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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Da superficialidade da astúcia

Dia desses eu fui no show do Foo Fighters. Eu não podia deixar de escrever sobre isso, e não vou deixar mesmo. 

Vou começar dizendo que eu não passei a noite na fila, porque isso eu nunca fiz mesmo. Também não passei o dia na fila, porque isso eu realmente não tenho mais idade de fazer mesmo. Aliás, depois daquela briga com o cara no show do Bon Jovi eu meio que perdi o tesão de ir em show no meio da muvuca. Dessa vez eu cheguei quase 19h, três horas depois de o portão ter aberto, fui na pista normal mesmo (e não na VIP como há alguns anos), e fiquei lá atrás. Vi Dave pequenininho, paciência. Mas nada paga o meu sossego.

Aos 35 anos na cara, a vibe foi ir sozinha (ir em show de rock sozinha não tem preço!), ficar lá atrás, de boa, em um lugar que eu conseguia ver muito bem o telão e ouvir muito bem a voz do cara. Ah, o meu amor por homens que gritam. Cheguei quietinha, no meio da multidão, andando pelo meio das pessoas e procurando onde estaria esse bom lugar. Dei uma olhada geral, daqui e dali, e o lugar escolhido foi encostada em uma das grades que circundam aquelas grandes coisas que ficam bem no meio dos estádios em ocasião de shows. E aí é onde começa o que eu realmente quero falar nesse post.

Eu não faço a menor ideia do que são aquelas grandes coisas. É claro que caixas de som e iluminação é meio óbvio, mas de uns tempos pra cá há vários cercados com grandes coisas no meio. Sei lá, caixas d'água. Pra que ter caixas d'água no meio de um estádio em um show? Pra onde vai essa água? No show do Foo Fighters, bem na frente do palco e bem no meio do gramado, havia TENDAS com teto e laterais cobertos de lona branca. Fiquei sabendo lá que eram câmeras de televisão, porque o show ia passar, sei lá, no Multishow. Vocês conseguiram processar a conclusão do que eu disse? Tendas com lona em cima e nas laterais bem na frente do palco, ou seja, NINGUÉM CONSEGUIA FICAR ATRÁS DESSES TROÇOS E ENXERGAR O PALCO. Gente. No meio do estádio, sabe? Eu paguei caro por esse show. E não consegui assisti-lo porque tinha tendas com câmera de televisão na minha frente. Conclusão: neste show, ou você era VIP e ficava muvucado apanhando das pessoas no gargarejo, ali bem pertinho do palco, ou você era um simples filho da puta do inferno, que tinha que assistir o show nas laterais do campo, perto dos banheiros, com visão ínfima e torcendo por aquele momento em que o vocalista da banda chega na lateral do palco e diz "oi para o lado direito/esquerdo da arquibancada do estádio!" (Dave traduziu bem isso em inglês e com o literal "fucking whatever" muito bem colocado em suas frases). 

Fudido. É tudo isso aí o que a gente é. Paguei caro, porque eu amo a banda e acho que eles merecem demais o meu dinheiro para se sustentar. Mas quase a metade de tudo o que eu paguei foi pra essa gente que bota uma taxa de conveniência equivalente ao diâmetro da circunferência anal de cada um deles. Pra que eu paguei isso? Pra assistir um show vendo metade da metade da metade de um palco, onde o cara vocalista da banda, que é foda, parecia uma reles pulga, tamanha a distância que todo mundo foi obrigado a ficar do palco, por conta que, aqueles mesmos caras da circunferência anal, já não bastando ganharem muito do meu dinheiro, ainda precisavam filmar o show pra ganhar sei lá como e sei lá porquê a audiência de uma galera que nem pagou nada (além do preço absurdo de uma tv paga), mas que talvez assistisse pela tv.

Isso é o que? É gente bosta oferecendo serviço de bosta a preço de ouro e às custas de alguém que oferece um serviço ouro. O problema é, sabe o que? O intermediário. Exemplo: eu faço compras no Ceagesp. Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo. Mas esse negócio, caso você não saiba, tem em toda cidade. Se não com esse nome, com algum outro nome parecido. O que é isso: um grande centro de distribuição de comida fresca. Ou seja, uma grande feira. Acontece que o produtor, sei lá, digamos que ele tenha um sítio simpático e plante batata. Planta batata em uma escala considerável e resolve vender no atacado. E então ele precisa de um lugar para estocar a batata dele e vender para feiras de rua e mercados. E então ele aluga um box, no Ceagesp, onde vende as batatas dele para varejistas. Ta tudo muito bom, ta tudo muito bem, mas pode melhorar: o Ceagesp, três vezes por semana, vende no varejo. E é aí que entra a Renata, com seu carrinho de feira, podendo comprar dois quilos de batata pra fazer assada com requeijão, direto do produtor. Aquela batata simpática, redondinha, saborosa e barata. Porque o cara que está ali na barraca me vendendo é o mesmo que colheu essa batata no início daquela semana.

Essa é a vida linda de se ver. É a vida da Renata, que preza pela comida bem feita e pela boa batata a preço justo. Que tem tempo, paciência e carro, pra poder ir lá no Ceagesp de tempos em tempos, fazer a feira, porque por acaso, por milagre de Deus e hábito familiar, o Ceagesp fica relativamente perto da minha casa. Mas essa não é a vida de quase todo o resto da população. Quase todo o resto da população pode ser encontrado no Extra, quase na esquina da minha casa, no meio dia do primeiro sábado do mês, logo depois do pagamento. Naquele demonstrativo do inferno, das enormes filas no caixa, das crianças gritando, das senhoras enfiando o carrinho nos calcanhares alheios, e o locutor do Extra informando no microfone que "agora começou a promoção da televisão e quem chegar agora aqui no corredor do eletrônico leva". 

Lá, na fila do Extra na esquina de casa, ao meio dia do primeiro sábado do mês e logo após o pagamento, os carrinhos estão cheios de batata. Da batata comprada no mercado, que é a mesma batata comprada em qualquer mercado, grande ou pequeno, na feira de rua ou na quitanda. Essa batata é a mesma que está lá à venda há 1 mês. Essa batata saiu do mesmo Ceagesp que a Renata faz compras, só que antes de chegar na mesa da dona Terezinha, mãe da Priscila, passou por uma meia dúzia de caras que carregaram e revenderam a pobre da batata. Essa batata, em uma mesma curva, superfaturou e despencou de qualidade em sabor e durabilidade. Ou seja, a dona Terezinha, mãe da Priscila, vai comprar a batata, pagar o olho da cara, carregar até em casa morro acima, e em uma semana essa batata estará podre. Por causa de quem? Dos intermediários, claro.

Os intermediários do show do Foo Fighters (e de todos os outros shows internacionais no Brasil) são grandes filhos da puta. E já sabendo disso, eu, ali encostadinha na grade de alguma grande coisa que algum grande filho da puta resolveu colocar no meio do estádio, me consolei ao ver o Dave só pelo telão. Aquela barba. Aquele cabelo. Aquele humor. Aqueles diálogos incríveis. Aquela inteligência, que fez com que, de repente, ele aparecesse atrás das barracas de lona dos filhos da puta da tv. Ou seja, ali, bem pertinho de mim. E aqui vai o meu salve para os produtores do show, que colocaram uma passarela para o cara andar além do palco, mesmo nesse país de filhos da puta.

Vai dar piti pela minha última frase, porque você é brasileiro e não desiste de ser filho da puta nunca? Pois eu ainda não acabei o meu post: eu lá, na grade, me consolei por ver um show por um telão, lá longe, de boa, curtindo minha música, dançando e cantando sozinha. Eu, na minha bolha de paz. Sabia cantar todas as músicas do show, até as menos famosas. No lugar que escolhi pra ficar permaneci até o fim do show. Do lado do bombeiro, camarada de boa. E o mundo seria um lugar bem melhor se todo mundo estivesse se comportando igual eu e ele. MAS NÃO. As pessoas andam o show inteiro. Se você não está lá no gargarejo, no meio da muvuca, morrendo de sede, com o braço suado e enrolando nos cabelos da menina que está na sua frente que insiste em deixá-los soltos, encostando nos outros braços suados das pessoas que estão dos seus lados, sentindo a pessoa de trás te encoxando e sendo levada pra todos os lados e torcendo apenas pra não cair e não ser pisoteada, você está lá atrás. E se está lá atrás, tem gente andando pra lá e pra cá, o tempo todo, em todas as direções aos seus lados e, pode parecer incrível, mas a sensação é a de que você está sempre no caminho de todo mundo.

Agora me fala: pra que, inferno? PRA QUE? Por que vocês não fazem igual à pobre infeliz aqui, que escolhe um lugar pra ficar E FICA até o show acabar? Por que? Você tem incontinência urinária? Passou o dia na fila e precisa ir ao banheiro? Quantas vezes você vai ao banheiro por show? Ah, precisa comer? Porra, mas não passou o dia inteiro na fila fazendo nada além de comer? É bebida o que você quer? Não tem as tiazinhas passando no meio da multidão com aquele isopor bem na minha cara logo quando eu consegui um espaço ridículo entre duas cabeçonas pra enxergar o show?

Fica aquele bando de gente, andando pra lá e pra cá, sem prestar o mínimo de atenção no show, atrapalhando quem pagou e quer VER a banda tocar. Só isso que eu quero, gente. Ver e ouvir o cara cantar. E então, quando a pessoa abstrai porque não dá pra colar Super Bonder na cadeira igual faziam na escola e resolve que não, não é um bando de baratas tontas passando em todas as direções que vai estragar o meu show, de repente a pessoa que está na sua frente vai lá e LEVANTA A MÃO COM CELULAR PRA FILMAR O SHOW BEM NA SUA CARA E TAMPA TODA A SUA VISÃO.

Sério. O povo paga um show internacional pra ficar zanzando pra lá e pra cá. Paga pra ficar filmando. Paga pra não dançar nem cantar porque... será que eles sabem? Ou será que alguém falou "pô, cara, vou no show do Foo Fighters" e o cara pensou "Full Faiters, não sei o que é isso, mas se é o point vou também". A impressão que eu tenho é que todo mundo vai em tudo, sabe de tudo, passa horas na madrugada pra ver o Castelo Rá-Tim-Bum ou debaixo de sol pra ver as esculturas lá de cabeção, mas sem prestar atenção em nada, sem pensar sobre nada, nem se gostam ou não. A impressão que eu tenho é que todo mundo vai em tudo, paga tudo, fica na fila de tudo... pra tirar selfie. Pra postar no Facebook. Pra dar check-in e dizer pra todo mundo que foi. Ah, você foi em tudo, meu filho? Foi na maior exposição do momento, foi no show do ano, foi no melhor restaurante e assistiu ao filme mais falado? E sobre o que era o filme mais falado? O que você achou do prato que experimentou no melhor restaurante? O que foi que Dave Grohl falou entre suas músicas? E quais músicas cantou, além de Everlong, Best of you e Learn to Fly? Até Dave, o melhor capricorniano que conheço além de babybrother, tirou sarro da galera que só sabia cantar o ôôô de Best of you. E você, reparou que o cara tava tirando sarro da sua cara? Ou você estava ocupado tirando uma selfie bem na cara da Renata, que foi ao show somente, olha que absurdo, pra ver e ouvir o cara cantar?

