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terça-feira, 23 de abril de 2013

Meu pé de laranja lima

Eu devia ter bem uns 10 anos. Me lembro vagamente que foi da minha avó e madrinha que eu ouvi falar sobre esse livro. Ela tinha, entre outros do mesmo autor, um livro encapado com contact de estampa de madeira. Ou seja, o primeiro livro pelo qual eu me apaixonei na vida não tinha uma capa. Engraçado pensar que eu quase sempre escolho um livro pela capa, mas o meu primeiro livro não tinha uma. 

Algum pouco tempo depois me lembro de meus pais dizendo que eu podia escolher um livro pra levar pra mim. Devia ser em uma livraria, mas eu não lembro. Lembro que vi, em um livro pequenininho, o desenho de um menino sentado em uma árvore. E reconheci nesse livro aquele nome que tinha ouvido a minha avó falar sobre: Meu pé de laranja lima. Peguei esse e meus pais me elogiaram dizendo que eu não poderia ter escolhido um livro melhor, apesar de tão pesado para a minha idade. Mas que eu ia gostar.

Eu sou hoje uma pessoa que se acaba na estante de livros estrangeiros em uma livraria, mas que fique claro que meu primeiro livro de verdade foi um livro de um autor brasileiro. José Mauro de Vasconcelos tem um sobrenome igual ao meu. E é claro que aos 10 anos eu já sabia que de um Vasconcelos sempre pode sair uma coisa bacana. Quando a gente quer.

Eu tinha uns 10 anos mas me lembro de ter lido as mais de 100 páginas sem figuras quase que de uma vez. E em meio a uma história tão infantil, mas tão carregada de densidade, eu me identifiquei em algumas passagens. E chorei. Meu pé de laranja lima se tornou ali o meu primeiro livro preferido da vida. Foi Meu pé de laranja lima que despertou em mim o gosto pela leitura.  Gosto esse que se aprofundaria tanto que poucos anos depois eu teria lido todos os livros da biblioteca da escola.

Meu pé de laranja lima é uma história ao mesmo tempo inocente e complexa. História mesmo, porque José Mauro de Vasconcelos se baseou em sua própria infância pra escrever o livro. Carregada de pequenas alegrias e tristezas. Tão do tamanho dos 7 anos de Zezé. E eu, tendo tido aos 10 anos esse como meu primeiro livro favorito da vida, o que mais poderia se esperar de mim senão todo gosto pela melancolia que eu tenho hoje?

Li Meu pé de laranja lima bem umas 10 vezes nessa vida. E chorei em todas elas. Bem eu, que não costumo chorar, me debulhei em lágrimas. Bons livros são os que me fazem chorar.

Mais de 20 anos depois de ter lido meu primeiro livro favorito da vida, resolveram fazer um filme. E lá fui eu assisti-lo. Sozinha, pra chorar o quando eu quisesse. E assim foi. Começou o filme e logo depois da apresentação do patrocínio da Petrobrás, começou a musiquinha e o letreiro com os nomes dos autores. E então minha gente, já foi ali que eu comecei a chorar. E assim foi durante todo o tempo do filme, que eu nem sei quanto durou porque eu estava ocupada chorando. E eu levei uma coca cola e uns salgadinhos na bolsa pra comer ao invés de chorar, mas de nada adiantou. Cinco minutos de filme e eu lá soluçando cheia de salgadinho e aquela coca cola nunca esteve tão salgada. Estava vendo a hora que a outra meia dúzia de pessoas que estava vendo o filme comigo ia vir perguntar se eu estava tendo algum problema. 

Saí com a gola da blusa molhada. O rímel borrado. O nariz vermelho. A calça caindo. O cabelo despenteado. O ápice da falta de sensualidade da mulher brasileira. Mas cheia de consciência do meu estado deplorável, saí do cinema de cabeça baixa e corri pro estacionamento pagar e ir embora. No caminho de casa, fiquei pensando na vida. Nas dores da vida. Nas tristezas da vida. Na densidade da vida. E tudo isso aliado a alguma música melancólica que estava tocando no rádio, chorei de novo. E então a luz do painel piscou. Gasolina. Ok, carro, vamos abastecer. 

Cheguei no posto com a cara vermelha, descabelada, rímel borrado. E eu não sei porque os flanelinhas precisam olhar pra gente pra saber o que a gente quer "moçooo snif boa noitee snif bota cinqüenta reais de gasolina comum snif". 

Foi a gasolina mais cheia de compaixão que meu carro já recebeu na vida. 


O MEU pé de laranja lima

Obs. 1: Se você tem ou ainda vai ter um exemplar de Meu pé de laranja lima dado por mim, saiba que o que eu te dei não é só um livro simples e cheio de ternura. É também um pedaço da minha história e do meu coração.

Obs. 2: José de Abreu, eu sempre te achei bem mais ou menos. Mas agora, depois de interpretar o Portuga, talvez o meu personagem preferido da literatura, você vai ter minha admiração pra sempre.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O filme em que eu gostaria de morar*

* Uma ideia de Taryne, que quis morar em Um bom ano. Que passou pra Anna Vitória que quis morar em Cinderela em Paris e então pra Ana Luísa, que quis morar OBVIAMENTE em A Noviça Rebelde. E agora é a minha vez.


Eu nunca pensei, na verdade, em qual filme gostaria de morar. E isso é muito peculiar, já que eu sempre penso em tudo. Eu sempre planejo tudo e sempre tenho algo a dizer sobre tudo. E então quando a Tary escreveu sobre o filme que gostaria de morar eu meio que fiquei com tilt. Gente, como assim que eu nunca pensei em qual filme queria morar?




Então eu olhei pra minha estante de filmes e passei a pensar. Analu me perguntou via whatsapp se, seguindo a linha de raciocínio dela, eu gostaria de morar em meu filme preferido, o Dirty Dancing. Gostaria, será? Ah, o Patrick Swayze. Me olhando assim com aqueles olhos apertadinhos e sussurrando I've had the time of my life. No I never felt this way before, yes I swear It's the truth and I owe it all to you. Aiai, Patrick Swayze. Belos antebraços. Belo peitoral. E aquele clima todo de anos 80 e a dança e a música. Seria supimpa. Mas junto com tudo isso também vinha a filha com educação rígida e super proteção. E o culto à família, independente dos problemas que tinham. Negócio era jogar tudo pra debaixo do tapete e sorrir. Ah, não. Isso daí não ia dar.



Ainda seguindo a linha de raciocínio da Analu, ela cogitou morar em Harry Potter. E ah, eu também pensei nisso. Que belezinha. Tudo funcionando do jeitinho que eu quiser, basta dizer umas palavrinhas. Um mundo mágico e secreto, logo ali atrás de uma simples estação de trem. A escolha da casa. E as fotos que se movem. E UMA PENSEIRA! Uma penseira era tudo o que eu queria nessa vida! Mas ah. E o Voldemort, hein? Que canseira! E o pessoal lá é meio histérico e hipocondríaco, sei lá. E esse negócio de quadribol, eu mal suporto o futebol!  E sei lá, eu acho que não teria muito jeito pra andar de vassoura e esse negócio de ter ratos como animais de estimação meio que me dá nos nervos. E todos aqueles animais estranhos e as aulas nojentas e... é. Não.



Pensei também em Amor Além da Vida. Um dos filmes com a fotografia mais linda que eu já vi. Em que o além é pintado em óleo sobre tela, com referência exata no quadro que quem ainda está vivo pinta. Eu devo ter várias gentes nas dimensões dos muitos quadros que eu já pintei na vida. E o campo de flores de tinta, a oportunidade de ter a aparência que você quer. Lindo. Mas triste. Amor Além da Vida é também um dos filmes mais tristes que eu já vi. E não.



Ah, 10 Coisas que eu odeio em você. Heath Ledger cantando You're just too good to be true can't take my eyes off of you (reparem que eu tenho um fraco por quem canta pra mim - todos atores que já morreram, vejam bem) e todo aquele cabelo bagunçado e aquele ar de mau (socorro, preciso morar num filme que tenha o Thor!). Mas né. Aquela pegada de escola e pai que não deixa sair e a sociedade e o baile (graças a Deus que aqui no Brasil não tem esse negócio de baile, senão eu tava ferrada) e aquelas meninas que são da torcida organizada com pomponzinho e BLÉ. Não.



Crepúsculo. O vampiro dos sonhos de qualquer mulher. Ser vampira. Viver pra sempre. Eu já quis isso na vida, quando eu era pré-adolescente e meu filme preferido era Entrevista com o Vampiro. Eu acho supimpa essa coisa de estar acima do bem e do mal. E nossa, com Edward. Te olhando assim e dizendo que te quer mas não pode te machucar. A história de cu doce mais perturbadora da história. Ah, eu queria um Edward. Ser vampira e correr pelas montanhas. E de repente não precisar mais ir ao cabeleireiro, nem à manicure, nem fazer maquiagem, nem regime. Aé, o regime. Ih, viver só de sangue deve ser chato. Vê uma pizza de sangue. Batata recheada com sangue. Sopa de sangue com ervilhas. Suco de três frutas e sangue. Bife à milanesa ao molho de sangue. Ai que monótono. É, não ia dar.


Então eu pensei em morar em vários outros filmes preferidos meus, tipo Kill Bill. Mas ai, que trabalhoso. Tem que sair matando todo mundo e ainda estar em forma para os rodopios e as eventualidades tipo sair de um caixão depois de ser enterrada viva. E ah, eu juro que enfiaria a mão na cara do Pai Mei. E gente, eu acho que não consigo arrancar o olho de ninguém. Pensei em morar em Amelie Poulain também, mas achei que ia ser meio parado e inocente demais. E, desculpem meninas, eu dispenso a França.


Cheguei à conclusão de que eu precisava morar em um romance. Sem ser comédia romântica, porque se eu morasse em um filme tipo Antes só do que mal casado eu acho que ia matar alguém de ódio. Só romance. Um filme de romance em que as pessoas vivessem bem, vivessem levemente. E então eu pensei em um filme que me senti bem ao assistir.


