Tudo começou com um e-mail. Pessoa amor mandando escrito "estarei em São Paulo e aviso que na sexta quero ir no Inferno. Se alguém quiser me acompanhar, agradeço." Eu, encantada com o nome do lugar, pesquisei a respeito. Inferno. Um bar na Rua Augusta, a rua mais promíscua de São Paulo. Um inferninho, pra ser mais precisa. Topei.
Já na mesma hora, mandei mensagem pra outra pessoa amor: "vou pro Inferno e preciso da sua companhia, pessoa acostumada a ir pra lá, pra me proteger. Vai tocar rockabilly." Rockabilly no inferno. E eu já imaginei diabinhos com topetes balançando as cadeiras à lá Elvis Presley. Fato que a primeira interessada em ir para o Inferno se interessasse pela banda que ia tocar rockabilly. O gato dela se chama Elvis.
Eu, interessadíssima em ir pro Inferno, me dividi ente a curiosidade de frequentar um ambiente na Rua Augusta (visto que seria a primeira vez já que Renata e Rua Augusta são opostos que não se atraem) e à emoção de estar em um lugar que tocasse rockabilly. Porque veja bem que nessa vida eu frequento bares que tocam rock, mas já estive em samba, pagode, reggae, sertanejo (funk não que funk é demais pra minha pessoa). Mas rockabilly, gente, eu nunca tinha ido. E meu imaginário a respeito de como seria um lugar assim corria solto.
Era ainda durante a semana quando eu recebi um sms falando a respeito de colocar nome na lista da balada. E, cheia de emoção, mandei um sms dizendo "seu nome já está na lista do Inferno." E então que na sexta o moço da oficina quis ficar com o meu carro por lá. E eu cheguei suplicante "mas moço, eu preciso do meu carro, preciso ir para o Inferno no fim de semana!". Ele atendeu prontamente, meio incrédulo na situação, meio com medo de perguntar a respeito. E eu em meio ao compartilhamento de informações com as amigas virtuais no Facebook: "gente, hoje eu vou pro Inferno!" e elas: "ah, eu também queria!!", ligava para as amigas reais e dizia "já peguei o carro pra podermos ir confortáveis para o Inferno!"
Sexta feira à noite, nós no inferninho da Augusta, saídas do Violeta (bar de nome muito meigo para a localização), descendo a rua. E o Inferno demorava a chegar. Amiga amor abordou um segurança: "moço, onde fica o inferno?" e ele: "é só descer!" e pensamos que bom. Pra baixo é sempre o caminho do inferno, claro. Que pergunta. E então eu recebi a ligação: "oi, você tá demorando pra chegar, eu estou aqui na porta do Inferno usando um vestido de oncinha, tá?". E eu ri. Ri desde o começo da sugestão de lugar, ri internamente até chegar lá na porta. Do Inferno. Onde o segurança abriu pra nós a porta pesada dizendo "sejam bem vindas ao Inferno e aproveitem." (e eu lembrei nitidamente do episódio da minha vida em que fui no Castelo dos Horrores do Playcenter). Mas não, ali era só o Inferno. E eu nunca tinha ido em um lugar com o nome tão legal. E nunca tinha sido tão divertido contar para as pessoas que eu estava indo em uma simples balada.
E gente, o Inferno é lindo. Com as paredes revestidas de tecido de oncinha e grandes cortinas vermelhas, lá dentro é a oitava maravilha do mundo. E toca Foo Fighters. E Metallica. E Ramones. E Elvis Presley, claro. E Elvis Costello também. Lá, no Inferno, tem mais mulher do que homem. Porque a entrada para mulheres é vip. Mesmo assim, tem sofás. Muitos sofás. E poucas pessoas. Na verdade, no Inferno tem espaço suficiente pra você se jogar na pista e dançar com os braços abertos. E mexer as perninhas e os braços tatuados arriscando o twist mais desengonçado que conseguir. Sem encostar em ninguém.
No Inferno toca uma banda de rockabilly que se você fechar os olhos se vê em 1950. E tem a impressão que ao abri-los vai ver todo mundo de rabos de cavalo e fitas no cabelo e saias rodadas. E rapazes de brilhantina no cabelo, camiseta branca e jaqueta de couro. E bebendo Heineken, porque é só esse o drink que servem lá no Inferno. E se você sonhar mais um pouco, capaz de enxergar John Travolta cantando pra você ♪ Summer days drifting away, to oh oh the summer nights..
Rockabilly! Rockabilly! Rockabilly! Aaaaah, invejinha :(
ResponderExcluirInveja no Inferno, poooode!