Os intermediários são sim filhos da puta. Mas o resto da população também é. E aí eu penso, minha gente, que apesar da dona Terezinha, mãe da Priscila, comprar a batata semi-podre no Extra no sábado na hora do almoço primeiro do mês e logo depois do pagamento, não ir ao show do Foo Fighters, tem muita gente que faz a feira do mês no Extra e vai ao show. E pra esse povo, a batata semi-podre é mais que o suficiente.





segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Lorpa de Ipanema

Então estou eu lá em casa, sofrendo ainda com o término de Cordel Encantado, a novela mais fofa de todos os tempos, procurando me entreter com qualquer novela do tipo mas sabendo que nada vai chegar aos pés da anterior, primeiro porque eu sou saudosa e segundo porque nada mais vai se comparar a tamanha fofura. Depressão pós-novela, oi. E daí que o mundo inteiro se distrai com a novela das 9 e a novela das 11 (?), mas eu sou idosa e durmo cedo. Então procuro assistir a novela das 6 ou das 7. E, quando a novela das 7 não tem algum tema ridículo tipo robôs/etês/dinossauros/cérebro eletrônico/velho oeste, eu curto, sabe. Antes de Cordel Encantado a minha novela preferida foi Cobras & Lagartos, só por causa do MELHOR final de novela de todos os tempos. Ok, R.I.P. Nazaré Tedesco, a melhor vilã de novelas que me fez assistir e gostar muito de uma novela das 9. Certo.

Daí que a novela das 6 atual tem um drama bizarro demais pra ser uma novela das 6, me dá meio que agonia ver a "prima" Fernanda lá deitada em coma a novela toda (aposto que ela vai acordar lá no último capítulo linda e loira como se nada tivesse acontecido) então eu tenho me empenhado em assistir a novela das 7. Aquele Beijo, como diz Miguel Falabella em sua narrativa. E eu gosto dele, gosto da Giovanna Antonelli, o português não é o meu modelo de mocinho em novelas mas ok (reparem que na novela anterior eu SÓ conseguia reparar na boca de velha que Mateus Solano faz quando finge estar dormindo - e avacalhei o galã da Anna - e nessa novela estava eu lá falando do portuga quando vem minha avó "ah, mas o lábio inferior dele estica quando ele sorri, é muito pequeno, fica esganiçado. Reparem que eu tenho a quem puxar), e apesar de Maria Zilda estar fazendo papel de vilã E EU NÃO ME CONFORMO com isso porque ela já foi a minha atriz preferida só por causa de uma personagem fofa que fez em Top Model (eu sei, vocês ainda não eram nascidos), até que estou achando a novela levemente agradável. Mas daí, um belo dia, estava eu dando uma olhada no Facebook e li a Jana falando sobre a música de entrada da novela. E sim, eu tinha reparado que era Garota de Ipanema. Não, eu nunca tinha reparado naquela terceira estrofe, nem sabia que existia. Até cheguei a cogitar uma adaptação da música. Vai que, né? Música de abertura da novela, vai saber. E não. EU NÃO TINHA REPARADO QUE ERA A XUXA QUE CANTAVA.

Eu li aquilo ali na minha timeline que a Jana disse e a minha vida mudou. E agora eu não consigo mais assistir a abertura da novela. Primeiro porque eu acho a Xuxa um porre, segundo porque eu não sabia que existia essa terceira estrofe ridícula na música e terceiro porque meodeusdocéu que ficou ainda pior com essa voz de retardada alegre que a Xuxa tem. Sério. Gente, desculpa. Xuxetes, eu sei que "mescheu com a susxa, mecsheu com vocês", mas não dá. E perdão, amantes da bossa nova. De Tom Jobim, de Vinícius. DESCULPA, MUNDO, por eu achar ridícula essa música que é o nosso símbolo mundialmente. Que todo mundo precisa saber cantar pra mostrar que é brasileiro enquanto faz embaixadinhas e samba de um pé só. Segue abaixo a minha análise da "obra prima brasileira reconhecida mundialmente". Porque é só isso que eu consigo pensar enquanto eu ouço esse porre:


Garota De Ipanema
Tom Jobim

Olha que coisa mais linda (Tom fazia as vezes de Stevie Wonder e era meio cego)
Mais cheia de graça (vide foto abaixo)
É ela menina (pedófilo)
Que vem e que passa (e quando ela passou ele olhou a bunda, claro)
No doce balanço, a caminho do mar (torcendo pra ela dar aqueles mergulhos de filme)

Moça do corpo dourado (de que adianta se vai descascar tudo amanhã?)
Do sol de Ipanema (que dá câncer e envelhece pacas, imagine Helô Pinheiro em 2011)
O seu balançado é mais que um poema (esse balançado me lembra chimpanzé que anda balançando os braços)
É a coisa mais linda que eu já vi passar (aguarde a voz esganiçada de Xuxa mode on)

Ah, porque estou tão sozinha (tipo dor de barriga de depressão de ir à praia sozinha)
Ah, porque tudo é tão triste (nossa que desinteria)
Ah, a beleza que existe (Ilarilariê ô ô ô)
A beleza que não é só minha (se achando a última cocada mole do deserto)
Que também passa sozinha (é a turma da Xuxa que vai dando o seu alô)

Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor [Bis] (e.fica.mais.lindo.por.causa.do.amor. Belo argumento, Tom Jobim. Parabéns.)

Repare que "coisa mais cheia de graça", e de glamour.
Com destaque para o "balançado" com postura de um orangotango.
É.a.coisa.mais.linda.que.ele.já.viu.passar.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sobre o dia que eu fui pro Inferno.

Tudo começou com um e-mail. Pessoa amor mandando escrito "estarei em São Paulo e aviso que na sexta quero ir no Inferno. Se alguém quiser me acompanhar, agradeço." Eu, encantada com o nome do lugar, pesquisei a respeito. Inferno. Um bar na Rua Augusta, a rua mais promíscua de São Paulo. Um inferninho, pra ser mais precisa. Topei.

Já na mesma hora, mandei mensagem pra outra pessoa amor: "vou pro Inferno e preciso da sua companhia, pessoa acostumada a ir pra lá, pra me proteger. Vai tocar rockabilly." Rockabilly no inferno. E eu já imaginei diabinhos com topetes balançando as cadeiras à lá Elvis Presley. Fato que a primeira interessada em ir para o Inferno se interessasse pela banda que ia tocar rockabilly. O gato dela se chama Elvis.

Eu, interessadíssima em ir pro Inferno, me dividi ente a curiosidade de frequentar um ambiente na Rua Augusta (visto que seria a primeira vez já que Renata e Rua Augusta são opostos que não se atraem) e à emoção de estar em um lugar que tocasse rockabilly. Porque veja bem que nessa vida eu frequento bares que tocam rock, mas já estive em samba, pagode, reggae, sertanejo (funk não que funk é demais pra minha pessoa). Mas rockabilly, gente, eu nunca tinha ido. E meu imaginário a respeito de como seria um lugar assim corria solto.

Era ainda durante a semana quando eu recebi um sms falando a respeito de colocar nome na lista da balada. E, cheia de emoção, mandei um sms dizendo "seu nome já está na lista do Inferno." E então que na sexta o moço da oficina quis ficar com o meu carro por lá. E eu cheguei suplicante "mas moço, eu preciso do meu carro, preciso ir para o Inferno no fim de semana!". Ele atendeu prontamente, meio incrédulo na situação, meio com medo de perguntar a respeito. E eu em meio ao compartilhamento de informações com as amigas virtuais no Facebook: "gente, hoje eu vou pro Inferno!" e elas: "ah, eu também queria!!", ligava para as amigas reais e dizia "já peguei o carro pra podermos ir confortáveis para o Inferno!"

Sexta feira à noite, nós no inferninho da Augusta, saídas do Violeta (bar de nome muito meigo para a localização), descendo a rua. E o Inferno demorava a chegar. Amiga amor abordou um segurança: "moço, onde fica o inferno?" e ele: "é só descer!" e pensamos que bom. Pra baixo é sempre o caminho do inferno, claro. Que pergunta. E então eu recebi a ligação: "oi, você tá demorando pra chegar, eu estou aqui na porta do Inferno usando um vestido de oncinha, tá?". E eu ri. Ri desde o começo da sugestão de lugar, ri internamente até chegar lá na porta. Do Inferno. Onde o segurança abriu pra nós a porta pesada dizendo "sejam bem vindas ao Inferno e aproveitem." (e eu lembrei nitidamente do episódio da minha vida em que fui no Castelo dos Horrores do Playcenter). Mas não, ali era só o Inferno. E eu nunca tinha ido em um lugar com o nome tão legal. E nunca tinha sido tão divertido contar para as pessoas que eu estava indo em uma simples balada.


E gente, o Inferno é lindo. Com as paredes revestidas de tecido de oncinha e grandes cortinas vermelhas, lá dentro é a oitava maravilha do mundo. E toca Foo Fighters. E Metallica. E Ramones. E Elvis Presley, claro. E Elvis Costello também. Lá, no Inferno, tem mais mulher do que homem. Porque a entrada para mulheres é vip. Mesmo assim, tem sofás. Muitos sofás. E poucas pessoas. Na verdade, no Inferno tem espaço suficiente pra você se jogar na pista e dançar com os braços abertos. E mexer as perninhas e os braços tatuados arriscando o twist mais desengonçado que conseguir. Sem encostar em ninguém.

No Inferno toca uma banda de rockabilly que se você fechar os olhos se vê em 1950. E tem a impressão que ao abri-los vai ver todo mundo de rabos de cavalo e fitas no cabelo e saias rodadas. E rapazes de brilhantina no cabelo, camiseta branca e jaqueta de couro. E bebendo Heineken, porque é só esse o drink que servem lá no Inferno. E se você sonhar mais um pouco, capaz de enxergar John Travolta cantando pra você ♪ Summer days drifting away, to oh oh the summer nights..



Eu, que cheguei no lugar pensando encontrar mulheres de biquínis dançando com cobras que se transformariam em demônios vampiros à lá Tarantino em cerca de minutos, saí encantada com o bom gosto da pessoa em escolher um lugar tão legal pra irmos. E tão improvável. Tão escondido. E tão vazio. Porque o gosto musical das pessoas para lá em cima, na Augusta, no purgatório, no black music, muito antes do Inferno. E, minha gente. Se no inferno for mesmo tudo isso lindo assim e ainda tocar rock... meu nome já está na lista.


Inferno: recomendadíssimo.



PS: Detalhe considerável: Anna Vitória, a caçulinha, me contou que foi barrada na porta do Inferno por ter voz de neném ♥. Portanto, caso queira se aventurar, certifique-se antes que você está compatível com o lugar.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sobre a minha grama verde

Coisa boa na vida é conversar com uma pessoa sincera. Alguém que não vai passar a mão na sua cabeça mas também não vai te criticar por simples esporte. Alguém que diz o que pensa com o cuidado necessário pra não te machucar. E às vezes nem amigo direito a pessoa ainda não é. Às vezes você está só sentindo o terreno pra ver as coisas que a pessoa pode te dizer e como vai te dizer.

Hoje já é quarta-feira e eu passei todos esses dias pensando no que ouvi sobre a minha vida no sábado. Nas coisas que eu guardei por muito tempo e um belo dia falei pra essa pessoa que nunca achei que ia ter vontade um dia de contar. E ouvi coisas que na hora eu fiquei meio que sem saber mais o que pensar, um misto de medo e alívio que só agora, depois de 4 dias, consegui 'colocar no papel'.

Então que hoje eu acordei pensando que por mais que eu seja uma pessoa reservada, por mais que a minha vida seja restrita, por mais que eu abra poucos pensamentos para pouquíssimas pessoas, mesmo assim sempre tem muita gente que encontra em mim um encantamento. Não no sentido bom da palavra, que deveria ser, mas no ruim mesmo. Gente que se encosta. Gente que quer viver a minha vida. Gente que me acha tão interessante que deixa de viver a vida deles pra viver a minha, exatamente como aquela pessoa no sábado me disse que é assim que acontece. Gente que acha a própria vida tão merda que fica de olho aqui, na minha grama. Gente que me admira pelo pouquíssimo que me conhece, mas não consegue levar isso pelo lado bom. E vive de me criticar. De jogar água na minha terra. De absorver minhas energias. De ser parasita na minha vida.

