grátis. Deve ser calor mas é válido. Lan house no shopping eu também acho bom. Você fica lá, no cubículo, usando aquele teclado cheio de meleca de nariz que todo mundo usa e com o fone de ouvido cheio de cera de muitas outras pessoas que já usaram. É inclusão social. Em todos os sentidos.

Eu acho legal que todo mundo tenha acesso ao mundo virtual. Pra tirar aquelas fotos de árvore de Natal em shopping de pobre pra botar no Orkut. E o que seria das pessoas sem maiores condições sem ter a internet pra votar no próximo indivíduo que vai sair do BBB no paredão? É realmente uma ferramenta imprescindível na atualidade. Concordo plenamente.

Mais ainda, como esquecer, como disse o Gustavo no post dele que colei aqui, tem aquela turma que bota no Anônimo no blog dos outros pra xingar-xingar-xingar muito no Blogspot. E aí eu digo que talvez aí esteja a grande ênfase da internet na inclusão digital. Porque veja bem, ser agressivo pessoalmente nos dias de hoje com alguém pode resultar num tiro na testa. Ou em coisa pior por aí. E nossa, a vida é tão difícil, a vontade de reclamar é tanta, a falta do que fazer é maior ainda. Mas nada como o anonimato pra deixar a raiva fluir. Ah, como xingar alguém muito-muito-muito como anônimo na internet é compensador. E o que seria de vocês, pessoas sem ter o que fazer, covardes e medíocres, que se escondem atrás de um anonimato para se acharem superiores, sem a internet pra ajudar?

Hoje eu vim dar seus 15 minutos de fama, Anônimo. Devo dizer que, parabéns. Por ter me mostrado apenas que, se antes eu falava de assuntos polêmicos, como opção sexual, religião e política, e através desses textos específicos eu recebia comentários de muita gente discordando sim, porque opinião é fundamental. Mas com argumentos para sustentá-las. Antes eu recebia palavras contrárias às minhas mas cheias de embasamento e senso crítico. Gente inteligente, como eu gostava de receber. Mas agora, comentando sobre um programa ínfimo da tv aberta, recebi muito mais comentários do que todos os outros, que tinham questões tão mais polêmicas e passíveis de discussão. E adivinhe: gente que não sabe nem xingar. Gente que consegue escrever um simples palavrão errado (eu sei que isso ficou implícito quando colei o texto do Gustavo, mas os anônimos não sabem o que significa 'implícito'). E aí eu pergunto pra vocês: tenho mesmo que dizer mais alguma coisa, sobre o público que dá ibope pra certos assuntos? Eu tenho recebido argumentos diferentes dos meus, mas com embasamento crítico e sensato a ponto de poder repensar minhas opiniões? Não. Em todo caso, obrigada, Anônimo. Por me mostrar que certos assuntos não são bons para comentar, não pela quantidade de xingamentos absurdos que recebi, mas pelo nível intelectual das pessoas que comentaram. E que, mesmo que você tenha se dado ao trabalho de vir comentar num blog que é MEU, com opiniões MINHAS, que eu falo o que quiser e se quiser, e que é FACULTATIVO a quem quer que seja entrar aqui e se dar ao trabalho de comentar ainda, quando poderia simplesmente fechar a janela (é ali no x no canto superior que fecha, tá?) e ir lá assistir o BBB, mesmo assim você me mostrou que falando sobre certas coisas, meu nível de comentários cai. E não, eu não quero isso. Eu sou uma pessoa que prefere, infinitamente, qualidade à quantidade. E quero continuar recebendo comentários só de quem tem cérebro. Obrigada por ter aberto meus olhos sobre assuntos a postar.

Abrindo parênteses no texto, preciso comentar da pessoa que falou que eu não gosto de BBB porque sou gorda. E se fosse magra eu ia gostar. Eu liberei o comentário dela porque não tinha nada de mais no texto, mas principalmente porque foi um comentário curioso. Achei divertido. Engraçado que, minha nega, mesmo não me adequando às circunstâncias, gostei da sua linha de raciocínio. Porque, veja bem, se o negócio for ser magra = ver BBB, se um dia eu for obesa vou é curtir minha vida muito mais intelectual. É um bom argumento. E um bom consolo para o dia em que eu estiver me achando gorda. Valeu.

Preciso dizer, a quem interessar, que se eu vi BBB alguns dias foi porque além da conveniência que eu já falei, conheço várias pessoas que assistem. Quase todas da minha lista de links, pra ser mais específica. E por ter contato além blog com essas pessoas, que possuem opiniões e afazeres diversos e vida além-internet, me convenceram a assistir, alguns episódios, que seja. Porque claro que há exceções nas regras e eu sei muito bem disso, e dou crédito para tais. Sei sim que não é todo mundo que assiste BBB que têm inteligência inferior. Tem até gente que "assiste e queria gostar, mas não consegue"! E meus amigos são todos com idéias e gostos contrários aos meus, porque é assim que eu prefiro. A diferença é que eles sabem opinar e sustentar suas opiniões com argumentos próprios, como todos os seres ditos 'racionais' deveriam ser. E, disposta primeiro a conhecer, pra depois saber opinar ao certo com argumentos reais, me aventurei na experiência. Porque eu tenho cérebro e sei usá-lo perfeitamente, obrigada.