Fiquei muito afim de conhecer o lugar. Tenho um pouco de medo de ir pra Augusta haha nunca se sabe, mas sempre soube que ela é repleta desses lugares. Agora, só falta a coragem!
HAHAHA, Anna Vitória sendo barrada na porta do Inferno, adorei. Você sabe que nesse final de semana eu fui ao próprio inferno, mas ele atende pelo nome de VU. MEU DEUS, foi o pior lugar que já fui, nunca mais na vida! Mas apesar de não ser nada fã de METALLICA e coisas do gênero, fiquei com vontade de ir nessa balada aí. Se bem que né.. Acho que prefiro mesmo um CABARÉ, com 20 homens pra cada mulher. Não que eu fique com mais de 1, mas dispensar 19 também é uma delícia!
ResponderExcluirBeijos!!
é, a augusta tem uns mistérios surpreendentes
ResponderExcluir=)
AHHH MAS QUE POST MAIS LINDOOOOOOO!
ResponderExcluir*pausa*
HAHAHAHA! Algum crente precisava ler esse post, juro!
E, nossa, eu adoro a Augusta. Acho que é uma Lapa melhorada (pra ver o nivel né)! Mas que bom que tu gostaste, agora pras próximas baladas, só digo uma coisa: segura na mão da Silvia e vai!
Da última vez que estava em Sampa quase fui ao Inferno.Mas não deu certo,talvez eu seja ungido pelo cordeiro,vai saber.
ResponderExcluirE eu também já fui para o Inferno com a Sílvia.As 6 da manhã de um dia 25 de dezembro,Natal.O nome do Inferno era Jaraguá.Pergunta pra ela.
Ahhh guria, quero tanto no Inferno!! E tipo com vc, pq to com saudade de vc, de vc no msn (nunca mais te vi) de vc no email, de vc na blogesfera (o meu blog vai ser desativado por falta de uso rsrsrs)
ResponderExcluirMas aqui, apesar da distância eu ainda te adoro ta porrrrta?
Beijos
A primeira coisa que eu vou fazer quando for a SP vai ser lhe ligar e fazer uma exigência: quero ir pro Inferno, Rê, e você vai comigo. Sem mais.
ResponderExcluirÉ claro que a gente começa seu texto pensando: "como assim eu vou pro Inferno?"
ResponderExcluirAcabei ficando com vontade de conhecer o lugar: pela música e pelo espaço que você disse ter. ;)
Bjitos!
O INFERNO É DEMAIS!
ResponderExcluirVamos combinar?
Adoro lugares que dão margem pra construções de frases bacanas como essas. Tipo A Lôca. "Vamo na Lôca?" :D
Ai esse lugar parece mesmo O máximo! Fiquei com uma tremenda vontade de me aventurar no inferno algum dia! Depois dos 18, quem sabe...
ResponderExcluirAmei!
Beijos
Menina, aqui em SalvadorCity tem um lugar chamado Beco dos Artistas: só tem gente andrógina e de todos os estilos. O lugar é, literalmente, tal como o nome presume: um beco. E lá acontece de tudo, em todas as boates (que tocam de MPB a pagodão e rock pesado). É o inferninho do litoral do Brasil. Pense.
ResponderExcluirBeijão.
Eu queeeeeeeeeeeeero Re! Acho valido fazermos um encontrinho de mafiosas no Inferno quando eu voltar hein??
ResponderExcluirAdorei seus relatos sobre tua noite no inferno! *---*
bjbj
Digo e repito, quando eu for pra SP você e a Ruvs vão me levar pro Inferno!
ResponderExcluirMUAHAHAHHAHA
Ah Rê. Depois que eu fiz 18, quero ir pro Inferno com você. No dia que eu fui (e fui barrada por causa da minha voz) eu nem tava no clima pra ir, tava indo porque meus tios iam ver um show de um amigo deles lá, mas eu tava querendo mesmo é ir pra casa. Nem deu pra eu ver a decoração do lugar, antes de me acostumar com o escuro eu já tava tendo que ir embora, muito triste. Lembro que peguei uns flyers engraçados pra mostrar pro meu pai e deixar ele tenso, mas acabei perdendo.
ResponderExcluirGenial é essa tag: momento pra passar no filme nos últimos 5 segundos da minha vida. Gênia.
Beijo
TODAS VAI PRO INFERNO, HAHA! (:
ResponderExcluirAdoro anos 50, acho que ia amar ir num lugar assim! Mas por aqui em Recife não tem nenhum lugar com um nome tão legal. :/
BJS!
Deve ser mesmo um lugar bem massa! Gostei da descrição que vc fez.
ResponderExcluirNão sei porque mas juro que imaginei a amiga Iara de oncinha na porta do Inferno! =O Saudade das histórias dela!
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