Saibam vocês, meus parasitas, que vocês não sabem de nada. Que por mais que a minha vida me deixe à desejar, é porque eu sou uma pessoa ambiciosa (não só para as coisas materiais) e que a cada dia penso em ser melhor. Mas levando pelo ponto de vista de quem vive fora de mim, tudo aqui dentro realmente é bem bom. E eu sou mesmo uma pessoa interessante, com pensamentos interessantes e atos interessantes. A minha vida é interessante, e vocês mal sabem disso. Eu sou uma pessoa complexa, em todos os sentidos. Gosto de muitas coisas, tenho muitas coisas (não só materiais), quero muitas coisas, penso em muitas coisas, faço muitas coisas. Na maior amplitude que vocês podem imaginar. E, agora com a minha usual ironia de lado, eu posso dizer pra vocês, que eu sou mesmo uma pessoa ótima no quesito "gente interessante para se conhecer" - a fundo, eu digo. E eu perco as contas com o tanto de gente que quis isso mas se perdeu no meio do caminho porque um belo dia eu achei que aquela pessoa não era digna e fechei todas as minhas portas.

Eu sou do jeito que eu sou. Não sou igual à ninguém. Não me comparo com ninguém. Não imito ninguém. E por mais que eu pense e repense meus gostos e atitudes, nunca mudo o que eu sou ou sinto só porque alguém acha melhor mudar, só porque alguém acha que o que eu gosto ou faço não é bom. Eu não me preocupo em seguir regras. Nem agradar. Nem em ser aceita. Nem me igualar. Eu sou do jeito que sou, vivo do jeito que vivo, gosto das coisas que eu gosto e ninguém - eu disse NINGUÉM - tem moral pra criticar, questionar ou botar dedo nenhum na minha cara.

O mundo está cheio de gente querendo saber da minha vida, viver a minha vida e ser eu. E pra vocês, meus queridos, eu digo: a grama aqui é mesmo muito verdinha. E vocês nem imaginam.


quinta-feira, 26 de maio de 2011

Dentadura

26/05, 17:52, recebi um SMS:


"UFA... // (.") <)> consegui! LL

Assaltei um velhinho, peguei a DENTADURA dele, vendi, coloquei crédito no meu celular só pra dizer BOA Noite :-D

Bjs Thais."



Então eu podia ter deixado passar. Na verdade até deixei, em um primeiro momento. Mas enquanto eu fazia outras coisas, fiquei pensando. Coitada da menina né. Ela pode estar apaixonada por um cara. E pode estar querendo dar boa noite. E com toda essa desenvoltura de dizer que moveu céus e terras para chegar ao seu objetivo, pode ser que o cara mereça. Pode ser também que seja só mais um idiota que vai olhar pra mensagem e rir da cara dela. Mas pode ser que não. Pode ser que realmente goste dela e fique emocionado com toda a conquista de dar um simples boa noite. E pode ser até que case e tenha filhos depois, vai saber. Pode ser que ela seja pobre. Muito pobre, coitada. Pra ser tão difícil carregar o celular. Mas já tinha mandado a mensagem mesmo, o que eu podia fazer? Ah, eu podia avisar. Que ó, sua mensagem não chegou no destino certo, eu sou mulher, hetero e não conheço nenhuma Thaís. É, eu podia avisar, já que sou relativamente melhor financeiramente que ela, já que além de não pagar SMSs, eu ainda tenho um pacote gratuito que posso mandar umas 500 por mês. E ela, coitada. Se ralando pra colocar míseros 12 reais no celular pra mandar um simples boa noite pra um cara. É, porque amiga não exige tanto sacrifício. Respondi:


"Tá, só que você fez tudo isso e mandou SMS pra pessoa errada."






E quando eu digo pra galera que eu me divirto sozinha, o pessoal duvida.



quinta-feira, 28 de abril de 2011

Séries - a evolução da televisão

Daí que um dia alguém inventou a televisão e então passou-se a ter preocupação sobre o que apresentar. Durante muitos anos, muitos anos MESMO o must era a tal da novela. Rainha da Sucata pra cá e Cambalacho pra lá, eu penso que Top Model foi pra mim o auge das novelas, mas choro todos os dias por não ter assinado a Sky HDTV e poder gravar Vamp, que passa todos os dias 3h da tarde no canal Viva. Gente, quem está podendo assistir Vamp às 3 horas da tarde? Os adolescentes que estudam de manhã e nem sabem do que se trata a novela, nem sabem o que é novela (porque Malhação é merda, vai) e se forem assistir só vão criticar um estilo de filmagem arcaico e o buço por fazer de Cláudia Ohana? Por favor! Vamp é pra quem trabalha o dia todo, minha gente! Alguém faça o favor de elaborar um abaixo assinado para solicitar a reprise de Vamp às 9h da noite em canal aberto, por favor!

Infelizmente as novelas que fizeram parte da minha infância não existem mais (R.I.P. Carrossel :~), o que tem hoje é essa coisa que na segunda cena já tá todo mundo tirando a roupa e Deborah SECA mostrando as costelas pra quem quiser contar em qualquer novela das 8. Ou então aquela coisa ridícula de andróide/robô que controla prédio/dinossauro, típico de novela das 7h, que infelizmente deixou pra trás o humor de Quatro Por Quatro e Cobras e Lagartos (com Lázaro Ramos de Foguinho, que vai muito mais com a cara dele ao invés de ter pinta de pegador safadão em novela das 8h).

Mas, felizmente, o foco da tv não é mais novela. Pra quem teve o gostinho de conhecer a tv à cabo ou até pra quem sabe selecionar a coisa certa pra assistir na tv aberta. As séries estão aí há bastante tempo já, com a vantagem de ser exatamente aquilo que se posiciona entre as novelas e os filmes. Com a continuidade de uma novela, mas sem a obrigação de assistir todos os capítulos para entender um episódio só. E com a qualidade de um filme. Boas histórias, bom divertimento, bons personagens. Séries são sem dúvida alguma, há bastante tempo já, o meu afazer preferido na frente da tv.

Daí que, nessa onda de memes e de pessoas empolgadas na arte de ter um blog (êêêh, que felizmente ainda é divertido ter um blog \o/), Lilica também foi lá e criou o meme dela - o dAs 10 Melhores Séries. Eu, claro, entendidíssima do assunto e querendo saber mais, já tinha na cabeça as minhas 10 preferidas assim que ela comentou que seria uma boa um meme desses. Estava aqui só esperandinho ela começar pra eu correr e escrever sobre as minhas também. O bom do negócio todo é que no fim da lista eu vou ser chata e indicar pessoas (eu nunca indico, mas dessa vez é necessário) porque as minhas séries favoritas já acabaram ou estão acabando, e eu gostaria de ver coisas novas, sabe. Como uma sugestão mesmo, quem se propor a seguir o convite e fizer o meme eu vou lá ler pra pesquisar novas séries pra assistir. Da mesma forma, como sempre, vou postar a minha sugerindo algumas séries que já acabaram mas que mesmo assim, na minha opinião, valem a tentativa de assistir - caso alguém tenha curiosidade e queira seguir minhas dicas. Então lá vamos nós:





AS 10 MELHORES SÉRIES NA MINHA OPINIÃO são:






10 - O Elo Perdido: Eu não podia falar de séries sem mencionar onde foi que tudo começou. O Elo Perdido passava em algum lugar da década de 80, no SBT. Eu, com poucos anos de vida, assistia e entendia o suficiente pra saber que era uma coisa meio Caverna do Dragão, mas sem ser em desenho. Engraçado que o que Caverna do Dragão não me interessava, eu era apaixonada, na mesma proporção, pela história dO Elo Perdido. Como o nome mesmo já diz, se tratava de um mundo perdido onde um pai e seus dois filhos foram parar e não conseguiam sair. Cheio de dinossauros com formas e movimentos arcaicos à lá Jaspion, Land of the Lost é o nome em inglês. Reparou? LOST!! Aos 5 anos de idade eu gostava de uma série que tinha LOST no nome, minha gente! E gostava mesmo! Mesmo sem entender muito, eu não perdia um capítulo!

Personagem inesquecível: Cha-Ka.

Era a espécie de um macaco ou coisa parecida, habitante dO Elo Perdido, que diferente de todos os outros seres hostis (inclusive os outros da mesma espécie que Cha-Ka), ele era bonzinho e amigo dos humanos perdidos. Sempre tentava ajudar e protegê-los de todos os outros seres e de tudo que lhes fizesse mal. Cha-Ka era um herói meio atrapalhado, que falava sua própria língua e que eu AMAVA. Um belo dia ganhei um boneco meio descabelado e amarelo e não tive dúvidas: Cha-Ka foi o nome que dei pra ele e por incrível que pareça o meu Cha-Ka ainda dorme no meio das minhas coisas guardadas, como recordação do primeiro brinquedo que amei muito e carreguei pra cima e pra baixo por vários anos seguidos.






9 - Seinfeld: Eu já falei sobre Seinfeld aqui, exatamente quando terminei de assistir todos os episódios e quis contar minha impressão a respeito da série. Resumindo, é uma série relativamente antiga (nada que se compare com O Elo Perdido) e que passava em algum lugar da tv que eu nunca vi. Fato foi que ali ou acolá as pessoas comentavam a respeito e um dia meu irmão resolveu baixar pra gente assistir. Eu comecei a acompanhar as histórias de uma maneira meio tímida e querendo ver onde ia dar, e terminei a nona e última temporada pensando que foi em Seinfeld que surgiram todas as outras séries sobre o cotidiano com amigos. Com situações simples e corriqueiras, a série "sobre o nada" tem sim um lugar no meu coração porque me deixou durante vários meses lembrando do episódio que tinha visto na noite anterior e rindo sozinha durante o dia sobre essa ou aquela situação engraçada que tinha assistido. Fato relevante: andando na rua, um dia passou uma mulher por mim com uma camiseta do famoso quadro Kramer, estampado. Eu devo ter esboçado qualquer reação completamente estranha quando a vi, tamanha minha surpresa.

Personagem inesquecível: George Costanza.

Nada de tão divertido teria acontecido nessa série sem George Costanza. Apesar de Elaine dançar sensacionalmente e Kramer ter chiliques que me faziam ter ataques de riso, George Costanza estava para Seinfeld assim como Chloe estava para Clark Kent em Smallville = nada funciona sem ela. George Costanza foi simplesmente o personagem mais sensacional e autor de todas as trapalhadas mais memoráveis e mentiras mais deslavadas de toda a série, com bônus para ter matado sua futura esposa porque comprou convites de casamento mais baratos e a cola do envelope envenenou a coitada ao lambê-los para fechar. Detalhe: ele ficou feliz com a morte dela, já que entrou em pânico dias antes do casamento e essa foi pra ele a solução dos céus para se livrar dos planos. Melhor episódio da série toda: o dia em que George resolve que quer ser mandado embora do clube de beisebol, onde trabalhava. Resolve correr pelado no campo durante o jogo, mas tem tanta vergonha pra isso que usa um maiô cor da pele.






8 - True Blood: Eu soube da existência de True Blood pelo Bruno, meu seguido e seguidor no twitter, que comentou a respeito. Eu sabendo que se tratava de vampiros e querendo dar uma inovada no auge Crepúsculo da vida, questionei a respeito. "É um Crepúsculo para maiores de idade", foi o que ele respondeu. E eu, cansada daquele chove-não-molha de Crepúsculo, me interessei e passei a assistir. True Blood tem todo o sexo que você tem vontade de ver quando Crepúsculo faz doce. Toda a parte luxúria da vida vampiresca, toda a inocência sensual da mocinha em trajes sumários e de renda à mercê do próximo vampiro que virá chupá-la em todos os sentidos. Eu achei meio picante demais no começo, mas não teve jeito: gostei. Pra assistir sozinha no quarto e longe dos olhares questionadores de pais e irmãos, True Blood me dá calor. E é exatamente por isso que eu gosto. Melhor episódio de toda a série até agora: o dia que Sookie sonha estar com Eric. \o/

Personagem inesquecível: apesar de todo o meu amor pelo vampiro malvado (que ai, meu fraco por malvados!) Eric - eu se fosse a Sookie catava esse e ia ser feliz pra sempre no lado negro da força - meu personagem preferido é o secundário Lafayette.