Cartas para Julieta é um filme que nem é todo mundo que gosta, mas eu amei. Amei o sentimento de viver no presente a continuação de alguma coisa que aconteceu no passado, mas que poderia ter ficado quieto somente lá. Amei a esperança. O objetivo quase impossível de alcançar, mas que no fim dá tudo certo. Eu amo o "felizes para sempre". 


Amei a referência de Romeu e Julieta e o vestido LINDO que Sophie usa no fim do filme. Amei os desencontros que chegam no encontro e fazem tudo o que foi vivido anteriormente valer a pena. Amei o acaso de Sophie e Charlie. E o romantismo. Amei o fato de Claire ir atrás do grande amor da vida dela mesmo depois de tantos anos. E amei mais ainda quando ela encontrou Lorenzo. E, se não bastasse tanta fofura num filme só, o pano de fundo: a linda Itália. Eu queria passear de carro pelas cidades da Itália. As vinícolas. As enormes fazendas. O clima ameno. Os queijos. Macarrão da mama. As ruas de paralelepípedo de Verona. As mesinhas dos restaurantes na calçada tranquila. A história de amor mais clássica do mundo, nas cidades mais clássicas do mundo. 



Eu queria morar em Cartas para Julieta. Romântico assim. Lindo assim. Clássico assim.



segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Lidia

(não é você não, engenheira. Seu dia de estrela ainda não chegou. Aguenta ae que no dia que chegar eu faço maionese pra gente comemorar.)


Sou uma pessoa que não chora em filmes. Na verdade eu choro muito pouco nessa vida, e nas poucas vezes que isso acontece quase sempre eu estou chorando de raiva. É mesmo bem raro alguém me ver chorando. Porque eu sou forte. Quase tanto quanto Lidia.


Lidia é uma mulher que um belo dia conheceu aquele que viria a ser seu grande amor. Ela, corpo magro e sedutor, deixou-se envolver pelos encantos dele, um negão de presença. Ele, casado, muito bem de vida, carro de luxo e conta bancária gorda, aproveitou-a até que ela engravidasse e tivesse seu corpo modificado por isso. Ela teve a filha dele e voltou a ter o corpo como o de antes. E então ele se apaixonou por ela novamente, mas ela, magoada, já não tinha por ele a mesma afeição de antes. Ele então gostou de ser pai e quis ter outro filho com ela, dessa vez um homem. Ela, ajudada por outra mulher, ligou as trompas e escondeu o fato do amante. Por anos seguidos ela afirmava que sim, fariam o filho homem que ele tanto queria. Ele, cheio da grana, pagou por anos a fio o tratamento dela para engravidar. Ela, pobre, trompas ligadas e coração cheio de mágoa, usou todo o dinheiro dele pra construir uma casa pra ela e para os filhos. E outra casa pra alugar. E outra casa. Ele, negão cheiroso, a usava estritamente para o sexo. Ela, apaixonada, tinha desejo por ele mas não conseguia mais se deitar. Comprou uma arma um belo dia. E decidiu matá-lo. Em uma carona no carro de luxo dele, ela apertou o gatilho. Uma, duas, três vezes. E a bala não saiu. E ela, no primeiro ato de dignidade que teve na vida, saiu do carro e voltou pra casa andando. Do dinheiro dele ela cresceu na vida. Fez cursos, mudou sua situação financeira. Ele morreu há alguns anos e deixou a certeza de nunca ter amado Lidia. Ela, olhando fixamente para a câmera, disse ter passado por tudo por ser forte. "Tenho tanto jogo de cintura que meu cabelo é duro e pixaim, mas quando eu balanço a cabeça ele balança junto." Lidia, que cantou em cena a música que a faz lembrar dele. A que tocava no toca fitas do carro de luxo, toda vez que ela ligava. E se imaginava nos filmes de Hollywood, feito Marilyn Monroe sentada em um carro conversível e com a echarpe sendo levada pelo vento. Lidia nunca andou em um carro conversível, mas tem várias echarpes. Lidia, uma mulher guerreira.

Que saiu de cena e chorou de soluçar por trás das cortinas.


E eu estou aqui até hoje desesperada querendo dar um abraço nela. Por toda essa sociedade que nos obriga a ser fortes quando tudo o que a gente quer é chorar. Por muitas vezes termos que levantar da cama todos os dias e responder a todos os bom dias e dizer que sim, está tudo ótimo. Quando a gente só quer morrer. Por ter milhares de pessoas todos os dias no Facebook fazendo competição de quem é mais feliz pra exaltar, na maioria das vezes, exatamente o contrário do que se passa por dentro deles. Obrigação de estar bem. Tristeza é guardar no coração, trancada a sete chaves, uma mágoa que não se pode expressar. Não se pode conversar a respeito, não se pode nem chorar. Porque isso é sinal de fraqueza. "Nossa, mas há tempos você já devia ter superado isso". Quem disse? Quem disse que tem tempo pra superar fatos? Quem foi que disse que os três dias que a lei trabalhista dá para luto por morte de familiar são suficientes pra chorar e se recuperar do ocorrido? Quem foi que inventou esse negócio de passar corretivo no rosto pra esconder as olheiras de uma noite mal dormida? Quem foi que disse que a gente tem obrigação de ser feliz?

Chorei junto com Lidia.


Filme "As Canções", de Eduardo Coutinho, foca o cancioneiro brasileiro e 18 personagens. Traz depoimentos que explicam escolhas de músicas como trilhas de suas vidas. (...) O melhor está na história que cada um conta pra explicar porque aquela determinada canção é a trilha da sua vida. (...) Não há grandes peripécias a contar nestas vidas, todas muito comuns e parecidas com a da platéia que as verá. (fonte)



E, fazendo da voz do Queimado as minhas: "quem não gosta de música não tem lembranças."


Mas gente. E o RAMON então? Tô chorando até agora.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sobre o dia que eu fui pro Inferno.

Tudo começou com um e-mail. Pessoa amor mandando escrito "estarei em São Paulo e aviso que na sexta quero ir no Inferno. Se alguém quiser me acompanhar, agradeço." Eu, encantada com o nome do lugar, pesquisei a respeito. Inferno. Um bar na Rua Augusta, a rua mais promíscua de São Paulo. Um inferninho, pra ser mais precisa. Topei.

Já na mesma hora, mandei mensagem pra outra pessoa amor: "vou pro Inferno e preciso da sua companhia, pessoa acostumada a ir pra lá, pra me proteger. Vai tocar rockabilly." Rockabilly no inferno. E eu já imaginei diabinhos com topetes balançando as cadeiras à lá Elvis Presley. Fato que a primeira interessada em ir para o Inferno se interessasse pela banda que ia tocar rockabilly. O gato dela se chama Elvis.

Eu, interessadíssima em ir pro Inferno, me dividi ente a curiosidade de frequentar um ambiente na Rua Augusta (visto que seria a primeira vez já que Renata e Rua Augusta são opostos que não se atraem) e à emoção de estar em um lugar que tocasse rockabilly. Porque veja bem que nessa vida eu frequento bares que tocam rock, mas já estive em samba, pagode, reggae, sertanejo (funk não que funk é demais pra minha pessoa). Mas rockabilly, gente, eu nunca tinha ido. E meu imaginário a respeito de como seria um lugar assim corria solto.

Era ainda durante a semana quando eu recebi um sms falando a respeito de colocar nome na lista da balada. E, cheia de emoção, mandei um sms dizendo "seu nome já está na lista do Inferno." E então que na sexta o moço da oficina quis ficar com o meu carro por lá. E eu cheguei suplicante "mas moço, eu preciso do meu carro, preciso ir para o Inferno no fim de semana!". Ele atendeu prontamente, meio incrédulo na situação, meio com medo de perguntar a respeito. E eu em meio ao compartilhamento de informações com as amigas virtuais no Facebook: "gente, hoje eu vou pro Inferno!" e elas: "ah, eu também queria!!", ligava para as amigas reais e dizia "já peguei o carro pra podermos ir confortáveis para o Inferno!"

Sexta feira à noite, nós no inferninho da Augusta, saídas do Violeta (bar de nome muito meigo para a localização), descendo a rua. E o Inferno demorava a chegar. Amiga amor abordou um segurança: "moço, onde fica o inferno?" e ele: "é só descer!" e pensamos que bom. Pra baixo é sempre o caminho do inferno, claro. Que pergunta. E então eu recebi a ligação: "oi, você tá demorando pra chegar, eu estou aqui na porta do Inferno usando um vestido de oncinha, tá?". E eu ri. Ri desde o começo da sugestão de lugar, ri internamente até chegar lá na porta. Do Inferno. Onde o segurança abriu pra nós a porta pesada dizendo "sejam bem vindas ao Inferno e aproveitem." (e eu lembrei nitidamente do episódio da minha vida em que fui no Castelo dos Horrores do Playcenter). Mas não, ali era só o Inferno. E eu nunca tinha ido em um lugar com o nome tão legal. E nunca tinha sido tão divertido contar para as pessoas que eu estava indo em uma simples balada.


E gente, o Inferno é lindo. Com as paredes revestidas de tecido de oncinha e grandes cortinas vermelhas, lá dentro é a oitava maravilha do mundo. E toca Foo Fighters. E Metallica. E Ramones. E Elvis Presley, claro. E Elvis Costello também. Lá, no Inferno, tem mais mulher do que homem. Porque a entrada para mulheres é vip. Mesmo assim, tem sofás. Muitos sofás. E poucas pessoas. Na verdade, no Inferno tem espaço suficiente pra você se jogar na pista e dançar com os braços abertos. E mexer as perninhas e os braços tatuados arriscando o twist mais desengonçado que conseguir. Sem encostar em ninguém.