Engraçado dizer que a internet é mesmo um ovo e a gente sempre tem uma certa desconfiança de onde as pessoas vêm. E eu sei muito bem que quem tem tempo a perder pra entrar todo dia num site de uma pessoa que não se sabe da onde vem nem pra onde vai, escrever errado e pensar que 'pronto, já me vinguei por hoje, amanhã tem mais', realmente tem tempo pra ver BBB e acha que esse é o melhor programa da televisão, a ponto de tomar as dores de qualquer um que ache o contrário. No pay-per-view da janela do vizinho, se precisar. Ah é. Tem o 'gato', esqueci. Mas devo concordar com alguém que disse nos comentários que assistir BBB não tem nada a ver com ler um livro. Verdade. Principalmente na vida de quem não faz nada o dia todo, é muito tempo vago. Dá pra ler um livro de autoajuda qualquer de manhã, comer de tarde, xingar muito-muito-muito no blog de alguém depois e terminar o dia vendo BBB. É mesmo um bom roteiro pra quem não tem maiores pretensões de crescimento na vida. Muito tempo para se fazer nada. Depois ainda dá pra sair dizendo por aí que 'nossa, você viu o fulano que vai sair no paredão quádruplo?', que você já fica antenado com a nova conversa de elevador, que substitui a antiga 'vai chover, hein?'. Com a mesma importância que tinha a pegunta clássica de puxar assunto anterior. Ou menor.

Enfim, eu sei que pra qualquer Anônimo que tenha lido o texto (se leu - claro, todo mundo sabe ler, mas INTERPRETAR é que são elas), não fui clara. Porque a minha linguagem realmente não é à sua altura de ignorância, desculpe. Mas vou resumir: você vai ficar aí, xingando-xingando-xingando muito, todo dia. Agradeço muito toda a sua dedicação em me irritar, me comparo mesmo ao BBB que você assiste todo dia: você não pode deixar de passar aqui pra me xingar um dia sequer. Nem aos finais de semana. É tipo você espiar o pessoal mostrando a bunda no BBB e vir aqui espiar a minha vida depois. Obrigada por toda essa atenção. Acho mesmo que tenho um blog com opiniões boas o suficiente pra ter todo esse ibope. Meu filho, quer xingar, xinga. No mais, eu vou sim ler tudo o que você me disser - porque eu não sou cega, mas não vou aprovar seu comentário para manter a total sanidade de quem me lê, me segue e comenta por aqui. Não tanto pelas palavras de baixo calão, porque esse tipo de coisa não abala mais ninguém, mas mais pela falta de inteligência de pelo menos xingar em português correto. Ninguém merece ler textos com erros ortográficos. Então você vai continuar xingando e eu vou continuar deletando, simples assim. Sem mais ibope seu no meu blog. Com esse texto, eu só tive a esperança de te fazer entender que não, você não me atinge. Diferente do meu efeito de ter dito qualquer coisa a ponto de você dispensar minutos de todos os seus dias pra vir aqui tentar me ofender, eu tenho coisa melhor pra fazer do que ficar dando créditos a você. Com um ponto só a ressaltar: você pode ser uma dessas pessoas que qualquer marido sustenta por aí e você fica fazendo inutilidades e gastando dinheiro do coitado durante o dia. Ou pode ser um desses fakes que fazem vários personagens pra se fingir de outra pessoa na internet porque a sua vida mesmo é um fracasso. Ou pode ser esses nerds gordos e espinhentos que chegam aos 25 anos virgens porque não conseguem se relacionar com a sociedade e passam o dia comendo e no bate papo na internet. Seja lá o que for, você com certeza é um loser (procura no Google e não esquece de clicar para respostas de páginas em português, porque isso é inglês, tá?), e o fundamental: com certeza você não me conhece. Do contrário, saberia exatamente o que me dizer pra me atingir. Não menospreze a minha inteligência, pessoa infeliz. E já que você é tão preocupado com a minha vida sexual, completo: vai DAR pra ocupar melhor seu tempo, vai? Desestressa bem mais que fingir ser quem você não é e xingar anonimamente na internet, sério.



segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Sobre uma conserva de pimenta

Era uma vez uma bela moça prendada que, cheia da vontade de ampliar mais os conhecimentos culinários, resolve fazer uma conserva de pimenta. Eu, claro.