Lafayette é o gay-cozinheiro do único pub/boteco/restaurante da pacata cidadezinha do interior onde tudo acontece. Completamente diferente da vida dele, que apesar de ser o único ser normal e completamente humano (por enquanto) de todos os personagens, se enfia nas mais doidas confusões, tanto com os vampiros quanto com os mocinhos, ao mesmo tempo que tenta levar sua vida gay quase normal. A cada episódio que eu assisto, só consigo pensar que Lafayette não pode morrer.






7 - Sex and the City: Também citada nesse post, data em que eu já tinha assistido todos os episódios da série e os dois filmes que vieram depois, Sex and the City pra mim começou quase que por acaso, por intermédio da tia que resolveu assistir e me chamou pra fazer companhia. Eu demorei pra me acostumar com todo o clima sexo explícito demais da coisa (como se True Blood também não tivesse!) e até hoje tenho certos pensamentos a respeito de ser uma série específica para mulheres solteiras de 30 anos. Preconceito à parte, as histórias foram passando, tudo foi se encaixando não só lá na trama em si, mas também na minha vida. Passei a identificar amigas, ex-namorados, ex-ficantes e pretendentes, todos muito bem exemplificados nessa série que trata exclusivamente de pensamentos e atitudes femininas. Passando pelo exagero de situações, me peguei torcendo por cada uma das quatro mulheres e fiquei totalmente satisfeita pelos finais felizes que tiveram quando a série acabou. Foi sem dúvida a série que mais mudou meus pensamentos, minhas opiniões, meus gostos e minha visão sobre as situações que também estão presentes na minha vida.

Personagem inesquecível: Miranda!

Miranda é a maior identificação televisiva da minha pessoa de todos os tempos da face da Terra. De sua franqueza sem pensar nas consequências à sua descrença a respeito do mundo masculino passando levemente pelo foco na vida profissional deixando de lado a amorosa e finalizando com o sujeito que só conseguiu o amor dela porque a venceu pela insistência. Miranda é eu, inclusive na parte que se entope de chocolate porque decidiu que não vai mais fazer sexo com ninguém que não a mereça. Melhor episódio da série: o dia que Miranda se casa!





6 - A Feiticeira: É a série preferida da minha mãe, que assistia fielmente em seu tempo de infância e adolescência e adivinha: era no canal dA Feiticeira que a tv ficava em todos os anos da minha infância que ainda passava essa série. Sei que todo o encanto da minha mãe pelas bruxinhas (também vem daí o meu gosto por isso) foi passando pra mim a cada admiração dela sobre cada episódio que ela sempre comentou do começo ao fim. A Feiticeira foi o Chaves da minha mãe, que ela assistiu muito e que ditava moda, conceitos e piadas da época dela. Eu passei a gostar também, das coisas que voavam e da facilidade em se conseguir tudo com o simples chacoalhar de um nariz.

Personagem inesquecível: Tabatha.

Porque Tabatha era a personagem que tinha a idade mais parecida com a minha de toda a série. Tabatha, a filhinha de Samantha e neta de Endora, apesar de toda a torcida do pai pra nascer humana, era a mais nova das bruxinhas e apesar de não saber chacoalhar o nariz, mexia o narizinho com o dedo pra conseguir tudo o que queria. Era com Tabatha que eu me identificava e já tentei muitas, MUITAS vezes chacoalhar o nariz com as mãos pra ver se, quem sabe, talvez, eu também não tinha nascido pelo menos levemente com um pezinho no mundo bruxo.






5 - The Big Bang Theory: Foi a série que eu gostei logo de cara, no primeiro episódio que assisti. Porque eu gosto do mundo nerd, gosto de gente neurótica, gosto de pessoas difíceis e gosto de humor inteligente, exatamente tudo que TBBT mostrou ser antes do início. Logo de cara eu já fui fã dos quatro malucos mais cheios das manias que poderiam inventar e na terceira temporada ainda tive o prazer de ver Blossom, protagonista de uma série que eu também adorei ver, fazendo loucamente parte do mundo nerd mais gostoso de assistir. Amy Farah Fowler foi, depois de Penny, o toque especial - e feminino - que faltava nesse mundo cueca cheio dos video games da vida.

Personagem inesquecível: apesar de amar a Penny de todo o meu coração e saber que ela é personagem fundamental em TODOS os episódios, não-tem-como não dizer que Sheldon é o melhor.

Sheldon, o ser que não só se acha - mas tem certeza - ser o indivíduo superior, é neurótico ao extremo e, sem dúvida nenhuma, é a partir das opiniões dele, da perseguição pelo lugar dele no sofá, da música que precisa ouvir quando está doente, da vontade ensandecida de bater na porta chamando a Penny e de todas as invenções malucas que resolve ter, que há reação dos outros personagens e inicia-se o desenrolar de cada episódio. Eu tenho um fraco por malucos egocêntricos, eu sei. Melhor episódio até agora: o dia que Sheldon entra escondido no apartamento da Penny pra fazer limpeza porque ele não consegue dormir se lembrando da bagunça dela.






4 - House M.D. : Medicina é a última profissão que eu teria nesse mundo e eu odeio médicos e hospitais, mas não posso negar que sou fã do médico mais egoísta e sangue frio de todo o mundo dos seriados. House faz com que qualquer arrancada de membros seja fichinha e qualquer estadia no manicômio seja divertida. A série é ÓTIMA, os casos são sensacionais, o humor dos personagens é de sarcástico pra baixo e eu comecei a assistir a série porque a minha vó acha que o Gregory House é o cara mais charmoso e com olhos azuis que já existiu nessa terra. Estou falando que essa anormalidade por gostar de gente doida vem de família. Melhor episódio de toda a série até agora: o dia que House e Cuddy começam a namorar <3.

Personagem inesquecível: Wilson

Se é que alguém como House consegue ter amigos. Wilson é chefe da Oncologia do hospital e talvez por isso tenha toda a paciência de Jó pra socorrer e ajudar e ser pisado e ajudar e sofrer e levar as culpas e ajudar e pular janelas e invadir lugares e perder mulheres e ser gozado por House. Wilson é o capacho que está sempre ali. Wilson é o amigo de verdade que House não merecia ter. Wilson é uma pessoa boa. E eu sou fã dele por isso.






3 - Friends: Friends começou na minha vida com o ex namorado que queria assistir e comprou algumas temporadas e me fez sentar do lado e ria em horas sem graça e eu ficava irritada porque o namoro não estava mais dando certo. Anos depois, Ju, a amiguinha japa, fã fervorosa de friends, me emprestou (!!) uma a uma cada temporada pra assistir. É, porque ela tem toda a coleção. Eu não aceitei de cara, porque se não gosto de emprestar minhas coisas tenho o simancol de também não aceitar as coisas dos outros emprestadas, mas ela insistiu (!!) tanto que eu peguei pra contentá-la. E fui assistindo uma a uma, dessa vez comigo mesma, com calma e sem me irritar com ninguém. E, claro: me apaixonei. Por cada personagem, por cada situação, por cada cachorro de louça no meio da sala ou frango enfiado na cabeça. Simplesmente, não tem como não amar Friends. Não tem como assistir e não dizer que se virou fã incondicional. Não tem como não ter vontade de ter mais cinco amigos de verdade, pra vida toda, juntos nas alegrias e nas tristezas e, principalmente, nas trapalhadas do dia a dia. Friends me deu vontade de morar lá com eles. De participar da vida deles. Melhor episódio de todas as séries FOREVER: o dia em que Chandler beija Monica na frente dos outros por engano e pra disfarçar o romance sai beijando todo mundo na boca também!

Personagem inesquecível: apesar de meu favorito ser o Chandler, meu inesquecível é a Monica.

Monica Geller tem todo o meu lado capricorniana-ascendente-virgem de ser. Neurótica em grau extremo, até aquela cena de quem fica com os castiçais eu já tive na vida. Da mania de arrumação ao "não tinha nada pra fazer então fiz faxina no banheiro". Monica é eu sem tirar nem pôr, sabe. No gosto pela culinária, inclusive. Mas principalmente na neurose de ser. Rolou identificação total.






2 - Chaves: Eu realmente não sei dizer quando foi que comecei a assistir mas deve ter sido bem lá quando eu me dei por gente. O que eu sei é que Chaves faz parte da minha vida. Que eu já assisti cada episódio umas 300 vezes e se eu estiver sapeando um canal e ver que está passando Chaves, vou deixar lá e assistir de novo mais algum episódio e dar risada outra vez. Porque eu AINDA dou risada. Chaves foi o que eu mais vi na vida e acho o cúmulo quando escuto algo do tipo "meus filhos nunca assistiram Chaves porque eu nunca deixei, é prejudicial pra educação deles". Eu sempre tenho vontade de responder algo do tipo "desculpa, mas você está criando monstros ao privar a sua criança de assistir coisas que o mundo inteiro assiste e comenta há tantos anos, e muito provavelmente quem é prejudicial para a educação deles é você". Chaves fez parte do meu aprendizado e nesses meus 31 anos de vida o que eu mais escutei foram bordões assistidos e aprendidos em Chaves, que toda a população cresceu ouvindo, cresceu rindo. Meu episódio preferido é aquele que a Chiquinha conta o filme de terror. Adoro!

Personagem inesquecível: Quico.

Porque depois que o Quico saiu não teve mais graça. Pra mim Chaves termina lá em Acapulco, porque aqueles foram os últimos episódios do Quico. Quico é o sem noção, o dono das caras e bocas e de toda a burrice que lhe cabe, Quico é o campeão, o filhinho da mamãe, o tesouro, o rei, o príncipe, o LOTERIA! Quico é o melhor!






1 - LOST: Em uma coisa todos concordam: ou as pessoas odeiam Lost, ou amam. E eu sou da opinião que os que odeiam é porque não prestaram atenção. Porque não tiveram curiosidade de assistir desde o primeiro pra entender. Ou até o fim, que seja. Lost pra mim foi a melhor série de todos os tempos já inventada aqui nesse mundinho. Lost supera as expectativas a ponto de todo mundo saber do que se trata quando alguém cita. Nem que for pra falar mal. Todo mundo tem opinião. O último episódio de Lost foi um evento que eu não me lembro de ter visto antes, com pessoas ansiosas e assistindo desesperadamente via internet e desmarcando compromissos porque não podia perder. E meses depois, encontrei e assisti pessoas discutindo bravamente sobre o que deveria ou não deveria ter acontecido e opiniões adversas sobre ter perdido ou ter ganhado 6 anos acompanhando uma série. Lost não é meio termo. Ninguém achou mais ou menos. Ninguém gostou mais ou menos. Ou você amou, ou odiou. Eu amei. Eu achei que é confuso mas é justamente isso que dá toda a emoção do negócio. É uma série para se pensar. Para se pesquisar. Para se buscar informações. Para se correr atrás. Para se discutir com os amigos. Não dá simplesmente pra sentar a bunda no sofá, assistir e quando acabar ir tranquilamente jantar. Não dá. Lost é uma série que faz o cérebro funcionar. Coisa de gente inteligente. Coisa de quem quer saber mais. Coisa de gente que pensou tanto até o cérebro fundir. Eu particularmente gosto de ver vários episódios de uma vez, e pra mim foi bom começar a assistir depois de uns 2 anos de série, porque pude ver vários episódios por dia. E surtei. Eu entrei na série. Eu sonhei que meu irmão me estrangulava. Eu ouvi sussurros. Eu passei várias horas da minha vida pensando nisso e tentando desvendar os mistérios sozinha. Eu estive lá com eles. Fui amiga deles, fiz parte do bando. Pensei no que fazer, em qual era a melhor maneira pra tudo. Eu não apenas assisti o Lost. Eu ESTIVE no Lost. Sensacional. Foi uma série FODA, pra quem soube apreciar. Mas reconheço, não é pra qualquer um.