No Inferno toca uma banda de rockabilly que se você fechar os olhos se vê em 1950. E tem a impressão que ao abri-los vai ver todo mundo de rabos de cavalo e fitas no cabelo e saias rodadas. E rapazes de brilhantina no cabelo, camiseta branca e jaqueta de couro. E bebendo Heineken, porque é só esse o drink que servem lá no Inferno. E se você sonhar mais um pouco, capaz de enxergar John Travolta cantando pra você ♪ Summer days drifting away, to oh oh the summer nights..



Eu, que cheguei no lugar pensando encontrar mulheres de biquínis dançando com cobras que se transformariam em demônios vampiros à lá Tarantino em cerca de minutos, saí encantada com o bom gosto da pessoa em escolher um lugar tão legal pra irmos. E tão improvável. Tão escondido. E tão vazio. Porque o gosto musical das pessoas para lá em cima, na Augusta, no purgatório, no black music, muito antes do Inferno. E, minha gente. Se no inferno for mesmo tudo isso lindo assim e ainda tocar rock... meu nome já está na lista.


Inferno: recomendadíssimo.



PS: Detalhe considerável: Anna Vitória, a caçulinha, me contou que foi barrada na porta do Inferno por ter voz de neném ♥. Portanto, caso queira se aventurar, certifique-se antes que você está compatível com o lugar.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Sobre Zumbis

Eu gosto de zumbis. Sei que para o mundo sair da onda dos vampiros deu-se mais ênfase aos zumbis em 2010, mas foi exatamente ontem que eu estive pensando no assunto. Pensando em zumbis. E eu vou com a cara deles, sabe? Nem é uma coisa assim recente que eu estou na modinha nem nada. E assim como meu gosto por vampiros vem desde a época de Entrevista com Vampiro (muuuuito anterior a Crepúsculo e The Vampire Diaries e True Blood), meu gosto por zumbis vem de tempos já. E eu acho bom gostar de zumbis. Tipo que não sinto aquela vergonha alheia que sinto sempre que assisto filmes com ETs. Aquela decepção fora do comum que eu senti quando assisti Independence Day. E em Contatos Imediatos de Terceiro Grau. E em 2001: Uma Odisséia no Espaço. E sei lá, O Milagre Veio do Espaço e Cocoon são belezinhas porque são clássicos de Sessão da Tarde dos anos 80 e E.T. é de Spielberg, mas eu tenho cá comigo a opinião de que talvez tenha feito sucesso só pela excelente atriz que Drew Barrymore já era, apesar de não ser dela a célebre semi-frase "et-telefone-minha-casa", então não consigo considerar como sensacionais esses três filmes sobre extraterrestres. Assim como MIB, não são filmes sérios sobre o assunto. E eu ainda não assisti Distrito 9, mas por toda a minha experiência em Guerra dos Mundos (o filme só foi bom porque no cinema eu estava fazendo algo melhor do que assisti-lo) e, meodeus, Sinais (100% de decepção depois que aparece o et), devo dizer que sempre vou achar filmes com extraterrestres ridículos. Porque eu acho, sabe? E esse é só o grande motivo pelo qual eu nunca na minha vida assisti um episódio sequer de The X-Files, apesar de saber que todo mundo ama. Eu ODEIO filmes de extraterrestres. Mas ok, toda regra tem sua exceção: toda a trilogia (ou quadrilogia) de Aliens está no topo da minha lista de melhores filmes de todos os tempos. Tia Sigourney Weaver arrasa (e está no topo da minha lista de melhores atrizes). E bom.. Star Wars é um filme sobre extraterrestres também, não? (Sou fã do Chewbacca e do Jar Jar, precisava falar deles! xD).

Mas esse post é sobre zumbis. E eu devo dizer pra vocês que, na minha opinião, um dos melhores filmes de terror de todos os tempos é Madrugada dos Mortos (claro, depois de Poltergeist, em uma época em que Carol Anne já morria de verdade enquanto Samara ainda fazia curso de teletransporte poço-televisão). Sei que eu penso muito, muito mesmo, sobre como seria se o mundo acabasse em zumbis e eu ficasse presa em um shopping. Acho sensacional a sensação de pensar que tem que ser um shopping que tenha um mercado (de preferência Pão de Açúcar - porque lá tem ketchup Heiz) e uma livraria tipo Cultura ou Saraiva. E tá, que uma loja de colchões também é importante. E aí ôpa que eu resolvi procurar aqui agora no Google qual seria o shopping mais simpático para minha estadia caso o mundo acabe em zumbis e achei: Shopping Villa Lobos. Com Pão de Açúcar e super Livraria Cultura, cujos dvds eu poderia muito bem assistir lá no Cinemark, e ainda de frente para o Rio Pinheiros, para os dias que eu quiser treinar tiro-ao-zumbi-no-rio sentada no telhado do shopping.

Daí que eu estava ontem lendo o post dele e me lembrei de outro filme sensacional no quesito "o mundo acabou em zumbis e só sobrou você": Eu Sou a Lenda. Claro, com zumbis ridículos e o ridículo efeito computadorizado, mas mesmo assim a idéia geral é bacana. Mas sei lá, pra mim essa coisa de ficar em casa com o cachorro ouvindo Three Little Birds e poder sair na rua mas correr o risco de encontrar um zumbi de computação gráfica a cada sombrinha talvez seja meio que depressivo demais. Viver perigosamente não é comigo, eu ainda ficava com o conforto do shopping center. E eu não sei exatamente porque nunca assisti os clássicos A Noite dos Mortos Vivos, A Volta dos Mortos Vivos e Despertar dos Mortos, e apesar de [REC] ter deixado muito a desejar no quesito 'filmes bons de zumbis', Resident Evil é um filme muito legal com zumbis muito legais - mesmo sendo baseado em um jogo (porque filmes baseados em jogos são ridículos e vice-versa).





E se nunca na minha vida eu assisti um episódio de The X-Files, devo dizer pra vocês que assisti o primeiro episódio de The Walking Dead assim que saiu a legenda em português pra baixar. E que apesar de ter tido só 6 episódios na primeira temporada, assisti cada um semana após semana e não vejo a hora de começar a segunda. Claro que, em matéria de séries nada supera a minha paixão por Lost (salve-salve!), mas espero muito-muito-muito mesmo que The Walking Dead cresça no quesito trama e qualidade tanto quanto. Não que precise de muito: os primeiros minutos do primeiro episódio da primeira temporada foram os melhores e fundamentais para que eu quisesse assistir a série. Tanto, que a vi em casa, sozinha, no computador, à noite e de costas para a porta. E gente, mudando de pato pra ganso mas ainda me mantendo no assunto séries de tv: e o episódio SENSACIONAL da sétima temporada de House com seus companheiros zumbis??? Desculpaí pípou que minhas séries preferidas passam longe de tramas cotidianos sobre relacionamentos pessoais. Na próxima encarnação prometo vir meiga. ;)

E o que dizer de meus aplicativos de iPhone? O primeiro que eu baixei foi ZombieBooth, que transforma fotos normais em zumbis, que rosnam e se mexem e mordem seu dedo quando você coloca na tela. Daí que a primeira foto tirada no meu iPhone foi minha. E fui transformada em zumbi, linda-linda. E o plus: é possível transformar todas as fotos de todos os contatos do telefone em zumbis. Sensacional. E seguindo meu gosto por zumbis, o primeiro joguinho que baixei no iPhone se chama Angry Zombies, em cujo qual eu já transformei toda a população do mundo todo, dividida por países, em zumbis. E devo dizer: o Brasil foi o mais fácil.





E, como esquecer: dia desses a amiga comentou que queria que tocasse Don't Stop Me Now, do Queen, em seu velório. E eu, LÓGICO, comecei a pensar qual música queria no meu. Rá, adivinhe. Qual mais teria feito tanto parte da minha vida e, em meu velório, seria tão legal por ser tão real? Não demorei a dizer. No meu velório vai tocar Thriller, galera. Vão treinando a coreografia pra me acompanhar!


Michael, querido. Agora que tava bom pra levantar do túmulo e fazer dancinha, hein?




Em tempo: eu não hesitaria em fantasiar meus filhos desse jeito (a primeira é a melhor).

E mais: isso deve ser pecado. Mas eu tinha que compartilhar.





Tão fofo o meu blog, né? xD


PS: Preciso URGENTE de uma festa pra ir fantasiada de zumbi.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Sobre Heróis

Heróis não são aqueles que usam capa. Que vêm de um planeta distante e dotados de poderes que aqui na Terra são superiores aos nossos. Em terra de cego quem tem um olho é rei e portanto esse tipo de pessoa não seria herói lá na terra dele e com indivíduos com poderes como os dele. Não se é herói quando se veste a cueca por cima da calça. Nem quando se é picado por um bicho qualquer e passa-se a ter alguns sentidos a mais que humanos. Não se é herói quando se participa de experiências tecnológicas. Quando se insere equipamentos dentro de simples humanos para torná-los diferentes. Não dá pra ser herói quando se é diferente. Não dá pra ser herói quando seu disfarce é um óculos sem grau e um pega-rapaz que não muda quando você veste seu grande uniforme de super. Não dá pra ser herói usando uma roupa azul e vermelha. Não se é herói quando se é um deus (por mais bonito que você seja). Não se é herói quando a arma que você usa vai além dos precedentes físicos e intelectuais superiores aos das pessoas que você salva. Superpoderes não são armas de heroísmo pra ninguém. Fica fácil assim. Não se é herói quando você tem um anel verde que te faz ser dono do mundo. Nem quando você usa simplesmente uma tanga e tudo o que você tem que salvar é um bando de macacos na selva. Não dá pra ser herói quando você usa uniformes fake à lá Restart, um de cada cor. E combate grandes monstros feitos de plástico e ar, tipo João Bobo em formato de Godzila. Não dá pra ser herói quando você é um fantasma. Ou um espectro. E você também não é um herói quando nasceu um tremendo filhinho de papai com a língua presa e pra conseguir combater o mal você sai comprando os vilões usando uma máscara com chifres. Não se é um herói se você corre pra caramba a ponto de ganhar as maratonas dos competidores da Etiópia. Não se é herói se a água te dá super poderes além daquela leve sensação de renovação que todo humano tem quando sai do banho. Não se é herói se você é feito de pedra (a não ser que o que você tem que salvar são pedras). Nem se fica verde e dobra de tamanho e sai pisando nas pessoas pela rua quando está nervoso - eu também se dobrasse de tamanho faria uma coisa tipo essas. Não se é herói se você passou por uma mutação genética. Hoje você tem mais poderes que os outros, mas amanhã pode nascer gente com mais poderes que você. Não se é herói se você acha uma máscara feia de madeira e coloca aquilo na cara e fica com aparente mais inteligência. Você não é nada sem esse adereço. Não se é herói se seu cosmos é mais coloridinho que os outros e você tiver que ser selecionado para um exército do zodíaco e usar armaduras ridículas pra lutar com outros personagens ridículos em uma série que não mostra nem a luta em si pra ficar com menos slides e ser mais barato pra vender. E se você tiver que sair catando esferas do dragão por aí, adivinha: você também não é um herói.