É, porque eu gosto de cozinhar, e assim como minha ampla vontade de entender de queijos e vinhos e ficar toda chique igual filme e tals, eu também tenho uma vontade doida de aprender a fazer conserva de pimentas. Primeiro porque pimenta emagrece, segundo porque minha neurologista receitou a pimenta para prevenir minhas crises de enxaqueca e terceiro, o que é mais provável para a minha decisão, é que quando eu vou ao Ceasa tem uma banca inteirinha cheia de pimentas bem coloridinhas e eu acho LINDO e fico querendo comê-las ali mesmo de tanto que eu me apaixono. E tem também o fato de o babybrother ter feito sua própria conserva de pimenta semana passada, fui eu lá comer e descobri que a compota devia ser de alho porque deu meia-noite e eu tava com tanto gosto de alho na boca ainda que até enjoada eu fiquei. Alho pra mim é no feijão e na carne. E só.

Enfim, eu gosto de pimenta. Além de achá-las fofas e bonitinhas, eu acho legal a sensação de ficar tudo ardendo depois. É, porque eu não tenho hemorróida. Então eu posso comer o tanto de pimenta que eu quiser.

Então.

Decidido isso, ameacei o babybrother de morte, porque só pedir o arquivo de um livro de dicas culinárias enorme, importado e supimpa que ele e o tio fizeram download na internet não bastou. Daí o dia que eu o ameacei com a foice na mão ele me deu o link do arquivo pra baixar e aí demorou uma vida mas depois disso eu fui feliz porque tenho o arquivo do livro supimpa que deve custar bem mais que meus dois olhos da cara na livraria. Oi, pessoal do crime virtual e blablabla, eu compraria se o valor do livro fosse acessível a pobres mortais que só querem ler como fazer uma compota de pimentas.

Tá, eu lá com o arquivo do livro, vasculhei tudo e só tinha a explicação de cada tipo de pimenta. O que já era meio caminho andado, mas só seria informação completa se viesse com uma porcentagem do tanto que cada uma vai arder na minha boca e com qual comida combina. Mas tudo bem, saber o nome da cada pimenta já tava bom. O resto eu procurei no tio Google.

Caí num site da Ana Maria Braga, ensinando como fazer uma compota de pimenta. Salvei o link e no sábado fui ao Ceasa feliz da vida e cheguei na barraca de pimenta sorrindo e maravilhada que eu enfim ia comprar aquelas bolinhas coloridas e fazer a festa. Perguntei pro japa se essa era igual àquela e ele me olhou com cara de "essa vai enfiar o nariz onde não sabe" e explicou que não, dando ênfase ao "essa arde muito". Olhei pra ele com cara de 'não tem problema, eu sou super e se arder é nóis mano que um dia eu vou entender de pimenta supimpa e ele vai ver só'. Catei as pimentas com a mão no plástico porque disse a Ana Maria Braga que era preciso proteger as mãos senão a ardência passava e tals. Dei o saquinho para o japa pesar toda feliz da vida, paguei e saí pra fazer minhas outras compras protegendo minhas bolinhas com minha própria vida.

Chegando em casa, zona total, jantar com família planejado, cheia de coisas pra fazer. Fui eu lá me empenhar na minha compota de pimenta. Algo me dizia que se eu fizesse rápido, quando chegasse a noite e todo mundo estivesse na minha casa, eu mostraria orgulhosa minha compota de pimentas e todo mundo ia comer (assim, a compota recém feita) e achar a coisa mais maravilhosa de todo o universo. Liguei computador, procurei a receita da Ana Maria Braga e fui.

Pega o vidro, bota pra ferver na água com o pano e blablabla de esterilizar e tals. Fiz. Peguei o vidro mais bonito que eu tinha, fiz todo o processo, tirei todos os cabinhos de todas as pimentinhas sempre exclamando que ó que gracinha que bolinha amarelinha cuti-cuti da mamãe. Lavei, sequei, alisei, arrumei no vidro, coisa linda de Deus, nunca fiz nada mais maravilhoso nessa vida. Puxa vida, o vinagre pra botar na compota tá acabando mas olha só que meodeusdocéu deu certinho a quantidade que eu precisava. Nossa como eu sou linda. Nossa que isso vai ficar maravilhoso.

Fiz tudo bonitinha, cheia de amor e depois contemplei minha obra de arte maravilhosa. Tava lindo. Feliz da vida, botei na geladeira e fui arrumar o resto do cardápio do jantar.

Horas depois, família em casa, eu arrumando a mesa, de repente lembrei da minha compota mais maravilhosa de todo o mundo da face da terra meodeusdocéu. Peguei na geladeira toda feliz como se fosse um troféu e mostrei para o tio com exclamações de "olha que lindo que fui eu que fiz" e argumentos de "não sei como o pessoal compra compotas já prontas, do jeito que a minha ficou maravilhosa eu podia fazer pra vender na vizinhança cobrando o olho da cara.." Ele, achando graça da minha empolgação, pegou o vidro e foi todo analisar pra concluir que "puxa, que legal, foi você que fez e como que faz e blablabla"... e de repente veio o silêncio.


E então, analisando o vidro da minha compota recém feita e toda linda, ele argumentou, ainda sem certeza: "puxa Rê, mas esse pedaço de pimenta aqui não parece um bicho??"