Personagem inesquecível: respirem fundo, se preparem :~

Sawyer, SEU LINDO. Essas suas covinhas dispensam explicações. Melhor episódio da série..... o que Sawyer resolve dar um vem cá minha nega na Kate, claro. Sem roupa, inclusive. hoho.





Chegou sua vez: as indicadas para o meme são: Anna Vitória, Analu, Rúvila, Tary, Amanda e Rafaela. Pra quem tiver 10 séries pra listar, pra quem tiver uma só e quiser falar sobre, tanto faz. O importante é escrever sobre suas séries do coração, não importa quantas são! :)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O meme que me tirou o sono

Ai, gente.

Eu não sei ainda se estou preparada ou não para dar meu veredicto (jura que essa palavra ainda tem c ?) final. O que eu sei é que desde anteontem à noite quando a Anna me indicou pra fazer o meme, que eu não consegui pensar em outra coisa. Também não consegui dormir direito. Mas eu explico: Anna Vitória, a bochechinha rosada (minha referência a meninas com menos de 18 anos - veja lá embaixo no fim da página o tanto de bochechinhas rosadas que me seguem!) mais nova (de idade!) e mais antiga (de leitora!) deste meu blog, e que, mesmo tendo metade da minha idade (olha aqui a minha ruga!) é uma das pessoas mais cinéfilas que eu conheço. E pior: não é cinéfila no sentido de sair assistindo todo blockbuster que sai no cinema não. Ela é cinéfila daquelas pessoas que chega na prateleira escura e escondida das locadoras, em busca daqueles filmes que ninguém vê e que é sorte se estiverem sem mofo (ah é, o negócio agora é dvd - e eu acho que dvd não pega mofo. Mas Anna Vitória devia ter vivido na época das fitas VHS, porque é a cara dela!). Anna assiste a filmes da época de 30 e é uma menina das antigas, mas também à frente do seu tempo: pois sabe que quase nada se cria e tudo se renova - e se hoje há grandes best sellers do cinema, a maioria só o são porque fazem referência à filmes feitos lá atrás, na época de nossas avós.

Repara na responsabilidade. Na minha responsabilidade, como mulher adulta e madura [não] e com o dobro da idade dela, de fazer uma lista de 10 melhores filmes de todos os tempos. Repara no meu peso nas costas em honrar 31 anos na cara não só de opinião, mas também de termos técnicos em diretoria, figurino, efeitos e tudo o mais que Anna Vitória, 16 anos, aparentemente uma adolescente com atitudes, gostos e argumentos adolescentes [não], tem de bagagem cinéfila nessa vida. Devo dizer que, anteontem quando eu li no blog dela a respeito da minha intimação (porque foi assim que eu me senti) toda a minha noite de sono ininterrupta se esvaiu sob meus dedos. Porque a partir daí, cada piscada de olho que eu tive durante a noite na tentativa de dormir, a cada viajada característica de alguém que está pegando no sono que a minha mente dava, de repente eu acordava aos pulos gritando TAL FILME! MEU DEUS, NÃO POSSO ESQUECER DESSE! Dormi com uma prancheta com papel e lápis ao lado da cama, tá Anna Vitória? Mas antes que você, Anninha querida, se jogue por aí de qualquer ponte de remorso (duvido) por ter me selecionado para uma tarefa que me deixou tão nervosa acabando assim com todo um futuro brilhante cheio de gostos e opiniões tão peculiares e tão ricas que com certeza está por sua frente, eu digo que tenho metade da culpa no cartório.

Tenho culpa sim. Porque eu não sei nem o que eu comi ontem. Porque meu irmão está aí pra provar pra quem quiser saber que eu quando começo a contar sobre um filme 'sabe, aquele lá?', se eu souber o título é lucro. Se eu acertar o nome do protagonista, idem. Mas não, você NUNCA vai me ver contar um filme e permanecer fiel à ele do começo ao fim da história. Eu NUNCA começo e termino contando do mesmo filme. Eu embaralho tudo o bagulho sem perceber e você é capaz de sentar pra me ouvir contar de Bastardos Inglórios e terminar me ouvindo dizer que "então Nemo encontrou seu pai e foi feliz pra sempre". Juro. E eu sou mesmo da comunidade 'Misturo Histórias de Filmes - pede pra sair, Zé Pequeno!' do Orkut. Mas em minha defesa eu posso dizer que isso não é coisa da idade. Eu sempre fui assim. A diferença é que quando eu era menor e ia contar de algum filme, chegava no fim da história eu dizia "ah, esqueci, lembra daquela parte lá do começo?" e então eu incluía mais alguma parte super importante que havia esquecido e então o coitado que começou a ouvir a história saía até meio tonto e sem entender nada quando terminava a conversa. Mas agora eu não conto mais filmes não. Agora se você conseguir a proeza DE EU ME LEMBRAR qual filme era o que e em qual acontecia o que e com quem já é um grande avanço da minha pessoa. Concluindo: se eu não sei nem o que comi ontem, como vou conseguir me lembrar dos 10 melhores filmes de todos os tempos na minha opinião, e ainda: como vou ter certeza que aquela parte fantástica daquele filme sensacional pertence mesmo ao título que estou pensando que pertence? Não é fácil essa minha vida, eu tenho a sensação que alguém chegou nos arquivos da minha memória, pegou todos os papeizinhos organizados de maneira tão perfeccionista (meu ascendente é virgem, oras!), pegou todos assim com as mãos e jogou tudo pra cima igual a Xuxa fazia no programa com as cartas gritando "Êêêh!" sabe? Não, você não sabe, eu sei.

"Por que você aceitou o convite então?" - eu ia perguntar se esse texto não fosse meu e se eu fosse uma terceira pessoa lendo isso. E então eu te respondo: porque eu quis. Aceitei porque, diferente de Anna Vitória e Rob Fleming (que ela conta a respeito no post), que esperaram a vida toda para que alguém lhes perguntassem 'qual é sua lista dos 10 melhores filmes de todos os tempos?", eu sempre tive um certo pavor à essa pergunta. Porque eu tenho opinião sobre quase tudo na face da Terra, eu sou uma pessoa extremamente pensante e descobri semana passada no Soletrando que eu tenho enxaqueca porque meu cérebro é hiperexcitável. E eu nunca soube disso assim oficialmente, mas no fundo, no fundo eu sempre soube que é. Meu cérebro é hiperativo. Ele não para um segundo. Ele tem quase que vontade própria e consegue não só comandar meu corpo fazendo várias coisas ao mesmo tempo mas ainda consegue pensar em muitas coisas ao mesmo tempo. E isso não é uma coisa assim rara não. É todo dia. O tempo todo. Dormindo, inclusive. Eu tenho em média uns 5 sonhos por noite, todas as noites. Que a Superinteressante já falou que a gente só lembra um terço de nossos sonhos, mesmo assim a gente só lembra mesmo se forem importantes. Conclusão, tenho 15 sonhos por noite. Todos importantes pra mim, porque geralmente eu lembro quase tudo. E mais: dizem eles que pessoas que têm pesadelos mais de 3 vezes por semana é porque o cérebro se prepara para lidar com situações. Que um dia, quando acontecerem, se acontecerem, a pessoa vai saber quais as melhores atitudes a tomar porque o cérebro a treinou durante seus pesadelos conforme a vida foi passando. Eu tenho em média 5 pesadelos por semana. Ôpa que se eu dedicasse ao resto do meu corpo todo o empenho que meu cérebro tem por si só não ia ter gostosa sarada no mundo que me encarasse.

Voltando ao assunto, meu cérebro é hiperexcitável e sobre quase tudo no mundo eu tenho minhas opiniões. E sendo interessada em músicas, filmes, livros e cultura, eu tenho minhas preferências e rejeições. E já tentei, muitas vezes mesmo, fazer minha lista de melhores filmes, mas nunca consegui. Porque meus melhores livros, minhas melhores músicas, meus melhores jogos, eu tenho tudo lá guardado. Eu tenho minhas bibliotecas reais de livros, de cds. Provas concretas de meus gostos, que me lembram todos os dias de minhas referências. Mas filmes não. Filme pra mim é uma coisa que tem demais, muitos, muito parecidos, muita variedade. E então você vai me dizer 'mas música também!'. É. Só que música não é uma coisa complexa. Música você não precisa ficar 2 horas assistindo, analisando, se emocionando ou odiando alguma coisa. Música dura 3 minutos e é aquilo: ou você gosta ou não gosta. E elas estão aí todo dia pra te lembrar, no rádio do carro, nas mp3 do computador, nos carros de som na rua, na balada, no bar ou alguém que passa cantando. Música é uma coisa constante na vida. Música você ouve um pedacinho e já sabe qual é. Filme não. Filmes são lançados, você assiste, gosta, e depois vai assistindo e assistindo e assistindo outros e então a variedade é tanta... que eu me perco. Um belo dia eu não me lembro mais. Então não sei mais dizer se esse filme que eu vi ontem no cinema é melhor que aquele que eu assisti há 20 anos atrás na Sessão da Tarde. Porque aquele eu sei que também gostei, mas nunca mais o vi. Talvez eu tenha gostado porque eu era uma criança de 10 anos na tranquilidade de uma tarde vendo tv e que gostaria de qualquer filme nessas condições, por pior que fosse. Mas talvez eu tenha gostado porque era realmente bom. Mas como saber? Assistindo de novo. E então você não acha que se eu começar a rever todos os filmes que já assisti e já gostei em alguma fase da minha vida, quando terminar de assisti-los eu vou voltar à minha estaca zero e não lembrar do primeiro? Eu acho. Por isso eu nunca fiz uma lista de meus melhores filmes. NUNCA. Lá no meu perfil do Facebook eu tenho alguns filmes que gosto, mas até a sugestão da Anna pra eu fazer um meme eu não sabia se eram os melhores. Até ontem eram só alguns filmes que eu gostei. Por isso cheguei à conclusão que, passada a hora de eu ter uma opinião concreta sobre isso, é um convite que já veio tarde. Temido, sim. Mas necessário. E está na hora de enfrentar esse problema de frente e saber dizer quais são os 10 melhores filmes de todos os tempos na minha opinião.

Mas então. Se eu mal sei associar nome de filme com ator protagonista, imagine se eu sei lá quem é o diretor, ano ou em que é baseado. Não, não sei. E pra quem como a Anna ficou na expectativa de saber quais eram os filmes da minha lista por causa do tamanho do meu nervosismo e da minha dedicação em tentar lembrar de todos os meus preferidos, olhando várias vezes minha modesta coleção de dvds, a lista dos melhores filmes de todos os tempos no Google ou ainda perguntando para o meu irmão quais são os 10 melhores filmes na opinião dele (nenhuma das pesquisas foi para me influenciar, e sim para me LEMBRAR de meus filmes) e sabendo que ainda tive vontade de pegar meu papel e caneta e passar uma tarde lá na locadora catalogando os filmes, caiu do cavalo. É. Porque dependendo do tanto de tempo que você me lê e do tanto que me conhece deveria saber que eu não vou fazer uma baita lista digna de qualquer exigência e pra ninguém botar defeito. Não, não vou. Não vou sequer mencionar, na minha lista de 10 melhores filmes de todos os tempos, algum que tenha ganho ao menos um Oscar. Não. Nada contra premiações nem nada do tipo, eu também não sou do tipo alternativo e que gosta daquelas coisas que ninguém vê. Eu sou toda integrada nos lançamentos, nos hollywoodianos, naquele sucesso que todo mundo está falando. Eu ainda não fui ver o Black Swan porque todo mundo falou e porque depois do Oscar deve ter ficado aquela multidão de gente sentando uns em cima dos outros no cinema, mas assim que sair pra alugar eu vou sim pegar e assistir no conforto do meu lar. Porque todo mundo falou, todo mundo viu. E eu também quero saber do que se trata e ter a minha opinião.