Herói é aquele dotado de habilidades cujas quais não diferem em nada dos seres a serem salvos. Herói é aquele que se destaca de cueca por cima da calça e uniforme em cores berrantes, em uma população que também usa cuecas por cima da calça e uniforme com cores berrantes. Herói é aquele que sem poder sobrenatural nenhum utiliza de sua inteligência, sua determinação, seu objetivo.. para fazer a diferença. Herói é aquele que não se exibe. Não sai ridiculamente mostrando suas teias de aranha pra qualquer rabo de saia que passar por aí. Herói não é aquele que voa pra impressionar garotas. Herói é aquele cara que sofre calado. Que morre por alguém sem anunciar que faz aquilo. Sem querer os louros da vitória. Sem se mostrar superior. Herói é aquele cara comum que faz coisas que ninguém entende porque ele não faz questão que entendam. Herói é aquele que não quer ser reconhecido. Que não quer ser pego em ação. Herói é aquele que mantém seu heroísmo mesmo quando seu motivo de ser já não existe mais. Herói é um cara foda. Um cara aparentemente não importante. Um cara que não se importa em ser odiado, em ser estranho. Em não ser principal. Em não aparecer em cartazes de exibição. O herói não se importa em não ser personagem secundário. Mesmo sendo, no fundo-no fundo, o personagem principal.

:~

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Final Feliz

Tou cansada. Cansada de todo mundo dizer que a vida é uma merda. Não que eu não concorde com isso. Eu concordo plenamente e assino embaixo. Só acho que a gente não precisa sair falando. A vida de todo mundo é uma merda. Se não aqui, acolá. A grama do vizinho também não é tão verde assim, vai por mim. E você só está vendo tudo verde por lá porque ele comprou uma daquelas luzes noturnas. Aquelas que deixam até os caules das árvores verdes. Não, a grama dele está mais pra acinzentada. Aposto.

A vida é uma merda mas a gente não precisa bater na mesma tecla. Não precisa ficar passando e repassando a limpo aqueles mesmos erros. Não precisa ficar vivendo e remoendo tudo de novo. Admita que a merda está ali. Você pisou, saiu fedendo, deu uma respingada na barra da calça. Mas levante a cabeça e vamos partir pra outra. Não precisa ficar lembrando o dia inteiro que você está com a barra da calça respingada de merda. Dá pra viver sem olhar pra baixo, vai.

Faz um tempo já que eu decidi que só vou assistir filmes que tenham finais felizes. Vocês que assistiram meu vídeo dos dvds devem ter ouvido. Não que eu não ache bons filmes como Doce Novembro. Ou Um Amor Para Recordar. Eu acho sim, gostei de assisti-los. Mas eu não preciso sair do cinema depressiva. Não preciso sair achando que no final tudo vai dar errado. Não preciso sair chorando porque eu pisei na merda logo cedo e daí respingou na barra da calça e então agora no fim do dia eu lembrei disso e fiquei descontroladamente histérica.

Eu entendo que muita gente sai assistindo só filmes que todo mundo morre no final, ou que nada dá certo. Ou aquele tipo de filme de romance que o amor é impossível e eles ainda esfregam na sua cara que é impossível mesmo e que você é uma idiota em acreditar que alguma vez pudesse ter deixado um milésimo de ser impossível. Eu sei que o mundo está cheio de desilusões. De desafetos. De desapegos. E que a mínima vontade de querer ser feliz pode ser ridícula. Mas eu já acho que a vida é tão difícil, que a gente fica aqui se envolvendo e se enrolando em coisas tão ínfimas e que nos fazem sofrer tanto. E que nossa, como a gente consegue enumerar melhor nossos fracassos e tristezas do que nossas alegrias. E eu entendo que a grande maioria da população já tá nadando na merda mesmo e prefere continuar ali mesmo nas horas que deveriam ser válvulas de escape. E que preferem assistir os noticiários da tv toda noite cheio de tragédias e ver filmes e saber de histórias cheias de dissabores, pra não dar nenhuma vontade de melhora na vida, que é sempre tão traiçoeira.

Não concordo não. Eu acho que dá muito bem pra esquecer da vida assistindo 2 horas de um filme que me transporte pra lá. Pra que eu saia do cinema pensando que dá sim pra fazer uma forcinha pra vida real melhorar também. Que tudo vai ter jeito. Que tudo vai dar certo. Esperança é a palavra.

Ontem eu fui ver um filme que teve final feliz. E saí assim.


... e se até eu, que ouço gente me pedindo pra ser mais boazinha com os outros (e preciso sair mendigando por candidatos para levar as alças do meu caixão quando eu morrer), consigo gostar de filmes com finais felizes e sair da sala do cinema apaixonada... por que você não?


PS: Para os possíveis perguntadeiros, fui assistir Qualquer gato vira-lata. Sem aventuras, sem efeitos especiais, sem ação, sem ficção, sem grande fotografia, sem grande figurino. Apenas simples. E feliz. :)





... mesmo com música de Mallu Magalhães e Marcelo Camelo de plano de fundo.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

DVDshelf Tour

Atendendo a pedidos de incorporação em um post, minha estante de livros (em 3 partes). :)





* Pra quem ainda não viu e quiser ver a minha estante de livros, postei no dia 24/04/2011. ;)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Sobre o Thor

Eu podia dizer que o filme é bom. Podia dizer que os efeitos especiais são legais e que eu gosto disso. Podia dizer que é um personagem da mitologia e que isso também me agrada. Podia dizer que fiquei feliz em ver a Natalie Portman em um papel meramente secundário, porque convenhamos que ela estudou em Harvard, foi casada com Darth Vader, ganhou Oscar e agora já chega de tanta exposição. Podia dizer que Anthony Hopkins estava muito bom, apesar de não ser estrela principal. Podia dizer que o estilo Marvel + herói não banana + humor me agradam muito. Podia dizer que eu ri bastante, do início ao fim do filme. Podia dizer que as 2 horas cravadas de filme passaram como poucos minutos, tamanha a minha empolgação em assisti-lo.

Tudo isso seria verdade. Mas não seria bem o que eu queria dizer.

Queria dizer que Ô UM THOR DESSE LÁ EM CASA, viu!



Aiai.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O meme que me tirou o sono

Ai, gente.

Eu não sei ainda se estou preparada ou não para dar meu veredicto (jura que essa palavra ainda tem c ?) final. O que eu sei é que desde anteontem à noite quando a Anna me indicou pra fazer o meme, que eu não consegui pensar em outra coisa. Também não consegui dormir direito. Mas eu explico: Anna Vitória, a bochechinha rosada (minha referência a meninas com menos de 18 anos - veja lá embaixo no fim da página o tanto de bochechinhas rosadas que me seguem!) mais nova (de idade!) e mais antiga (de leitora!) deste meu blog, e que, mesmo tendo metade da minha idade (olha aqui a minha ruga!) é uma das pessoas mais cinéfilas que eu conheço. E pior: não é cinéfila no sentido de sair assistindo todo blockbuster que sai no cinema não. Ela é cinéfila daquelas pessoas que chega na prateleira escura e escondida das locadoras, em busca daqueles filmes que ninguém vê e que é sorte se estiverem sem mofo (ah é, o negócio agora é dvd - e eu acho que dvd não pega mofo. Mas Anna Vitória devia ter vivido na época das fitas VHS, porque é a cara dela!). Anna assiste a filmes da época de 30 e é uma menina das antigas, mas também à frente do seu tempo: pois sabe que quase nada se cria e tudo se renova - e se hoje há grandes best sellers do cinema, a maioria só o são porque fazem referência à filmes feitos lá atrás, na época de nossas avós.

Repara na responsabilidade. Na minha responsabilidade, como mulher adulta e madura [não] e com o dobro da idade dela, de fazer uma lista de 10 melhores filmes de todos os tempos. Repara no meu peso nas costas em honrar 31 anos na cara não só de opinião, mas também de termos técnicos em diretoria, figurino, efeitos e tudo o mais que Anna Vitória, 16 anos, aparentemente uma adolescente com atitudes, gostos e argumentos adolescentes [não], tem de bagagem cinéfila nessa vida. Devo dizer que, anteontem quando eu li no blog dela a respeito da minha intimação (porque foi assim que eu me senti) toda a minha noite de sono ininterrupta se esvaiu sob meus dedos. Porque a partir daí, cada piscada de olho que eu tive durante a noite na tentativa de dormir, a cada viajada característica de alguém que está pegando no sono que a minha mente dava, de repente eu acordava aos pulos gritando TAL FILME! MEU DEUS, NÃO POSSO ESQUECER DESSE! Dormi com uma prancheta com papel e lápis ao lado da cama, tá Anna Vitória? Mas antes que você, Anninha querida, se jogue por aí de qualquer ponte de remorso (duvido) por ter me selecionado para uma tarefa que me deixou tão nervosa acabando assim com todo um futuro brilhante cheio de gostos e opiniões tão peculiares e tão ricas que com certeza está por sua frente, eu digo que tenho metade da culpa no cartório.