Era. Uma larva. Eu, incrédula, virava o vidro pra ela chacoalhar como se de repente num passe de mágica ela virasse um pedaço de pimenta e no fim das contas tudo fosse só um mal entendido. Mas não. Estava ela lá, feliz da vida na minha compota de pimenta antes tão linda e tão amada. Nadando no vinagre com azeite como se não houvesse amanhã.


Sim, eu lavei cada pimenta. Uma por uma. E não achei nenhum furinho sequer que demonstrasse que em alguma delas tinha um bicho. E então foi-se compota, última porção de vinagre, azeite extra-virgem lindo do jeito que a prima nutricionista diz que tem que ser, pimentas compradas com amor mais vidro maravilhoso tudo para o lixo, assim, sem nem abrir. E assim se acabou a história da compota de pimenta mais maravilhosa do universo. Bichada.

The End.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sobre Síndrome do Pânico

Então. Como eu sei que a maioria das pessoas que me lê já sabe que... blablablá, esse é um assunto polêmico, o blog é meu e eu falo o que quiser a respeito e blablablá vou mandar todo mundo pro site da Mônica (vejam que meiguice, eu podia mandar pra outro lugar!)... já sabem, né? Que bom. Para os novatos, eu vou repetir (em 2011 eu prometi ser uma pessoa melhor então vou ser delicada): é um assunto polêmico e mesmo assim eu tenho o direito de dizer o que eu penso no espaço que é meu, não admito comentários mal educados e se você já sabe que vai dar piripaque com minhas opiniões, nem leia. Passeia lá no site da Barbie (isso é o máximo de delicadeza que eu consigo por enquanto, relevem).

Síndrome do Pânico é um negócio que há uns anos atrás eu nunca tinha ouvido falar. Penso muito que ainda bem que o negócio não é mais igual antigamente, que as pessoas furavam as cabeças dos outros pra sair sangue até que o coitado ficasse tonto a ponto de nem sentir mais a doença que tinha antes. Que bom que de lá pra cá a medicina evoluiu a ponto de não ter mais sentido escrever "morte natural" nas certidões de óbito. Mas tudo que envolve psicologia e psiquiatria é um grande mistério e eu não ia servir pra nenhuma das duas profissões.

De acordo com a Wikipédia (pra você ver que eu não sou do tipo leiga que fala merda, eu pesquiso a respeito das coisas antes de dizer a minha opinião), a síndrome do pânico é uma condição mental psiquiátrica que faz com que o indivíduo tenha ataques de pânico esporádicos, intensos e muitas vezes recorrentes. É importante ressaltar que um ataque de pânico pode não constituir doença ou ser secundário a outro transtorno mental. Caracterizado por crises súbitas, sem fatores aparentes e frequentemente incapacitantes.

Han. Daí eu me pergunto: quem me garante que essa pessoa está tendo uma reação não-controlável? Quem me garante que a coisa não é feita racionalmente? Quem me garante que alguém que sai na rua tem lá um piripaque porque quer chamar a atenção? E eu gostaria de dizer que não, nunca vi nada parecido, mas já vi. Aqui, bem pertinho, sabe se lá o que acontece pra alguém fugir de casa e se esconder num banheiro de rodoviária ou passar horas longe a ponto da família entrar em desespero e chamar a polícia ou ter que sair procurando pelo IML. Mas as pessoas voltam. As pessoas voltam a si, voltam pra casa, voltam a ter uma vida normal. Tipo, de repente tá ali estatalado, louco e babando e dormindo com o lixo e no dia seguinte sai pra trabalhar 7h da manhã como se nada tivesse acontecido. Não é tipo louco que fica louco pra sempre e pronto. Não. Então assim: pra mim é frescura. Um belo dia a pessoa quis chamar a atenção. Saiu de casa e deu piripaque, daí resolveu que não ia conseguir sair de casa e todo mundo ficou sabendo. Óh, fulano deu piti ali, coitado. Pronto. Amanhã voltemos à vida normal.

Sabe suicida que sai falando pra todo mundo que vai ali se matar? Que senta no alto do prédio ou na beirada da ponte e PERMITE que alguém socorra? Faz aquele estardalhaço, chama rádio, tv, jornais, parentes, faz testamento e fica de cá gritando 'ó, vou me jogar. eu vou hein. tou indo'? Então. Quem quer se matar não avisa. Morre e pronto e todo mundo só fica sabendo depois.