Mas apesar de saber que um top 10 melhores filmes influenciará a opinião de vocês a meu respeito (as pessoas sempre gostam de 'gostar' do que é mais bem cotado), eu não tenho uma lista com grandes obras. Não tenho porque não sou apegada a grandes detalhes, a melhores direções ou atuações. Não presto atenção se foi uma história do além ou se foi sucesso de crítica. Pra mim um filme bom é um filme que eu gostei de assistir. Ou ainda, que fez parte da minha vida em algum momento. Não importa muito se foi o maior romance mela-cueca e com atores de quinta ou se foi um grande sucesso de efeitos especiais com grandes nomes ou baseado em fatos reais. Um bom filme pra mim é um filme que me emociona. Que me deixa pensando nele depois. Que faz com que os anos passem e eu continue com vontade de revê-lo e que, apesar de todo o meu esquecimento e confusão cinéfila do meu cérebro, eu ainda consiga lembrar da maior parte das cenas e encaixá-las como referência em partes da minha vida.

O que eu sei é que, mesmo com a minha simplicidade de escolher filmes que eu considere bons (e que com certeza todo mundo vai ler e pensar que puts, essa mina não entende nada de filmes), mesmo assim foram muito bem escolhidos. E por terem tamanha importância na minha vida (mesmo sendo filmes simplórios e sem nenhum grande valor cultural ou polêmico) ainda assim eu acho que escolhi, aqui dentro de mim, os 10 melhores filmes de todos os tempos da minha vida. Acredito então que eu tenha executado com louvor a tarefa que a pequena (maior que eu) Anna Vitória me passou. Porque mesmo sendo ela tão envolta nos quesitos técnicos do cinema, acredito que saiba exatamente que um filme é um bom filme quando te faz feliz em assisti-lo. E ainda, lisonjeada com o convite para um simples meme em um simples blog (mas com grande valor para mim), eu acredito mesmo que a Anna tenha me convidado justamente por saber que, diferente da lista que a maioria das pessoas faria - baseada em grandes filmes de grande renome (para simplesmente ter os louros de pensamentos alheios do tipo 'óóó, fulano só gosta de filmão') eu estou bem longe de citar filmes para me lisonjear por opiniões que eu não tenha.

Ah, quer saber? Eu ia dividir o post em dois pra ficar mais fácil pra quem lê e tal. Mas eu nunca fiz isso e vou continuar não fazendo. Tá grande, é isso aí mesmo, eu sou assim, se você desistir da leitura tá beleza, se quiser continuar, ótimo. Porque eu ainda tenho uma hora pra escrever essa bagaça e tou super a fim de continuar com a minha empolgação em mais um texto que vai ficar uma bíblia. Ótimo. Continuando:

Eu comecei a bíblia dizendo que não sei ainda se estou preparada para o meu veredicto (continuo não acreditando que ainda tem c nessa palavra) de top 10 melhores filmes de todos os tempos na minha opinião. Mas como eu não dormi direito a noite passada pensando nisso e fiz várias pesquisas para conseguir me lembrar de filmes, eu acho que olhando assim meu papel rabiscado que dormiu comigo durante a noite eu me sinto satisfeita. Talvez daqui algumas horas depois de postado esse texto eu esteja lá no meio da pizza com as amigas e me lembre de algum filme e pense que PUTS, ESQUECI ESSE! Mas por agora, estou feliz com minhas conclusões. Também não sei se daqui algum tempo minhas opiniões vão mudar só porque alguém me contou que o ator principal do filme tal que eu amei foi parar no hospital com uma garrafa enfiada em lugares impróprios (as pessoas fazem isso com meus atores de novelas preferidos) e eu passe a achá-lo nojento e odiar um de meus filmes preferidos até a última encarnação. Mas pensar no futuro nos dá incertezas com relação a tudo na vida e eu me limito a ficar feliz agora. Por hora, Anna Vitória, eu Renata, aos 31 anos de vida e exatamente nesse dia e nesse horário, tenho meu top 10 filmes preferidos de todos os tempos. No presente.

DEZ, eu digo. A lista é feita de dez. Somente. Mas isso não me impede de citar, entrelinhas, muitos outros filmes que eu lembrei no decorrer da execução da minha lista. Memoráveis sim, mas por hora somente coadjuvantes. Vamos lá então:


OS DEZ MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS NA MINHA OPINIÃO: (pense num efeito sonoro tipo o do Desafio do Beakman)

Oi. Vim dizer que eram 10, mas Anna Vitória, a mandante do crime, selecionou 12. Então assim, eu também tenho direito. E mais: a ordem aqui é aleatória. São 12, alguns que eu gosto mais, outros que gosto menos, mas todos me provocaram sentimentos marcantes por motivos diferentes. E sentimento é uma coisa que não dá pra mensurar, né? Preparados?



Dirty Dancing: É frufru, é romancinho, é mimimi, mas eu tinha 7 anos de idade quando ele foi lançado e claro que eu não fui ver no cinema nem nada e deve ter demorado mais uns 3 anos pra eu poder assistir porque só a partir daí é que deve ter começado a passar na Sessão da Tarde. E então eu te digo que eu já vi esse filme MUITAS vezes, que é o filme que pode estar passando na tv pra preencher qualquer horário vago em canal de quinta que, se eu ver que está passando, é lá que eu deixo e só paro de assistir quando o filme acaba. Não importa quantas vezes eu já vi, quanto já passou de filme, se está no começo ou no final. Dirty Dancing é o filme que eu assisto sempre como se fosse a primeira vez e não é nada surpreendente se no fim da dança (eleito por mim o melhor trecho de filme de todos os tempos) você me pegar com os olhos meio marejados. Babybrother sempre que diz "está passando o filme da sua vida!" pode crer que é Dirty Dancing e, apesar de ele não ter razão a respeito de ser o filme da minha vida, numa coisa preciso concordar: entre todos os filmes de música modinha dos anos 70/80, entre Flashdance, Footloose, Grease e Os Embalos de Sábado à Noite, devo dizer que apesar de eu ter em dvd e gostar de todos, Dirty Dancing é pra mim o mais rico em contexto, coreografia, figurino e nos braços largos e fortes que seguram Baby fortemente independente da insegurança da mocinha. Eu sei que o rebolado de John Travolta em Saturday Night Fever é sensacional, mas eu ficava com o abraço do sensacional e imortal Patrick Swayze. Ô se ficava!



Entrevista com o Vampiro: Sabe quando você era criança e ia passar férias na casa do primo de idade igual e então vocês planejavam fazer várias coisas inclusive assistir filmes e então seu primo pegava lá um mesmo filme e passava o mesmo toda semana ou então te esperava todas as férias pra vocês assistirem juntos àquele mesmo filme? Então. Principalmente as meninas, já ouvi muita gente que tinha como tal filme o Dirty Dancing e tal. O meu filme favorito de assistir em todas as férias era Entrevista com o Vampiro. Pra você ver meu nível de meiguice. E se você vai me dizer algo do tipo "também, tem Brad Pitt, Antonio Banderas e Tom Cruise!", eu já me adianto pra te responder: é, tem. E eu confesso que teve uma época que eu era mesmo super fã do Tom (olha eu íntima) e minha música preferida era a de Top Gun, e o personagem dele é realmente o meu favorito do Entrevista com Vampiro, mas eu sempre achei que o Brad se achava muita areia pro caminhãozinho de qualquer pessoa e sinto dizer que beleza, beleza mesmo, nele, eu só vi em Lendas da Paixão. Porque meu negócio é homem com cabelo claro e comprido (oi, Sawyer, te amo!). O bom é que hoje eu gosto do Brad sim, mas pelos personagens muito bons que anda fazendo nos filmes atuais. Brad Pitt se tornou um bom ator, na minha opinião. Mas não bonito. E Antonio Banderas nunca fez meu tipo (só no Zorro, de máscara!), nem faz um personagem de muita importância no filme, então dispenso. Devo dizer que Entrevista com o Vampiro foi meu filme favorito, de todos, número 1, bem por uns 15 anos da minha vida, mas pela riqueza de história. Eu sempre gostei de vampiros e foi esse filme que me fez ter curiosidade pelo assunto. Depois disso, Drácula de Bram Stoker, que eu só vi o real filme esses dias, em 2010, mas JOGUEI MUITO um jogo pra PC baseado nele, com Keanu Reeves ofegando de medo e a voz assustadora de Gary Oldman (prefiro você como Sirius Black, beibe) me assustando com imagens assustadoramente bem feitas para um game em um modesto Windows 98. A partir daí, Crepúsculo (porque nem vale a pena falar de Anjos da Noite e Van Helsing), sua história é bonitinha. Porque no quesito vampiro, vampiro mesmo, eu quero é mais. Ah, quase esqueci: atuação SENSACIONAL da fofíssima Kirsten Dunst, ainda criança, mas talvez o papel mais memorável da vida dela na minha opinião (que Spider Man que nada, gata, o negócio é ser vampira!).



O Sexto Sentido: Sabe. Você até hoje com certeza já assistiu muitos filmes de terror, mas nesse quesito suspense espíritos e tal. Porque eu já assisti. Muitos. MUITOS. Porque talvez esse seja o meu estilo de filmes preferido. Mais que romance. Mais que comédia. Simplesmente porque filmes desse tipo me prendem a atenção de uma forma fora do comum. Mas muitos dele só prendem ali, enquanto estou assistindo. No máximo à noite, quando vou dormir (e por isso nunca mais vi filmes desse meu gênero preferido depois que passei a morar sozinha - oi, sou cagona, beijos.). Mas O Sexto Sentido, um filme que todo mundo deve achar fichinha, nem dá medo nem nada. Mas em mim dá. E dá porque foi o único filme de suspense com fantasmas que eu achei real. Isso aí. Eu disse REAL. Porque quem vê espíritos, quem sente, quem ouve, quem sabe, quem TEM o sexto sentido sabe que é o filme mais real a respeito que fizeram até hoje. E eu nem estou falando daqueles fantasmas gosmentos com a cabeça estourada que aparecem puf assim embaixo do lençol de repente e dá aquele baita susto. Tou falando das sensações do menino que vai dizer eternamente "I see dead people". Aquele frio que ele sente. Aquela sensação que tem alguém olhando. Aquele vento que bate e você arrepia os pelos das pernas. Ó, deixa pra lá. Mas eu te digo que é assim.



Os Outros: Filme que faz parte do gênero que eu já disse ali em cima ser meu preferido, não posso deixar de citar entre meus 10 melhores filmes de todos os tempos. Mas esse não pelo gênero em si, tampouco pela atuação de Nicole Kidman, uma das minhas atrizes preferidas (mas tem atuações melhores em muitos outros filmes) e nem ainda pela minha associação com o real, como falei a respeito dO Sexto Sentido. Os Outros pra mim foi marcante não por um momento específico, como foi O Chamado (e olha que o telefone lá de casa tocou quando o filme terminou) e a cena clássica da mãe de Samara penteando os cabelos no espelho (uma cena coadjuvante como tantas outras, mas pra mim foi a que mais me arrepiou - e a minha mãe conseguiu comprar um espelho igualzinho àquele, sem saber!), mas Os Outros me cativou por ter um desenrolar característico e específico, que faz com que a gente assista ao filme já sabendo um fim certo. Aquele fim que chega uma certa parte do filme e você grita JÁ SEI, os mordomos são os fantasmas, simples! Mas não. A surpresa do final de Os Outros faz com que ele seja, pra mim, um filme rico pela simples inteligência do autor em mudar o óbvio. E repentinamente. E aquela coisa de terminar o filme incrédulo e com a boca aberta porque não era aquilo que você esperava de um fim me deixa excitantemente super feliz em tê-lo assistido.