Tenho culpa sim. Porque eu não sei nem o que eu comi ontem. Porque meu irmão está aí pra provar pra quem quiser saber que eu quando começo a contar sobre um filme 'sabe, aquele lá?', se eu souber o título é lucro. Se eu acertar o nome do protagonista, idem. Mas não, você NUNCA vai me ver contar um filme e permanecer fiel à ele do começo ao fim da história. Eu NUNCA começo e termino contando do mesmo filme. Eu embaralho tudo o bagulho sem perceber e você é capaz de sentar pra me ouvir contar de Bastardos Inglórios e terminar me ouvindo dizer que "então Nemo encontrou seu pai e foi feliz pra sempre". Juro. E eu sou mesmo da comunidade 'Misturo Histórias de Filmes - pede pra sair, Zé Pequeno!' do Orkut. Mas em minha defesa eu posso dizer que isso não é coisa da idade. Eu sempre fui assim. A diferença é que quando eu era menor e ia contar de algum filme, chegava no fim da história eu dizia "ah, esqueci, lembra daquela parte lá do começo?" e então eu incluía mais alguma parte super importante que havia esquecido e então o coitado que começou a ouvir a história saía até meio tonto e sem entender nada quando terminava a conversa. Mas agora eu não conto mais filmes não. Agora se você conseguir a proeza DE EU ME LEMBRAR qual filme era o que e em qual acontecia o que e com quem já é um grande avanço da minha pessoa. Concluindo: se eu não sei nem o que comi ontem, como vou conseguir me lembrar dos 10 melhores filmes de todos os tempos na minha opinião, e ainda: como vou ter certeza que aquela parte fantástica daquele filme sensacional pertence mesmo ao título que estou pensando que pertence? Não é fácil essa minha vida, eu tenho a sensação que alguém chegou nos arquivos da minha memória, pegou todos os papeizinhos organizados de maneira tão perfeccionista (meu ascendente é virgem, oras!), pegou todos assim com as mãos e jogou tudo pra cima igual a Xuxa fazia no programa com as cartas gritando "Êêêh!" sabe? Não, você não sabe, eu sei.

"Por que você aceitou o convite então?" - eu ia perguntar se esse texto não fosse meu e se eu fosse uma terceira pessoa lendo isso. E então eu te respondo: porque eu quis. Aceitei porque, diferente de Anna Vitória e Rob Fleming (que ela conta a respeito no post), que esperaram a vida toda para que alguém lhes perguntassem 'qual é sua lista dos 10 melhores filmes de todos os tempos?", eu sempre tive um certo pavor à essa pergunta. Porque eu tenho opinião sobre quase tudo na face da Terra, eu sou uma pessoa extremamente pensante e descobri semana passada no Soletrando que eu tenho enxaqueca porque meu cérebro é hiperexcitável. E eu nunca soube disso assim oficialmente, mas no fundo, no fundo eu sempre soube que é. Meu cérebro é hiperativo. Ele não para um segundo. Ele tem quase que vontade própria e consegue não só comandar meu corpo fazendo várias coisas ao mesmo tempo mas ainda consegue pensar em muitas coisas ao mesmo tempo. E isso não é uma coisa assim rara não. É todo dia. O tempo todo. Dormindo, inclusive. Eu tenho em média uns 5 sonhos por noite, todas as noites. Que a Superinteressante já falou que a gente só lembra um terço de nossos sonhos, mesmo assim a gente só lembra mesmo se forem importantes. Conclusão, tenho 15 sonhos por noite. Todos importantes pra mim, porque geralmente eu lembro quase tudo. E mais: dizem eles que pessoas que têm pesadelos mais de 3 vezes por semana é porque o cérebro se prepara para lidar com situações. Que um dia, quando acontecerem, se acontecerem, a pessoa vai saber quais as melhores atitudes a tomar porque o cérebro a treinou durante seus pesadelos conforme a vida foi passando. Eu tenho em média 5 pesadelos por semana. Ôpa que se eu dedicasse ao resto do meu corpo todo o empenho que meu cérebro tem por si só não ia ter gostosa sarada no mundo que me encarasse.

Voltando ao assunto, meu cérebro é hiperexcitável e sobre quase tudo no mundo eu tenho minhas opiniões. E sendo interessada em músicas, filmes, livros e cultura, eu tenho minhas preferências e rejeições. E já tentei, muitas vezes mesmo, fazer minha lista de melhores filmes, mas nunca consegui. Porque meus melhores livros, minhas melhores músicas, meus melhores jogos, eu tenho tudo lá guardado. Eu tenho minhas bibliotecas reais de livros, de cds. Provas concretas de meus gostos, que me lembram todos os dias de minhas referências. Mas filmes não. Filme pra mim é uma coisa que tem demais, muitos, muito parecidos, muita variedade. E então você vai me dizer 'mas música também!'. É. Só que música não é uma coisa complexa. Música você não precisa ficar 2 horas assistindo, analisando, se emocionando ou odiando alguma coisa. Música dura 3 minutos e é aquilo: ou você gosta ou não gosta. E elas estão aí todo dia pra te lembrar, no rádio do carro, nas mp3 do computador, nos carros de som na rua, na balada, no bar ou alguém que passa cantando. Música é uma coisa constante na vida. Música você ouve um pedacinho e já sabe qual é. Filme não. Filmes são lançados, você assiste, gosta, e depois vai assistindo e assistindo e assistindo outros e então a variedade é tanta... que eu me perco. Um belo dia eu não me lembro mais. Então não sei mais dizer se esse filme que eu vi ontem no cinema é melhor que aquele que eu assisti há 20 anos atrás na Sessão da Tarde. Porque aquele eu sei que também gostei, mas nunca mais o vi. Talvez eu tenha gostado porque eu era uma criança de 10 anos na tranquilidade de uma tarde vendo tv e que gostaria de qualquer filme nessas condições, por pior que fosse. Mas talvez eu tenha gostado porque era realmente bom. Mas como saber? Assistindo de novo. E então você não acha que se eu começar a rever todos os filmes que já assisti e já gostei em alguma fase da minha vida, quando terminar de assisti-los eu vou voltar à minha estaca zero e não lembrar do primeiro? Eu acho. Por isso eu nunca fiz uma lista de meus melhores filmes. NUNCA. Lá no meu perfil do Facebook eu tenho alguns filmes que gosto, mas até a sugestão da Anna pra eu fazer um meme eu não sabia se eram os melhores. Até ontem eram só alguns filmes que eu gostei. Por isso cheguei à conclusão que, passada a hora de eu ter uma opinião concreta sobre isso, é um convite que já veio tarde. Temido, sim. Mas necessário. E está na hora de enfrentar esse problema de frente e saber dizer quais são os 10 melhores filmes de todos os tempos na minha opinião.

Mas então. Se eu mal sei associar nome de filme com ator protagonista, imagine se eu sei lá quem é o diretor, ano ou em que é baseado. Não, não sei. E pra quem como a Anna ficou na expectativa de saber quais eram os filmes da minha lista por causa do tamanho do meu nervosismo e da minha dedicação em tentar lembrar de todos os meus preferidos, olhando várias vezes minha modesta coleção de dvds, a lista dos melhores filmes de todos os tempos no Google ou ainda perguntando para o meu irmão quais são os 10 melhores filmes na opinião dele (nenhuma das pesquisas foi para me influenciar, e sim para me LEMBRAR de meus filmes) e sabendo que ainda tive vontade de pegar meu papel e caneta e passar uma tarde lá na locadora catalogando os filmes, caiu do cavalo. É. Porque dependendo do tanto de tempo que você me lê e do tanto que me conhece deveria saber que eu não vou fazer uma baita lista digna de qualquer exigência e pra ninguém botar defeito. Não, não vou. Não vou sequer mencionar, na minha lista de 10 melhores filmes de todos os tempos, algum que tenha ganho ao menos um Oscar. Não. Nada contra premiações nem nada do tipo, eu também não sou do tipo alternativo e que gosta daquelas coisas que ninguém vê. Eu sou toda integrada nos lançamentos, nos hollywoodianos, naquele sucesso que todo mundo está falando. Eu ainda não fui ver o Black Swan porque todo mundo falou e porque depois do Oscar deve ter ficado aquela multidão de gente sentando uns em cima dos outros no cinema, mas assim que sair pra alugar eu vou sim pegar e assistir no conforto do meu lar. Porque todo mundo falou, todo mundo viu. E eu também quero saber do que se trata e ter a minha opinião.

Mas apesar de saber que um top 10 melhores filmes influenciará a opinião de vocês a meu respeito (as pessoas sempre gostam de 'gostar' do que é mais bem cotado), eu não tenho uma lista com grandes obras. Não tenho porque não sou apegada a grandes detalhes, a melhores direções ou atuações. Não presto atenção se foi uma história do além ou se foi sucesso de crítica. Pra mim um filme bom é um filme que eu gostei de assistir. Ou ainda, que fez parte da minha vida em algum momento. Não importa muito se foi o maior romance mela-cueca e com atores de quinta ou se foi um grande sucesso de efeitos especiais com grandes nomes ou baseado em fatos reais. Um bom filme pra mim é um filme que me emociona. Que me deixa pensando nele depois. Que faz com que os anos passem e eu continue com vontade de revê-lo e que, apesar de todo o meu esquecimento e confusão cinéfila do meu cérebro, eu ainda consiga lembrar da maior parte das cenas e encaixá-las como referência em partes da minha vida.