E acho mais: acho que existem médicos e remédios e tratamentos pra coisa sim (não, eu não sou retardada, eu sei que as pessoas investem nesse tipo de "doença") porque é fácil. Como eu li num livro ali, de um negócio nada a ver: é cômodo você ir no médico com uma doença qualquer. Eles ganham pra isso, claro que vão te atender. Remédios? Farmacêuticos ganham pra isso! É lógico que vai ter remédio até pra dor de cotovelo nesse mundo. Caso que a gente vê tipicamente nos filmes (e deveria ser só nos filmes): gente que vai no médico e não tem nada. Não tem nada mas só fica satisfeito tomando algum remédio. Água, que seja. E aí, pensando que é remédio, a pessoa melhora assim puf. Como se a água que tomou realmente fosse o melhor remédio de todos os tempos, milagroso. Ou, pior: mãe que acha que filho é doente. Sabe, aquela doença que as mães dão conscientemente remédios inapropriados para os filhos tomarem só pra provocar algum tipo de doença e poderem ter atenção de médicos e hospitais? Então.

Acho que é fácil ter qualquer uma dessas "doenças mentais". É fácil se fazer de louco. Cômodo. Um dia você simplesmente diz 'ó, sou doente' e não sai de casa pra enfrentar a vida, enfrentar lá fora, enfrentar os problemas, ir à luta. É covarde. Síndrome do Pânico? TODO MUNDO tem medo de sair de casa todos os dias. Ninguém sabe o que vai acontecer, se vai voltar são e salvo, se vai ser assaltado, se vai morrer atropelado, se algum parente querido vai ter algum problema sério, se você vai perder o ônibus, se o chefe vai gritar, se você vai derramar café na camisa ou se alguém vai pisar no seu pé. É ÓBVIO que se todo mundo for pensar em tudo antes de sair de casa, a gente vai ficar embaixo da cama mesmo. Claro. Mas não. A gente precisa de dinheiro. Precisa trabalhar pra pagar as contas. Precisa comprar o leite do filho, botar o pão na mesa, trazer flores pra esposa. Precisa-se trabalhar. Agora você me diz, se lá na roça, naquela vidinha difícil de interior de trabalho braçal e pouca comida na mesa..... se alguém lá tem síndrome do pânico. Vamos falar de coisas mais perto da gente: o pessoal lá na tragédia, na enchente, no deslizamento, perdeu tudo. Perdeu casa, comida, família. Você viu alguém com síndrome do pânico? Ah, não se tem notícia? Não se pode dizer? Vai lá perguntar, eu fico esperando. DUVIDO que você vai achar. Não tem tempo pra ter síndrome do pânico. Tem que limpar tudo, lavar tudo e sair no dia seguinte pra trabalhar pra poder ganhar dinheiro pra se refazer uma vida.

Eu posso ser muito injusta na minha opinião, mas nem os médicos que estudam anos, que doam suas vidas pra entender e descobrir sobre doenças do cérebro, não sabem ao certo o que acontece. Se você não entende do assunto, eu te digo: quando você tem uma doença mental qualquer, o diagnóstico é feito por eliminação. Até uma simples dor de cabeça constante (e disso eu entendo) é feito assim. E aí pelos sintomas que você tem descarta-se dor de cabeça ocasional, descarta-se doença física e visível (como câncer) e descarta-se cefaléia porque ela não dá enjoo. Diagnóstico: enxaqueca. Simples assim porque ainda não descobriram outras doenças com nomes diferentes e diferenças de sintomas. Então fica lá"enxaqueca". Como um "morreu de morte natural". Simples assim.

Enfim, [eu posso ser muito injusta na minha opinião]² a respeito de síndrome do pânico, mas os casos que vi, os que fiquei sabendo, TODOS eu penso que foi um piripaque. Pra quem não sabe, piripaque é o termo que os médicos dão para "esse paciente não tem nada e tá dando show". Engraçado que as pessoas que dizem ter síndrome do pânico, geralmente não têm muito o que fazer na vida. São pessoas com a vida confortável, que trabalham poucas horas, que não têm filhos pequenos pra criar, que não têm grandes preocupações na vida. Sinceramente, parece mesmo que um belo dia acordam com o pensamento de "puxa, que tédio, vou arrumar uma coisa pra fazer". E então vão ali e têm síndrome do pânico.

Eu vou acreditar se você tiver síndrome do pânico depois de um sequestro. Depois de um assalto violento. Depois que um filho seu morrer num acidente qualquer. Depois que a sua casa for assaltada e os bandidos mantiverem você, sua esposa e seus três filhos menores que 5 anos como escudo quando a polícia chegar e que alguém for morto à queima roupa ali na sua frente no carpete da sua sala e a marca de sangue ficar pra sempre no chão. Depois que a sua casa for tomada por uma enchente e você ver que seu trabalho de anos vai literalmente por água abaixo, um a um de seus pertences comprados de maneira tão sofrida. Depois que você estiver desesperado porque seu marido morreu de morte súbita e você antes dona de casa, tem cinco filhos pequenos pra criar sem nem saber por onde começar. Sabe? Casos do tipo, claro. Eu entendo. São mesmo chocantes e devem mesmo causar muito mais que uma síndrome do pânico. Mesmo assim, NENHUMA das pessoas que eu conheço que passaram por essas situações, tiveram síndrome do pânico.