Os Fantasmas Contra-Atacam (1988): Ah, pípou. Eu sei que vocês nem são dessa época, que nunca devem ter visto esse filme na locadora pra alugar (porque ele não foi remasterizado para dvd e simplesmente não existe mais) e que o mais próximo que vocês sabem do Fantasma do Natal Passado é a versão animada de nome A Christmas Carol (mesmo Scrooged, mas dessa vez em desenho e com atuação pobre de Jim Carrey), que saiu dia desses. E então eu digo pra vocês que eu sou feliz por ter sido criança nos anos 80. Por meu primeiro filme visto no cinema ter sido Um Hóspede do Barulho, e não um filme qualquer da Xuxa e tal. Sou feliz por ter assistido milhares de vezes Os Fantasmas se Divertem, minha primeira paixão de Tim Burton (e a cena FANTÁSTICA do pó que encolhe cabeças - cara, queria MUITO um desse!). Mas nenhum desses se compara a Os Fantasmas Contra-Atacam, aquele lá, em filme, de 1988. Com a atuação sensacional e as maiores caras e bocas de Bill Murray (que me faria gostar muito de Ghostbusters também - além da fantástica Sigourney Weaver, minha eterna Alien favorita!), Os Fantasmas Contra-Atacam é aquele filme que já contei pra vocês que eu passava as tardes discutindo a respeito de cenas com meu tio mais novo, numa empolgação típica de quem começa a entender o mundo com outros olhos. É na cena do Fantasma do Natal Futuro que eu pensei quando fiquei presa no elevador e penso mais em várias cenas desse que com certeza é a obra prima de todos os filmes de todas as Sessões da Tarde que eu já vi até hoje.



Os Deuses Devem Estar Loucos (1 e 2): Daí que comédia não é um dos meus gêneros preferidos de filme e eu já vou te dizendo isso porque uma coisa é fato: eu odeio comédia escrachada. Odeio aqueles filmes pastelões, aquela coisa ridícula, aquele humor óbvio. Não gosto. Eu até dou risada nesse ou naquele filme, na ceninha do Pânico escondido atrás da cortina em Todo Mundo em Pânico ou no Débi se lascando pra fazer a descarga funcionar em Débi e Lóide. Mas não. De maneira geral eu sempre acho que foi mais perda de tempo do que diversão ter parado pra assistir uma comédia. Mas em Os Deuses Devem Estar Loucos (esse ainda existe pra alugar, corre lá!) o humor apesar de ser aquela coisa de acelerar as cenas como era em Os Trapalhões, não é aquela coisa ridícula. É um filme de uma história séria, cheia de dificuldades, em um estilo de vida antigo e primitivo. Que você se pega chorando de rir no final. Simples assim. E é uma coisa meio sarcástica (apesar de ser humor simples) você rindo aqui da desgraça do outro ali no filme, sabe? Humor sarcástico, gente. Eu nasci pra isso!



Kill Bill (mais o 2 do que o 1): Kill Bill é aquele filme que quando eu vejo o comercial na tv eu digo "esse filme é sensacional". E quando alguém me diz que viu eu digo "esse filme é sensacional". E quando eu vejo que tá 12 reais nas Lojas Americanas eu penso "hoje eu vou levar esse outro filme aqui que é um dos clássicos da Sessão da Tarde que tou fazendo coleção mas eu preciso urgente voltar aqui pra comprar esse Kill Bill - porque esse filme é sensacional". Inclusive eu estou pensando agora se devo passar lá pra comprar hoje. Porque esse filme é sensacional. Kill Bill pra mim começou num filme estranho que estreou no cinema e todo mundo foi ver e todo mundo só falava disso. Eu achava o cartaz feio e não fui. Eu achava a capa do dvd feia, então não aluguei. E não lembro muito bem como foi, mas sei que uns longos 3 anos depois que lançou que eu pensei "não tou fazendo nada mesmo, deixa eu ver esse filme feio". E, gente. Uma Thurman passou pra mim de uma reles maria-ninguém para uma fantástica protagonista que nem nome tinha de um filme fantástico e cheio de histórias de superação e poder feminino. E olha que eu sou machista. Mas a força, a perseverança, as lições, a energia, a vontade de vencer e a simples luta por matar para sobreviver de qualquer mulher fazem com que eu me sinta nas nuvens. Uma Thurman virou de "uma atriz loira qualquer lá" pra minha heroína, rainha, toda-poderosa-salve-salve. E esteve linda-linda-linda também como Hera Venenosa no Batman & Robin e Medusa, em Percy Jackson-preciso-comprar-esse-livro. E sabe, Tarantino. Pulp Fiction pode ter sido seu filme mais famoso e com mais repercussão, que eu quando vi achei sem pé nem cabeça e todo mundo me olha como se eu fosse um ET por isso. Mas por Kill Bill, e só por ele... eu te acho um cara foda.



Harry Potter (mais A Pedra Filosofal do que os outros): Porque eu gosto de todos os filmes e livros, mas o primeiro filme, aquele que foi novidade, que saiu no cinema e foi diferente... tem um valor especial pra mim. Vamos lá: nessa época eu era estagiária de informática no SESC, trabalhava no prédio da Av. Paulista, sem piscina, nem esportes, nem cultura. Ali era a diretoria do SESC, todo mundo correndo e engravatado e cheio dos afazeres e com pedidos pra ontem. Nem parecia o mesmo SESC que todo mundo conhece. Daí que eu era estagiária (reparou na palavra? = camelo?) de informática, uma área que possui 80% de profissionais do sexo masculino e, veja bem, eu era a única menina do setor. Única mulher, única estagiária. Em um lugar cheio de homens novos (na faixa dos 25, 30 anos), imagine. Não, se você acha que eu era a musa inspiradora do local, tá enganado. Só é musa quem está na tv, na Playboy ou o homem só encontra de vez em quando. Esposa, mãe, irmã, E FUNCIONÁRIA são todas muito mais pra camelas que pra musas. Conclusão: eu odiava aquele lugar. Eu aprendi muito, muitas coisas que eu sei hoje devo àquele ano, mas eu odiava aqueles meninos mandando em mim e rindo da minha cara por alguma coisa inútil. Se tem alguma coisa que eu odeio nessa vida é alguém rindo da minha cara. Daí que eles liam Harry Potter. Levavam os livros pro trabalho e liam lá. E comentavam do filme quando saiu. E eu odiava Harry Potter como se fosse um dos meus colegas de trabalho. Não queria ver. Coisa idiota. História infantil pra imbecil ler. E não li. Mas saiu o filme. E eu vi o trailer. E então fui assistir no cinema, só assim pra ver como é que era. E então todo aquele mundo de magia, de Chapéu Seletor, de varinhas feitas pra cada um, de Beco Diagonal, de balas com gosto de vômito, de escola para bruxos, de trouxas, e de tantas-tantas-tantas outras coisas, tantos detalhes pensados, tanta imaginação, tanta coisa que faz com que eu queira estar lá. Ouso dizer (e eu sei que vai ter gente que vai me bater) que Harry Potter talvez seja o único filme que supera o livro. Não no quesito boa escrita e detalhes e fidelidade ao livro, mas na imaginação que se teve para tornar a fantasia, tão fantasia, para a versão cinematográfica. Cada coisinha, cada detalhe, cada brasão de escola, cada cor de uniforme, fotos que se movem, cartas que gritam, escadas que mudam de lugar. Cada item que faz com que tudo seja tão completo e tão especial. Eu me apaixonei quando vi Harry Potter e a Pedra Filosofal no cinema. Saí literalmente encantada. E fã fiel da história, já que a partir daí o namorado da época me deu todos os livros que existiam e mais os que foram lançados depois. Mas a minha paixão são os filmes: a Murta Que Geme num banheiro tão cheio de detalhes. Uma poção polissuco aqui, uma penseira ali. Lindo. É tudo lindo. E então eu devo dizer que, sempre fã de bruxas que eu sou, todos os detalhes dos filmes de bruxas que eu já gostava tanto antes do sensacional boom de Harry Potter não chegam aos pés dos detalhes deste. RIP Da Magia à Sedução (menos a parte da lista do príncipe perfeito e da chuva de sapos - linda, linda!), Abracadabra, As Bruxas de Eastwick, Elvira, a Rainha das Trevas e Convenção das Bruxas. Todos perfeitos. Antes de Harry Potter. Obs: MORRA A Bruxa de Blair, o pior filme de todos os tempos lançado nesse mundo. Tá vai. Tirando aquelas cenas lindas de Michelle Pfeiffer e suas súditas em Stardunst, o resto do filme eu achei uma merda. Pior que A Bruxa de Blair.



O Fabuloso Destino de Amélie Poulain: Eu não sou fã de filmes que não são Americanos/Ingleses. Não sei, pode ser um pouco de preconceito. Mas talvez seja porque eu repare mais no som das palavras de um idioma diferente do que no filme em si. E então fico eu ali, reparando nos biquinhos franceses ou nas muitas palavras que se usa a língua muitas vezes do espanhol, ou na agressividade do idioma alemão ou russo. Nos japoneses que não sabem pronunciar o R e eu me pego adivinhando o que dizem e dublando suas frases com coisas nada a ver. Não sei. Se não é filme em inglês eu não consigo prestar muita atenção. Mas Amélie Poulain fugiu à regra. E foi a sensibilidade do filme que me chamou a atenção. A delicadeza. O sutil. A inocência. A mão dela enfiada no saco de feijão, coisa que eu sempre adorei fazer. O gnomo que viaja e tira fotos. Assim como Harry Potter, O Fabuloso Destino de Amélie Poulain é cheio dos detalhes, mas dessa vez sutis. Singelos. É uma narrativa em poema. É uma paquera bonitinha. E tudo é tão meigo. Tão romântico. Tão sensível. Tão leve, tão lindinho. Tão eu lá por dentro, beeem por dentro. Lááá no fundo, onde ninguém consegue ver. Sabe?



Desventuras em Série: Eu não sei se eu já falei que gosto de detalhes. Já? rs. O meu amor por Desventuras em Série começou pelo tom sépia que é dado às fotos do filme. E continuou pela edição de fundos. E enveredou pelo figurino bem elaborado e de época de seus personagens. E por cada detalhe de cada casinha, cada cenário, cada coisinha. E caminhou pelo meu gosto pelo sobrenome. Baudelaire. Eu gosto de quase todas as palavras polissílabas em inglês (eu acho que essa palavra é trissílaba, mas tá valendo). Ainda mais assim, com esse esbanjo de vogais. Baudelaire. É sonoro. E eu colocaria esse nome num gato. E essa, aliada à informação de que se eu fosse americana minha filha se chamaria Violet (porque eu adoro essa cor, esse nome - e jogo Detetive com a Dona Violeta) pode parecer simples, mas é um detalhe de um todo que faz a diferença. E mais: eu tenho um certo gosto por desventuras. Acho que é mais legal. Tenho gosto pelo melancólico. Pelo difícil. Pelas lições retiradas de histórias aparentemente tristes, mas que no fim têm seu valor. Eu fujo de filmes de mauricinhos e patricinhas, cheios de facilidades na vida e que esbanjam tudo. Eu gosto do sofrido. Do chorado. Do esforçado. Mas com finais felizes. E acho que assim, a compensação e os louros da vitória no final são muito mais cheios de valor. Merecer, é a palavra. Mas eu devo dizer o que muito me desagrada no filme: Jim Carrey. Não por ser o vilão ou coisa do tipo, mas meu filho, você já foi melhor. Belos tempos que não voltam mais aqueles de O Máscara, Ace Ventura - Um maluco na África, O Grinch, O Todo Poderoso e O Show de Trumman - eu não gosto de Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças porque assisti num momento não muito legal da vida). Na minha opinião Jim Carrey estraga o filme. Com humor escrachado, que eu já disse que não gosto. Em compensação, tem a LINDA da Meryl Streep. LINDA, assim em caps lock, porque a melhor atuação dela na minha opinião foi em O Diabo Veste Prada, mas o melhor figurino, cabelo, apresentação e personagem.... foi em Desventuras em Série.