O que eu sei é que, mesmo com a minha simplicidade de escolher filmes que eu considere bons (e que com certeza todo mundo vai ler e pensar que puts, essa mina não entende nada de filmes), mesmo assim foram muito bem escolhidos. E por terem tamanha importância na minha vida (mesmo sendo filmes simplórios e sem nenhum grande valor cultural ou polêmico) ainda assim eu acho que escolhi, aqui dentro de mim, os 10 melhores filmes de todos os tempos da minha vida. Acredito então que eu tenha executado com louvor a tarefa que a pequena (maior que eu) Anna Vitória me passou. Porque mesmo sendo ela tão envolta nos quesitos técnicos do cinema, acredito que saiba exatamente que um filme é um bom filme quando te faz feliz em assisti-lo. E ainda, lisonjeada com o convite para um simples meme em um simples blog (mas com grande valor para mim), eu acredito mesmo que a Anna tenha me convidado justamente por saber que, diferente da lista que a maioria das pessoas faria - baseada em grandes filmes de grande renome (para simplesmente ter os louros de pensamentos alheios do tipo 'óóó, fulano só gosta de filmão') eu estou bem longe de citar filmes para me lisonjear por opiniões que eu não tenha.

Ah, quer saber? Eu ia dividir o post em dois pra ficar mais fácil pra quem lê e tal. Mas eu nunca fiz isso e vou continuar não fazendo. Tá grande, é isso aí mesmo, eu sou assim, se você desistir da leitura tá beleza, se quiser continuar, ótimo. Porque eu ainda tenho uma hora pra escrever essa bagaça e tou super a fim de continuar com a minha empolgação em mais um texto que vai ficar uma bíblia. Ótimo. Continuando:

Eu comecei a bíblia dizendo que não sei ainda se estou preparada para o meu veredicto (continuo não acreditando que ainda tem c nessa palavra) de top 10 melhores filmes de todos os tempos na minha opinião. Mas como eu não dormi direito a noite passada pensando nisso e fiz várias pesquisas para conseguir me lembrar de filmes, eu acho que olhando assim meu papel rabiscado que dormiu comigo durante a noite eu me sinto satisfeita. Talvez daqui algumas horas depois de postado esse texto eu esteja lá no meio da pizza com as amigas e me lembre de algum filme e pense que PUTS, ESQUECI ESSE! Mas por agora, estou feliz com minhas conclusões. Também não sei se daqui algum tempo minhas opiniões vão mudar só porque alguém me contou que o ator principal do filme tal que eu amei foi parar no hospital com uma garrafa enfiada em lugares impróprios (as pessoas fazem isso com meus atores de novelas preferidos) e eu passe a achá-lo nojento e odiar um de meus filmes preferidos até a última encarnação. Mas pensar no futuro nos dá incertezas com relação a tudo na vida e eu me limito a ficar feliz agora. Por hora, Anna Vitória, eu Renata, aos 31 anos de vida e exatamente nesse dia e nesse horário, tenho meu top 10 filmes preferidos de todos os tempos. No presente.

DEZ, eu digo. A lista é feita de dez. Somente. Mas isso não me impede de citar, entrelinhas, muitos outros filmes que eu lembrei no decorrer da execução da minha lista. Memoráveis sim, mas por hora somente coadjuvantes. Vamos lá então:


OS DEZ MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS NA MINHA OPINIÃO: (pense num efeito sonoro tipo o do Desafio do Beakman)

Oi. Vim dizer que eram 10, mas Anna Vitória, a mandante do crime, selecionou 12. Então assim, eu também tenho direito. E mais: a ordem aqui é aleatória. São 12, alguns que eu gosto mais, outros que gosto menos, mas todos me provocaram sentimentos marcantes por motivos diferentes. E sentimento é uma coisa que não dá pra mensurar, né? Preparados?



Dirty Dancing: É frufru, é romancinho, é mimimi, mas eu tinha 7 anos de idade quando ele foi lançado e claro que eu não fui ver no cinema nem nada e deve ter demorado mais uns 3 anos pra eu poder assistir porque só a partir daí é que deve ter começado a passar na Sessão da Tarde. E então eu te digo que eu já vi esse filme MUITAS vezes, que é o filme que pode estar passando na tv pra preencher qualquer horário vago em canal de quinta que, se eu ver que está passando, é lá que eu deixo e só paro de assistir quando o filme acaba. Não importa quantas vezes eu já vi, quanto já passou de filme, se está no começo ou no final. Dirty Dancing é o filme que eu assisto sempre como se fosse a primeira vez e não é nada surpreendente se no fim da dança (eleito por mim o melhor trecho de filme de todos os tempos) você me pegar com os olhos meio marejados. Babybrother sempre que diz "está passando o filme da sua vida!" pode crer que é Dirty Dancing e, apesar de ele não ter razão a respeito de ser o filme da minha vida, numa coisa preciso concordar: entre todos os filmes de música modinha dos anos 70/80, entre Flashdance, Footloose, Grease e Os Embalos de Sábado à Noite, devo dizer que apesar de eu ter em dvd e gostar de todos, Dirty Dancing é pra mim o mais rico em contexto, coreografia, figurino e nos braços largos e fortes que seguram Baby fortemente independente da insegurança da mocinha. Eu sei que o rebolado de John Travolta em Saturday Night Fever é sensacional, mas eu ficava com o abraço do sensacional e imortal Patrick Swayze. Ô se ficava!



Entrevista com o Vampiro: Sabe quando você era criança e ia passar férias na casa do primo de idade igual e então vocês planejavam fazer várias coisas inclusive assistir filmes e então seu primo pegava lá um mesmo filme e passava o mesmo toda semana ou então te esperava todas as férias pra vocês assistirem juntos àquele mesmo filme? Então. Principalmente as meninas, já ouvi muita gente que tinha como tal filme o Dirty Dancing e tal. O meu filme favorito de assistir em todas as férias era Entrevista com o Vampiro. Pra você ver meu nível de meiguice. E se você vai me dizer algo do tipo "também, tem Brad Pitt, Antonio Banderas e Tom Cruise!", eu já me adianto pra te responder: é, tem. E eu confesso que teve uma época que eu era mesmo super fã do Tom (olha eu íntima) e minha música preferida era a de Top Gun, e o personagem dele é realmente o meu favorito do Entrevista com Vampiro, mas eu sempre achei que o Brad se achava muita areia pro caminhãozinho de qualquer pessoa e sinto dizer que beleza, beleza mesmo, nele, eu só vi em Lendas da Paixão. Porque meu negócio é homem com cabelo claro e comprido (oi, Sawyer, te amo!). O bom é que hoje eu gosto do Brad sim, mas pelos personagens muito bons que anda fazendo nos filmes atuais. Brad Pitt se tornou um bom ator, na minha opinião. Mas não bonito. E Antonio Banderas nunca fez meu tipo (só no Zorro, de máscara!), nem faz um personagem de muita importância no filme, então dispenso. Devo dizer que Entrevista com o Vampiro foi meu filme favorito, de todos, número 1, bem por uns 15 anos da minha vida, mas pela riqueza de história. Eu sempre gostei de vampiros e foi esse filme que me fez ter curiosidade pelo assunto. Depois disso, Drácula de Bram Stoker, que eu só vi o real filme esses dias, em 2010, mas JOGUEI MUITO um jogo pra PC baseado nele, com Keanu Reeves ofegando de medo e a voz assustadora de Gary Oldman (prefiro você como Sirius Black, beibe) me assustando com imagens assustadoramente bem feitas para um game em um modesto Windows 98. A partir daí, Crepúsculo (porque nem vale a pena falar de Anjos da Noite e Van Helsing), sua história é bonitinha. Porque no quesito vampiro, vampiro mesmo, eu quero é mais. Ah, quase esqueci: atuação SENSACIONAL da fofíssima Kirsten Dunst, ainda criança, mas talvez o papel mais memorável da vida dela na minha opinião (que Spider Man que nada, gata, o negócio é ser vampira!).



O Sexto Sentido: Sabe. Você até hoje com certeza já assistiu muitos filmes de terror, mas nesse quesito suspense espíritos e tal. Porque eu já assisti. Muitos. MUITOS. Porque talvez esse seja o meu estilo de filmes preferido. Mais que romance. Mais que comédia. Simplesmente porque filmes desse tipo me prendem a atenção de uma forma fora do comum. Mas muitos dele só prendem ali, enquanto estou assistindo. No máximo à noite, quando vou dormir (e por isso nunca mais vi filmes desse meu gênero preferido depois que passei a morar sozinha - oi, sou cagona, beijos.). Mas O Sexto Sentido, um filme que todo mundo deve achar fichinha, nem dá medo nem nada. Mas em mim dá. E dá porque foi o único filme de suspense com fantasmas que eu achei real. Isso aí. Eu disse REAL. Porque quem vê espíritos, quem sente, quem ouve, quem sabe, quem TEM o sexto sentido sabe que é o filme mais real a respeito que fizeram até hoje. E eu nem estou falando daqueles fantasmas gosmentos com a cabeça estourada que aparecem puf assim embaixo do lençol de repente e dá aquele baita susto. Tou falando das sensações do menino que vai dizer eternamente "I see dead people". Aquele frio que ele sente. Aquela sensação que tem alguém olhando. Aquele vento que bate e você arrepia os pelos das pernas. Ó, deixa pra lá. Mas eu te digo que é assim.



Os Outros: Filme que faz parte do gênero que eu já disse ali em cima ser meu preferido, não posso deixar de citar entre meus 10 melhores filmes de todos os tempos. Mas esse não pelo gênero em si, tampouco pela atuação de Nicole Kidman, uma das minhas atrizes preferidas (mas tem atuações melhores em muitos outros filmes) e nem ainda pela minha associação com o real, como falei a respeito dO Sexto Sentido. Os Outros pra mim foi marcante não por um momento específico, como foi O Chamado (e olha que o telefone lá de casa tocou quando o filme terminou) e a cena clássica da mãe de Samara penteando os cabelos no espelho (uma cena coadjuvante como tantas outras, mas pra mim foi a que mais me arrepiou - e a minha mãe conseguiu comprar um espelho igualzinho àquele, sem saber!), mas Os Outros me cativou por ter um desenrolar característico e específico, que faz com que a gente assista ao filme já sabendo um fim certo. Aquele fim que chega uma certa parte do filme e você grita JÁ SEI, os mordomos são os fantasmas, simples! Mas não. A surpresa do final de Os Outros faz com que ele seja, pra mim, um filme rico pela simples inteligência do autor em mudar o óbvio. E repentinamente. E aquela coisa de terminar o filme incrédulo e com a boca aberta porque não era aquilo que você esperava de um fim me deixa excitantemente super feliz em tê-lo assistido.