Mesmo assim, porque eu decidi ser uma pessoa melhor em 2011, mesmo com toda essa minha opinião à respeito, tudo bem. Eu acho que de cada 100 pessoas que têm síndrome do pânico, umas 3 realmente têm. Porque sei lá, não se sabe de tudo, a medicina ainda não evoluiu a esse ponto, vai saber. E eu também sou maleável a ponto de saber que tudo tem uma certa margem de erro. Tá. De 100, três devem ter. Porque sobre todos os outros 97, eu te digo: se você realmente tivesse síndrome do pânico, se você soubesse que é irracional, incontrolável e se o que passa realmente não for pra chamar a atenção. É você, é reação sua, sem maiores motivos como os que eu exemplifiquei, dá aparentemente do nada e você SABE ali, com você mesmo, que é síndrome do pânico e pronto. VOCÊ SAIRIA ANUNCIANDO que ó, tenho síndrome do pânico, viu? Me ajuda que eu sou doente mental (veja lá que a Wikipédia diz que é condição mental psiquiátrica - não sou eu que estou dando nome aos bois não, eu só estou dizendo o termo em português coloquial, caso você for se ofender com isso). Vai sair querendo se expor nesse nível?

EU NÃO.


quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Sobre gente que eu gosto

Nem só de espinhos vive a rosa. E eu sou mesmo muito crítica com tudo, mas sei reconhecer quando certas coisas são bem feitas. Vamos falar de gente. Quem reparou que eu mudei algumas palavras no meu perfil, leu ali o "gente é uma coisa que realmente me cansa". Verdade. Como é difícil aceitar certas pessoas. Mas estou aqui pra falar que nessa minha vida, que se divide em tantas outras, quando a gente pensa que já está na hora de um novo dilúvio divino pra que Deus limpe esse planeta desse povo porque ninguém mais está servindo pra alguma coisa... vem alguém e muda tudo.

Eu gosto de gente inteligente. Os burros que me desculpem, mas ter passado na fila da distribuição de cérebro antes de nascer é realmente alguma coisa fundamental para que alguém consiga se relacionar comigo. Pode ser até alguém insanamente instável, pode ter certos comportamentos e atitudes estranhas, pode pirar de vez em quando e sair correndo pelado na rua. Mas tem que ter motivos inteligentes pra isso. Eu até babo de emoção ao conversar com alguém que sabe falar sobre tudo, desde o clima até física quântica. E se não sabe, que dê uma boa explicação inteligente a respeito de não saber.

Gosto de gente que é o que é sem medo de ser feliz. Se é florzinha, que se assuma, se é cor-de-rosa, se é metaleiro, geek, skinhead, racista, mauricinho, emo, gay! Meu perfil é totalmente verdadeiro e gosto de quem também se assume. Coisa mais maria-vai-com-as-outras sair dizendo que é o que não é. Que faz tal coisa porque todo mundo faz. Eu consigo ver beleza em todos os tipos de pessoa e de personalidade, desde que não seja algo forçado. E ah, é tão mais fácil ser o que simplesmente se é. Dá tanto trabalho sair imitando os outros... você sai lendo Fernando Pessoa porque acha que quem faz isso é cool? Que triste, pessoa vazia que você é.

E, muito importante: gosto de quem não tem inveja de ninguém. Difícil gente assim? Nem tanto. Eu tenho o prazer de conhecer pessoas que simplesmente ficam felizes com as conquistas e felicidades alheias. Que desejam o bem para quem gostam. Que admiram ao invés de invejar. E que se espelham para também chegarem lá. Mas também conheço gente que deseja até ficar doente, só porque fulano também ficou. Exagero? Não. A pessoa simplesmente pensa que se for ficar doente também, vai poder ficar de folga do trabalho, assim como aquele conhecido também ficou. E, sobre invejar quem tem isso ou aquilo, mas você não... que tal ir à luta? Aí está outra característica que eu admiro nas pessoas. Quem não está satisfeito, quem precisa, quem quer alguma coisa, e aí arregaça as mangas, chacoalha a poeira e vai à luta! Que bom seria se todo mundo fosse assim. Mas reclamar, invejar, se esconder, tomar remédio e dizer que você tem alguma limitação é tão mais fácil, não é?


:: Postado por às 10h07



[Ju] [www.avidaecorderosa.zip.net]
e a maioria das pessoas são assim, uma pena =)
16/10/2008 11:28

Concordo com você. Odeio pessoas que têm discurso pronto decorado e treinado na frente do espelho só para parecerem o que não são.
Gosto de sinceridade, inteligência e loucura... Na medida certa, lógico...
=)
E quanto a inveja... olha, de coração, eu torço por todo mundo que me cerca e sei que o que é meu, a mim chegará.
Mas há momentos que a inveja me toma... e não é aquela coisa de "inveja boa" ... Não, é inveja ruim mesmo, digna de vilã de novela... rsrs... No momento, não lembro de nenhuma situação... Mas te garanto que existem!
Besos, guapa!
Enxaqueca | Homepage | 10.18.08 - 9:44 am