Piratas do Caribe (mais O Baú da Morte do que os outros): Oi. Prazer, Renata. Eu gosto de detalhes, de artigos de época, de enfiar a mão no saco de feijão à granel, de palavras polissílabas do idioma inglês, de bruxas, vampiros, e piratas. Não sei, eu tenho problema. Mas eu tou no meu direito. E podia ser pior. Sei que, além de eu nunca ter ido em uma festa à fantasia na minha vida, porém ter o modelo de uma bela fantasia de pirata para mulher aqui no computador para o caso de, nos meus próximos anos de vida (eu devo ter mais uns 50 pela frente), aparecer uma festa por aí. E então tenho aqui, meu modelo, pra mandar fazer. Porque tem que ser do jeito que eu quero. Agora imagina você, eu lá, 60, 70 anos, no baile da terceira idade que um belo dia alguém inventou que tinha que ser à fantasia. Primeira festa à fantasia da minha vida. Eu vou de pirata. Com 60, 70 anos. E eu já vejo gente perguntando se eu sou O BARRIL do pirata. Então. Piratas do Caribe é o primeiro e único filme de pirata que eu saiba da existência. Lindo no quesito detalhes, diga-se de passagem. E o meu preferido entre os três (futuros 4!) filmes é o segundo porque meu personagem preferido de todos os filmes é Davy Jones. O cara com cara de polvo. E eu acho ele lindo. Mas vamos lá: Johnny Depp, seu lindo. Só você pra ser um cara feio (no quesito beleza) e ainda assim fazer com que a galera suspire de paixão. É o charme, eu sei. Fedido, trapaceiro, ensebado, mentiroso e esfarrapado, ainda assim você é um gato. E, aqui vai meu abaixo assinado: Tim Burton, pare de usar Johnny Depp em seus filmes. Porque mano... em todos os filmes de Tim que Johnny é o protagonista... ele é sempre igual! São sempre as mesmas caras e bocas. É sempre o mesmo jeito de falar. É sempre o mesmo tom de voz. Sabe? Johnny Depp é um cara sensacional, Tim Burton um diretor genial. E eu fui a-pai-xo-na-da por Edward Mãos de Tesoura. E poderia ter sido também por A Fantástica Fábrica de Chocolate (apesar de amar o original, de 1964), Sweeney Todd, Alice no País das Maravilhas (parênteses necessário para que eu possa ressaltar a SENSACIONAL Elena Bonham Carter, que assim como Johnny Depp, ficou presa a mais da mesma Bellatrix Lestrange, mesmo figurino e mesmo penteado descabelado em outros filmes de Tim Burton. Em Alice no País das Maravilhas, Elena se libertou e foi fantástica (e irreconhecível) na caracterização da Rainha de Copas, meu personagem preferido!). Eu poderia ter sido apaixonada também por esses filmes, que são cheios de figurinos e detalhes, do jeito que eu gosto. Mas tudo que eles têm é mais do mesmo Johnny Depp de Tim Burton. Sabe, enjoei. Piratas do Caribe não é um filme de Tim Burton, e por isso mesmo é o meu preferido de Johnny Depp. Mais solto, mais engraçado, mais que um simples personagem principal. Por isso, pelo humor, pelo figurino, pelo romance, pelas trapalhadas, por tudo mais e, principalmente por Johnny Depp, Piratas do Caribe é um dos 10 melhores filmes de todos os tempos na minha opinião.



Curtindo a Vida Adoidado: Se você chegou até aqui nesse post, já sabe que eu tenho um fraco por filmes dos anos 80. Já sabe que eu sou cinéfila de Sessão da Tarde. E como ser uma cinéfila de Sessão da Tarde sem falar do FANTÁSTICO Ferris Bueller Day's Off? Não tem como. Não tem pra ninguém. Não tem cena de música mais clássica de filme que Ferris dançando Twist and Shout, dos Beatles. Não tem (e nunca vai ter) filme adolescente mais legal de assistir. Não tem comparação. Não tenho palavras. Eu só sei dizer que já vi esse filme tantas, tantas, TANTAS vezes que se eu fechar os olhos ainda sou capaz de vez a cara de Cameron quando a Ferrari cai pela vidraça. Sabe? Não tem pra ninguém. É o melhor. E SALVE FERRIS! \o/



















































Ué! Você ainda tá aí? Já acabou! Vai embora! Desliga esse computador!



























































Tá, não acabou não. Não acabou porque mesmo depois dos 10 (doze!) melhores filmes de todos os tempos na minha opinião, eu ainda não fiquei satisfeita. E porque eu acho que nem sempre só os vencedores é que ganham. Sempre tem uma medalha de honra ao mérito.

AS MINHAS MEDALHAS DE HONRA AO MÉRITO VÃO PARA:


- Wall-e, por ter sido a minha animação preferida de todos os tempos. Nada de Rei Leão, nada de Procurando Nemo, nada de Cinderela. O melhor pra mim é Wall-e. Levemente acima de Coraline (sarcasticamente lindo!).

- A Princesinha, por ser meu filme infantil preferido, ainda hoje. Levemente acima de O Jardim Secreto.

- 10 Coisas que eu odeio em você, por ter feito com que eu me apaixonasse por Heath Ledger mesmo antes dele fazer um filme gay e ficar famoso. Ou ter morrido durante as filmagens de um filme estranho, estranhamente quando o personagem dele no filme também morre. E ainda, antes que ele fizesse o mais sensacional Coringa (o filme devia ser do Coringa, e não do Batman!) de todos os tempos da face da Terra salve-salve. Nada que se compare a Jon Bon Jovi cantando pra mim, de pertinho, Pretty Woman. Mas eu me apaixonei por Heath Ledger quando ele cantou Can't take my eyes off of you. Para uma personagem de cinema com o gênio incrivelmente igual ao meu. 10 coisas que eu odeio em você foi o filme que eu comprei no Submarino e tive que pedir pra trocar cinco vezes. Porque todos os dvds que recebi estavam com defeito. Todos, no fim, na parte que ela descobre que era uma aposta. Troquei, 5 vezes. Maior trabalho. Mas consegui um filme perfeito, pra guardar, da cena mais romântica de Heath Ledger de todos os tempos.

- As Branquelas, por Terry Crews e sua performance fenomenal de A Thousand Miles, que já ganhou até um post a respeito nesse blog.

- De Repente é Amor, por ser meu filme de romance frufru do Ashton Kutcher preferido, pura e simplesmente porque ele toca desajeitadamente uma música do Bon Jovi na parte mais romântica do filme.

- O Óleo de Lorenzo, que eu vi pela primeira vez na escola, sétima série, e a partir daí ter visto muitas vezes e ainda estar chocada até hoje em como é que pode haver doenças que ninguém sabe o que é. Cadê o HOUSE nessa época, meodeus?

- A Casa do Lago, por ser um filme de romance com história tão incomum. E, assim como Os Outros, com fim incomum. E não, Cidade dos Anjos não está entre meus filmes de romance favoritos. Aliás, eu enjoei horrores daquela música.

- Uma Mente Brilhante, Inception e Ilha do Medo, por explorarem a inteligência na arte de fazer filmes e me deixarem sempre com aquela sensação de "mas era ou não era?" depois que o filme acaba.

- Cartas para Julieta, por ter me feito chorar no fim do filme, coisa rara. Pela história simples, pelo romance bonito, pela vontade de ter uma história igual. Ai, mulher é um negócio, né? Cartas para Julieta me lembrou de Romeo + Juliet (aquele com Leonardo di Caprio), que eu também sempre gostei.

- Madrugada dos Mortos, por sempre me fazer imaginar em qual loja do shopping eu moraria (e o que faria nela) caso o resto do mundo se transformasse em zumbis.

- O menino do pijama listrado, que assim como Bastardos Inglórios, se passa na época do nazismo. A diferença é que não tem o humor do, agora ótimo ator, Brad Pitt. E tem o fim que eu ainda não consegui engolir sem sentir aquele amargo na boca.

- Espíritos, porque apesar de eu ter dito não gostar muito de filmes onde o idioma não é inglês, eu gostei desse filme tailandês única e exclusivamente por não ter imaginado o final antes de acabar. E por aquela cena do cobertor, claro. Depois desse filme eu penso duas vezes quando alguém me diz que está meio com dor nas costas ou peso nos ombros.

- Olha Quem Está Falando, por estar na minha lista de melhores da Sessão da Tarde. E porque é o meu ponto de John Travolta. Nem em Grease, nem em Michael - Anjo e Sedutor. Apesar de ele ter ficado um charme nesses filmes também.

- Juno e Little Miss Sunshine, por serem os filmes mais fofos da nova categoria 'nerd sem noção'.

- Comer, Rezar, Amar (Julia Roberts, sua linda!) e Nosso Lar (brasileiro, yeah!), por terem feito com que eu pensasse na minha vida e esteja atualmente tentando mudar as coisas e as minhas atitudes para melhor.

- Mestres do Universo, por ser o filme de Sessão da Tarde mais rejeitado, apesar de muito parecido em muitos detalhes com o best seller Star Wars. Por ser um filme bem feito de um desenho animado (a maquiagem do Esqueleto ficou ótima), coisa que dificilmente se repetirá, já que está para sair a versão anime-gay-constrangedora de Thundercats ao invés de uma coisa decente. E por ser um dos primeiros trabalhos da linda da Courteney Cox, a supimpa Monica Geller, de Friends. Menininha, voz fininha, toda meiga. Ninguém imaginaria no que ela ainda iria se tornar. rs

- Poltergeist, por ter sido por muitos anos meu filme de terror preferido. Não só pela história em si, mas pelo fato de muitos atores terem morrido depois que fizeram o filme (em filme bom o pessoal morre de verdade. Né não, Heath Ledger?). Inclusive a atriz de 'Carolaaaine', personagem principal. Foi de Poltergeist que veio toda aquela história Samara-sai-da-televisão de O Chamado. O Exorcista, Sexta-Feira 13, A Hora do Pesadelo sempre foram ridículos pra mim.

- Encontro Marcado, porque eu queria uma Morte dessas.



E, por fim, eu sei que vocês vão me bater mas eu me sentiria mal de deixá-los fora da minha lista de Honra ao Mérito. Porque não, não são mais meu filmes favoritos, mas já foram, durante alguns anos. Durante minha pré-adolescência, que na minha época as meninas COMEÇAVAM A GOSTAR dos meninos, e não tinha essa pegação-ralação-engravidação que é hoje. Aos 12 anos eu era uma menina, brincando de boneca e sonhando com príncipe encantado. E em recordação a essa época, meus últimos três filmes da minha lista de Honra ao Mérito: Uma Escola Atrapalhada (por Angélica e Supla serem o casal mais inspirador dos meus 12 anos de vida), Lua de Cristal (porque eu curti ver a Xuxa em história de Cinderela - apesar de não ir com a cara dela - e até hoje é a música que eu canto com mais louvor num videokê) e Sonho de Verão, que eu não lembro bem o que foi que aconteceu com paquitas e paquitos mas eu lembro bem que era a maior pegação (de selinhos) da época.




Tá. Podem ir dormir agora. Eu deixo.









Anna, vamos fazer um top 10 melhores clipes de música agora?? :D