Os Fantasmas Contra-Atacam (1988): Ah, pípou. Eu sei que vocês nem são dessa época, que nunca devem ter visto esse filme na locadora pra alugar (porque ele não foi remasterizado para dvd e simplesmente não existe mais) e que o mais próximo que vocês sabem do Fantasma do Natal Passado é a versão animada de nome A Christmas Carol (mesmo Scrooged, mas dessa vez em desenho e com atuação pobre de Jim Carrey), que saiu dia desses. E então eu digo pra vocês que eu sou feliz por ter sido criança nos anos 80. Por meu primeiro filme visto no cinema ter sido Um Hóspede do Barulho, e não um filme qualquer da Xuxa e tal. Sou feliz por ter assistido milhares de vezes Os Fantasmas se Divertem, minha primeira paixão de Tim Burton (e a cena FANTÁSTICA do pó que encolhe cabeças - cara, queria MUITO um desse!). Mas nenhum desses se compara a Os Fantasmas Contra-Atacam, aquele lá, em filme, de 1988. Com a atuação sensacional e as maiores caras e bocas de Bill Murray (que me faria gostar muito de Ghostbusters também - além da fantástica Sigourney Weaver, minha eterna Alien favorita!), Os Fantasmas Contra-Atacam é aquele filme que já contei pra vocês que eu passava as tardes discutindo a respeito de cenas com meu tio mais novo, numa empolgação típica de quem começa a entender o mundo com outros olhos. É na cena do Fantasma do Natal Futuro que eu pensei quando fiquei presa no elevador e penso mais em várias cenas desse que com certeza é a obra prima de todos os filmes de todas as Sessões da Tarde que eu já vi até hoje.



Os Deuses Devem Estar Loucos (1 e 2): Daí que comédia não é um dos meus gêneros preferidos de filme e eu já vou te dizendo isso porque uma coisa é fato: eu odeio comédia escrachada. Odeio aqueles filmes pastelões, aquela coisa ridícula, aquele humor óbvio. Não gosto. Eu até dou risada nesse ou naquele filme, na ceninha do Pânico escondido atrás da cortina em Todo Mundo em Pânico ou no Débi se lascando pra fazer a descarga funcionar em Débi e Lóide. Mas não. De maneira geral eu sempre acho que foi mais perda de tempo do que diversão ter parado pra assistir uma comédia. Mas em Os Deuses Devem Estar Loucos (esse ainda existe pra alugar, corre lá!) o humor apesar de ser aquela coisa de acelerar as cenas como era em Os Trapalhões, não é aquela coisa ridícula. É um filme de uma história séria, cheia de dificuldades, em um estilo de vida antigo e primitivo. Que você se pega chorando de rir no final. Simples assim. E é uma coisa meio sarcástica (apesar de ser humor simples) você rindo aqui da desgraça do outro ali no filme, sabe? Humor sarcástico, gente. Eu nasci pra isso!



Kill Bill (mais o 2 do que o 1): Kill Bill é aquele filme que quando eu vejo o comercial na tv eu digo "esse filme é sensacional". E quando alguém me diz que viu eu digo "esse filme é sensacional". E quando eu vejo que tá 12 reais nas Lojas Americanas eu penso "hoje eu vou levar esse outro filme aqui que é um dos clássicos da Sessão da Tarde que tou fazendo coleção mas eu preciso urgente voltar aqui pra comprar esse Kill Bill - porque esse filme é sensacional". Inclusive eu estou pensando agora se devo passar lá pra comprar hoje. Porque esse filme é sensacional. Kill Bill pra mim começou num filme estranho que estreou no cinema e todo mundo foi ver e todo mundo só falava disso. Eu achava o cartaz feio e não fui. Eu achava a capa do dvd feia, então não aluguei. E não lembro muito bem como foi, mas sei que uns longos 3 anos depois que lançou que eu pensei "não tou fazendo nada mesmo, deixa eu ver esse filme feio". E, gente. Uma Thurman passou pra mim de uma reles maria-ninguém para uma fantástica protagonista que nem nome tinha de um filme fantástico e cheio de histórias de superação e poder feminino. E olha que eu sou machista. Mas a força, a perseverança, as lições, a energia, a vontade de vencer e a simples luta por matar para sobreviver de qualquer mulher fazem com que eu me sinta nas nuvens. Uma Thurman virou de "uma atriz loira qualquer lá" pra minha heroína, rainha, toda-poderosa-salve-salve. E esteve linda-linda-linda também como Hera Venenosa no Batman & Robin e Medusa, em Percy Jackson-preciso-comprar-esse-livro. E sabe, Tarantino. Pulp Fiction pode ter sido seu filme mais famoso e com mais repercussão, que eu quando vi achei sem pé nem cabeça e todo mundo me olha como se eu fosse um ET por isso. Mas por Kill Bill, e só por ele... eu te acho um cara foda.



Harry Potter (mais A Pedra Filosofal do que os outros): Porque eu gosto de todos os filmes e livros, mas o primeiro filme, aquele que foi novidade, que saiu no cinema e foi diferente... tem um valor especial pra mim. Vamos lá: nessa época eu era estagiária de informática no SESC, trabalhava no prédio da Av. Paulista, sem piscina, nem esportes, nem cultura. Ali era a diretoria do SESC, todo mundo correndo e engravatado e cheio dos afazeres e com pedidos pra ontem. Nem parecia o mesmo SESC que todo mundo conhece. Daí que eu era estagiária (reparou na palavra? = camelo?) de informática, uma área que possui 80% de profissionais do sexo masculino e, veja bem, eu era a única menina do setor. Única mulher, única estagiária. Em um lugar cheio de homens novos (na faixa dos 25, 30 anos), imagine. Não, se você acha que eu era a musa inspiradora do local, tá enganado. Só é musa quem está na tv, na Playboy ou o homem só encontra de vez em quando. Esposa, mãe, irmã, E FUNCIONÁRIA são todas muito mais pra camelas que pra musas. Conclusão: eu odiava aquele lugar. Eu aprendi muito, muitas coisas que eu sei hoje devo àquele ano, mas eu odiava aqueles meninos mandando em mim e rindo da minha cara por alguma coisa inútil. Se tem alguma coisa que eu odeio nessa vida é alguém rindo da minha cara. Daí que eles liam Harry Potter. Levavam os livros pro trabalho e liam lá. E comentavam do filme quando saiu. E eu odiava Harry Potter como se fosse um dos meus colegas de trabalho. Não queria ver. Coisa idiota. História infantil pra imbecil ler. E não li. Mas saiu o filme. E eu vi o trailer. E então fui assistir no cinema, só assim pra ver como é que era. E então todo aquele mundo de magia, de Chapéu Seletor, de varinhas feitas pra cada um, de Beco Diagonal, de balas com gosto de vômito, de escola para bruxos, de trouxas, e de tantas-tantas-tantas outras coisas, tantos detalhes pensados, tanta imaginação, tanta coisa que faz com que eu queira estar lá. Ouso dizer (e eu sei que vai ter gente que vai me bater) que Harry Potter talvez seja o único filme que supera o livro. Não no quesito boa escrita e detalhes e fidelidade ao livro, mas na imaginação que se teve para tornar a fantasia, tão fantasia, para a versão cinematográfica. Cada coisinha, cada detalhe, cada brasão de escola, cada cor de uniforme, fotos que se movem, cartas que gritam, escadas que mudam de lugar. Cada item que faz com que tudo seja tão completo e tão especial. Eu me apaixonei quando vi Harry Potter e a Pedra Filosofal no cinema. Saí literalmente encantada. E fã fiel da história, já que a partir daí o namorado da época me deu todos os livros que existiam e mais os que foram lançados depois. Mas a minha paixão são os filmes: a Murta Que Geme num banheiro tão cheio de detalhes. Uma poção polissuco aqui, uma penseira ali. Lindo. É tudo lindo. E então eu devo dizer que, sempre fã de bruxas que eu sou, todos os detalhes dos filmes de bruxas que eu já gostava tanto antes do sensacional boom de Harry Potter não chegam aos pés dos detalhes deste. RIP Da Magia à Sedução (menos a parte da lista do príncipe perfeito e da chuva de sapos - linda, linda!), Abracadabra, As Bruxas de Eastwick, Elvira, a Rainha das Trevas e Convenção das Bruxas. Todos perfeitos. Antes de Harry Potter. Obs: MORRA A Bruxa de Blair, o pior filme de todos os tempos lançado nesse mundo. Tá vai. Tirando aquelas cenas lindas de Michelle Pfeiffer e suas súditas em Stardunst, o resto do filme eu achei uma merda. Pior que A Bruxa de Blair.



O Fabuloso Destino de Amélie Poulain: Eu não sou fã de filmes que não são Americanos/Ingleses. Não sei, pode ser um pouco de preconceito. Mas talvez seja porque eu repare mais no som das palavras de um idioma diferente do que no filme em si. E então fico eu ali, reparando nos biquinhos franceses ou nas muitas palavras que se usa a língua muitas vezes do espanhol, ou na agressividade do idioma alemão ou russo. Nos japoneses que não sabem pronunciar o R e eu me pego adivinhando o que dizem e dublando suas frases com coisas nada a ver. Não sei. Se não é filme em inglês eu não consigo prestar muita atenção. Mas Amélie Poulain fugiu à regra. E foi a sensibilidade do filme que me chamou a atenção. A delicadeza. O sutil. A inocência. A mão dela enfiada no saco de feijão, coisa que eu sempre adorei fazer. O gnomo que viaja e tira fotos. Assim como Harry Potter, O Fabuloso Destino de Amélie Poulain é cheio dos detalhes, mas dessa vez sutis. Singelos. É uma narrativa em poema. É uma paquera bonitinha. E tudo é tão meigo. Tão romântico. Tão sensível. Tão leve, tão lindinho. Tão eu lá por dentro, beeem por dentro. Lááá no fundo, onde ninguém consegue ver. Sabe?