Amiga, falou tudo. Odeio tipinhos.
Mila | 10.16.08 - 11:36 pm

Caramba Rê, a nossa relação é a mais vantajosa de todas. Nela a gente não tem que ficar medindo as agressões e muito menos os palavrões cabeludos, com medo de deixar o outro constrangido e tal. Você me xinga, eu te xingo! E fica tudo certo, bola pra frente.. Isso não é bom? Eu acho.
Olha, eu não sei o que quer dizer a palavra "guampa".
E também não tô nem interessado em saber. Mas não liga não! A Jana tem seu vocabulário próprio.. É melhor não contrariar ehehe.. Às vezes eu fico boiando também!
Sou tarado por pés femininos.. Sou expert no assunto! Então, só de observar ou mesmo quando uma moça me diz a altura eu já tenho mais ou menos um parâmetro do tamanho do pé dela. Ou seja, não é só advinhação.
Quanto aos números da mega-sena.. Pô, você não quer mais nada da vida né?
Bjo pra ti.. :D
Edgar | 10.16.08 - 5:24 pm

Quanta gente maluca aqui...
e gosto de ser uma delas...
Eu odeio gente burra.. sempre odiei.. e as vezes me sentia culpada por isso.. mas acho que hoje já nao tenho mais idade pra isso...heheheh
E quanto a ser o que realmente é.. por isso eu queria correr pelada na praia.
bj
Donatella | 10.16.08 - 4:53 pm

Brigada pelos parabéns ^^
Erica | Homepage | 10.16.08 - 4:37 pm

Pior que os burros são os dissimulados que fingem que são burros.
Bjs.
Elvira
Elvira | Homepage | 10.16.08 - 4:02 pm

Concordo em gênero, número e grau com você. Ver uma pessoa tentando ser algo que ela não é é digno de pena, inclusive.
Acho que o que está faltando um pouco nesse mundo é falta de tolerância, de saber como lidar com as frustrações. Parece que estão esquecendo de ensinar as pessoas que nem sempre elas serão felizes e ouvirão todos os sims que querem/buscarem.
Bjitos!
*Lusinha* | Homepage | 10.16.08 - 2:59 pm

Modéstia a parte sou inteligentinha. Exceto em assunto de Bolsa de Valores, porque não entendo nada dessa coisa de bolsa caindo...!
Pior é que tem gente burra que não sabe que é burra e sai por aí falando asneiras achando que esta abafando, e aí você fica com aquela cara de tacho, sem saber o que fazer!
Cruz Credo!
Beijão
Lilica | Homepage | 10.16.08 - 1:08 pm

Inveja à parte.. Putzgrila! Ficou bem bom esse teu texto garota!
Renata, foi justamente o teu perfil(psicológico?!) a primeira coisa que eu li no teu blog. E a decisiva também, pois pensei comigo: "Caramba! A dona desse blog deve ser alguém insuportável. Finalmente, encontrei uma pessoa chata! Já que eu não sou chato, enfim, consegui a SIMBIOSE PERFEITA!"
Você tem pé 37, né? Não lembro se você me disse se era 37 ou não. E também não consegui ver seu pé naquele dia.. Mas se você tiver mesmo 1.72, você deve ter um pé entre 37/38.
Bjo pra ti.. :D
Edgar | 10.16.08 - 12:47 pm

Lembra-se de mim? Pois bem, lembrei de você hj e pasmem, até passei aqui no Blog! Desculpe se postei tal msg em lugar indevido, mas como sabe, não sou lá grande fã de blog´s e desconheço parte de seu funcionamento e regras de etiqueta.
Ainda no docinho eterno por simplesmente eu não ter correspondido a suas expectativas e não me aceitar apenas como um colega virtual? =)
Estou com saudades de nossas eternas brigas cult por motivos idiotas. kkkk
Bjunda pra vc!
Brunno - 123* | 10.16.08 - 12:00 pm

Onde eu assino???????????
Vc sabe que penso igual, estivemos juntas na fila de ditribuição de cérebro!!
E eu me assumo, assumo meu lado egoista, não de não desejar que o outro tenha, mas de querer também e me mecher pra isso.
Por sermos assim que somos masters! kkkkk
beijos
Jana | Homepage | 10.16.08 - 11:52 am

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Sobre você

Aproveite o embalo sobre a covardia, e admita que vc também é um fracasso...

:: Postado por às 17h16



Fracasso, nem isso...
às vezes me sinto ninguém, vc já foi ninguém? É ruim viu!
Mas passa... rabisco uma ou duas coisinhas e já vou transmutando novamente... normalmente estou up.
Bjs
GGod | Homepage | 09.03.08 - 9:11 pm

Pegando pesado por aqui, héin Rê?
Bjitos!
*Lusinha* | Homepage | 09.03.08 - 1:52 pm

É...
O grande problema das pessoas que são super competentes e empenhadas é que, quando elas falham (por menor que o problema seja) é que tudo parece mil vezes maior do que é.
Mas isso passa...
Beijos!
Carol | Homepage | 09.03.08 - 10:09 am

Naum pense assim naum...bola pra cima... ninguem é um fracasso so se a gente se permite ser
Bjos
Rhay | Homepage | 09.03.08 - 2:10 am

Olha, algumas pessoas poderiam voltar para a epoca do jardim de inf/ãncia em que, involuntariamente, tinham que carregar orelhas de burro na frente da classe inteiro. Ô escória!
Beeijo!
Amanda | Homepage | 09.02.08 - 8:40 pm

HAHAHAHAHA
EU SEMPRE ADMITO..
MELHOR...ACEITO
BEIJOS RÊ
dani faxina | 09.02.08 - 6:56 pm

kkkkkkkkkkkkk E eu sei pra quem é o recado!!!
UHUUUUUUUUUUUUU
o/
kkkkkkkkkkkkkkkkkk
beijos
Jana | Homepage | 09.02.08 - 6:39 pm

Aff e ás vezes eu tenho certeza absoluta disso!!!!
Sobre as lingüiças, é verdade.. mas aqui a gente chama lingüiça de Salsichão. (Na verdade a gente chama assim um único tipo de lingüiça, e é sagrado em todo aperitivo de churrasco!)!!
beijo
Laura | Homepage | 09.02.08 - 6:09 pm

gostei da foto!!!
India | Homepage | 09.02.08 - 5:53 pm

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Sobre covardia

Mal que assola a raça humana desde os primórdios, César foi apunhalado pelas costas pelo covarde Brutus, e Lancelote deixa hoje essa impressão de que era um garanhão, mas não passava de um príncipe covarde que colocava mulheres e camponeses à sua frente para que enfrentassem os exércitos inimigos em seu lugar, diferente do sem reinado Arthur, também cavaleiro da mesma época.

Sei que nos dias atuais, além dos casos mórbidos de pais que jogam filhos pela janela ou brasileiro drogado que esquarteja londrina filhinha de papai, ainda há a ferramenta para o meio mais patético de covardia: a internet. É mesmo o máximo você dizer o que quer sem se identificar, ficam só as palavras e falta dar a cara a tapa: identidade.

Enfim, que bom que tudo o que eu digo, pra quem quer que seja, estou aqui pra me identificar. Dou o nome, dou e-mail, dou telefone e se quiser ainda encontro no meio da rua pra sustentar minhas verdades e opiniões. Sou o que sou independente de ter acesso à internet ou não. Mas se você se sente bem em dizer pra todo mundo que é A quando na verdade é B, e agredir as pessoas porque através da internet não periga levar tapa na cara... você, aí com você mesmo, assuma! Assuma pra você o quão covarde você é.


:: Postado por às 14h36



[Ju] [www.avidaecorderosa.zip.net]
ixi, o mundo tá tão cheio de patifes e covardes... =)
02/09/2008 09:05

[maurizio] [http://meusinstantesemeusmomentos.blogspot.com]
ótimo póst. Gostei. Tenha uma bela semana Maurizio
01/09/2008 20:05

Ahh! Já roubaram senha de orkut meu e eu não consegui descorbrir a identidade do infeliz!
Se aproveitar de situações é realmente covardia! Dá nojo de gente assim!
beijos flor, ótimo post!
Cah | Homepage | 09.02.08 - 1:38 pm

Assumir esse tipo de coisa dura muito tempo, por vezes a vida toda.
=P
Thito | Homepage | 09.02.08 - 10:42 am

é muita covardia mesmo quem se esconde por trás de uma tela de computador, pra dizer o que pensa de maneira que ofenda o outro. Isso é náo saber usar a liberdade de expressão
Fabi | Homepage | 09.02.08 - 9:38 am

Sério que alguém fez isso?
Tem alguém tirando uma com vc, se aproveitando do anonimato virtual??
Fala sério.... Que coisa chata.
Bom, eu gosto de te ler, das suas opiniões, dos seus posts e de seus comentários. Beijão!!

. C a r o l | Homepage | 09.01.08 - 5:46 pm

Que é mais fácil se esconder atrás das palavras, disso eu não tenho dúvidas... Mas já não sei se espero que as pessoas tenham a atitude que deveriam ter nessas horas...
Bjitos!
*Lusinha* | Homepage | 09.01.08 - 4:14 pm

Opa! Rolou algo chato né? Não liga não... tem que ter personalidade pra assumir as coisas. E os covardes não tem nada disso. Beijos e boa semana
Lilica | Homepage | 09.01.08 - 3:58 pm

Que ta pegando?
Me conta e a gente vai lar tirar a limpo...
Vontade de socar hoje kkkkkkkkkkkkkk
Mas concordo com vc, muito fácil ser alguém nesse mundo aqui.
beijo
Jana | Homepage | 09.01.08 - 3:09 pm