Desventuras em Série: Eu não sei se eu já falei que gosto de detalhes. Já? rs. O meu amor por Desventuras em Série começou pelo tom sépia que é dado às fotos do filme. E continuou pela edição de fundos. E enveredou pelo figurino bem elaborado e de época de seus personagens. E por cada detalhe de cada casinha, cada cenário, cada coisinha. E caminhou pelo meu gosto pelo sobrenome. Baudelaire. Eu gosto de quase todas as palavras polissílabas em inglês (eu acho que essa palavra é trissílaba, mas tá valendo). Ainda mais assim, com esse esbanjo de vogais. Baudelaire. É sonoro. E eu colocaria esse nome num gato. E essa, aliada à informação de que se eu fosse americana minha filha se chamaria Violet (porque eu adoro essa cor, esse nome - e jogo Detetive com a Dona Violeta) pode parecer simples, mas é um detalhe de um todo que faz a diferença. E mais: eu tenho um certo gosto por desventuras. Acho que é mais legal. Tenho gosto pelo melancólico. Pelo difícil. Pelas lições retiradas de histórias aparentemente tristes, mas que no fim têm seu valor. Eu fujo de filmes de mauricinhos e patricinhas, cheios de facilidades na vida e que esbanjam tudo. Eu gosto do sofrido. Do chorado. Do esforçado. Mas com finais felizes. E acho que assim, a compensação e os louros da vitória no final são muito mais cheios de valor. Merecer, é a palavra. Mas eu devo dizer o que muito me desagrada no filme: Jim Carrey. Não por ser o vilão ou coisa do tipo, mas meu filho, você já foi melhor. Belos tempos que não voltam mais aqueles de O Máscara, Ace Ventura - Um maluco na África, O Grinch, O Todo Poderoso e O Show de Trumman - eu não gosto de Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças porque assisti num momento não muito legal da vida). Na minha opinião Jim Carrey estraga o filme. Com humor escrachado, que eu já disse que não gosto. Em compensação, tem a LINDA da Meryl Streep. LINDA, assim em caps lock, porque a melhor atuação dela na minha opinião foi em O Diabo Veste Prada, mas o melhor figurino, cabelo, apresentação e personagem.... foi em Desventuras em Série.



Piratas do Caribe (mais O Baú da Morte do que os outros): Oi. Prazer, Renata. Eu gosto de detalhes, de artigos de época, de enfiar a mão no saco de feijão à granel, de palavras polissílabas do idioma inglês, de bruxas, vampiros, e piratas. Não sei, eu tenho problema. Mas eu tou no meu direito. E podia ser pior. Sei que, além de eu nunca ter ido em uma festa à fantasia na minha vida, porém ter o modelo de uma bela fantasia de pirata para mulher aqui no computador para o caso de, nos meus próximos anos de vida (eu devo ter mais uns 50 pela frente), aparecer uma festa por aí. E então tenho aqui, meu modelo, pra mandar fazer. Porque tem que ser do jeito que eu quero. Agora imagina você, eu lá, 60, 70 anos, no baile da terceira idade que um belo dia alguém inventou que tinha que ser à fantasia. Primeira festa à fantasia da minha vida. Eu vou de pirata. Com 60, 70 anos. E eu já vejo gente perguntando se eu sou O BARRIL do pirata. Então. Piratas do Caribe é o primeiro e único filme de pirata que eu saiba da existência. Lindo no quesito detalhes, diga-se de passagem. E o meu preferido entre os três (futuros 4!) filmes é o segundo porque meu personagem preferido de todos os filmes é Davy Jones. O cara com cara de polvo. E eu acho ele lindo. Mas vamos lá: Johnny Depp, seu lindo. Só você pra ser um cara feio (no quesito beleza) e ainda assim fazer com que a galera suspire de paixão. É o charme, eu sei. Fedido, trapaceiro, ensebado, mentiroso e esfarrapado, ainda assim você é um gato. E, aqui vai meu abaixo assinado: Tim Burton, pare de usar Johnny Depp em seus filmes. Porque mano... em todos os filmes de Tim que Johnny é o protagonista... ele é sempre igual! São sempre as mesmas caras e bocas. É sempre o mesmo jeito de falar. É sempre o mesmo tom de voz. Sabe? Johnny Depp é um cara sensacional, Tim Burton um diretor genial. E eu fui a-pai-xo-na-da por Edward Mãos de Tesoura. E poderia ter sido também por A Fantástica Fábrica de Chocolate (apesar de amar o original, de 1964), Sweeney Todd, Alice no País das Maravilhas (parênteses necessário para que eu possa ressaltar a SENSACIONAL Elena Bonham Carter, que assim como Johnny Depp, ficou presa a mais da mesma Bellatrix Lestrange, mesmo figurino e mesmo penteado descabelado em outros filmes de Tim Burton. Em Alice no País das Maravilhas, Elena se libertou e foi fantástica (e irreconhecível) na caracterização da Rainha de Copas, meu personagem preferido!). Eu poderia ter sido apaixonada também por esses filmes, que são cheios de figurinos e detalhes, do jeito que eu gosto. Mas tudo que eles têm é mais do mesmo Johnny Depp de Tim Burton. Sabe, enjoei. Piratas do Caribe não é um filme de Tim Burton, e por isso mesmo é o meu preferido de Johnny Depp. Mais solto, mais engraçado, mais que um simples personagem principal. Por isso, pelo humor, pelo figurino, pelo romance, pelas trapalhadas, por tudo mais e, principalmente por Johnny Depp, Piratas do Caribe é um dos 10 melhores filmes de todos os tempos na minha opinião.



Curtindo a Vida Adoidado: Se você chegou até aqui nesse post, já sabe que eu tenho um fraco por filmes dos anos 80. Já sabe que eu sou cinéfila de Sessão da Tarde. E como ser uma cinéfila de Sessão da Tarde sem falar do FANTÁSTICO Ferris Bueller Day's Off? Não tem como. Não tem pra ninguém. Não tem cena de música mais clássica de filme que Ferris dançando Twist and Shout, dos Beatles. Não tem (e nunca vai ter) filme adolescente mais legal de assistir. Não tem comparação. Não tenho palavras. Eu só sei dizer que já vi esse filme tantas, tantas, TANTAS vezes que se eu fechar os olhos ainda sou capaz de vez a cara de Cameron quando a Ferrari cai pela vidraça. Sabe? Não tem pra ninguém. É o melhor. E SALVE FERRIS! \o/



















































Ué! Você ainda tá aí? Já acabou! Vai embora! Desliga esse computador!



























































Tá, não acabou não. Não acabou porque mesmo depois dos 10 (doze!) melhores filmes de todos os tempos na minha opinião, eu ainda não fiquei satisfeita. E porque eu acho que nem sempre só os vencedores é que ganham. Sempre tem uma medalha de honra ao mérito.

AS MINHAS MEDALHAS DE HONRA AO MÉRITO VÃO PARA:


- Wall-e, por ter sido a minha animação preferida de todos os tempos. Nada de Rei Leão, nada de Procurando Nemo, nada de Cinderela. O melhor pra mim é Wall-e. Levemente acima de Coraline (sarcasticamente lindo!).

- A Princesinha, por ser meu filme infantil preferido, ainda hoje. Levemente acima de O Jardim Secreto.

- 10 Coisas que eu odeio em você, por ter feito com que eu me apaixonasse por Heath Ledger mesmo antes dele fazer um filme gay e ficar famoso. Ou ter morrido durante as filmagens de um filme estranho, estranhamente quando o personagem dele no filme também morre. E ainda, antes que ele fizesse o mais sensacional Coringa (o filme devia ser do Coringa, e não do Batman!) de todos os tempos da face da Terra salve-salve. Nada que se compare a Jon Bon Jovi cantando pra mim, de pertinho, Pretty Woman. Mas eu me apaixonei por Heath Ledger quando ele cantou Can't take my eyes off of you. Para uma personagem de cinema com o gênio incrivelmente igual ao meu. 10 coisas que eu odeio em você foi o filme que eu comprei no Submarino e tive que pedir pra trocar cinco vezes. Porque todos os dvds que recebi estavam com defeito. Todos, no fim, na parte que ela descobre que era uma aposta. Troquei, 5 vezes. Maior trabalho. Mas consegui um filme perfeito, pra guardar, da cena mais romântica de Heath Ledger de todos os tempos.

- As Branquelas, por Terry Crews e sua performance fenomenal de A Thousand Miles, que já ganhou até um post a respeito nesse blog.

- De Repente é Amor, por ser meu filme de romance frufru do Ashton Kutcher preferido, pura e simplesmente porque ele toca desajeitadamente uma música do Bon Jovi na parte mais romântica do filme.

- O Óleo de Lorenzo, que eu vi pela primeira vez na escola, sétima série, e a partir daí ter visto muitas vezes e ainda estar chocada até hoje em como é que pode haver doenças que ninguém sabe o que é. Cadê o HOUSE nessa época, meodeus?

- A Casa do Lago, por ser um filme de romance com história tão incomum. E, assim como Os Outros, com fim incomum. E não, Cidade dos Anjos não está entre meus filmes de romance favoritos. Aliás, eu enjoei horrores daquela música.

- Uma Mente Brilhante, Inception e Ilha do Medo, por explorarem a inteligência na arte de fazer filmes e me deixarem sempre com aquela sensação de "mas era ou não era?" depois que o filme acaba.

- Cartas para Julieta, por ter me feito chorar no fim do filme, coisa rara. Pela história simples, pelo romance bonito, pela vontade de ter uma história igual. Ai, mulher é um negócio, né? Cartas para Julieta me lembrou de Romeo + Juliet (aquele com Leonardo di Caprio), que eu também sempre gostei.

- Madrugada dos Mortos, por sempre me fazer imaginar em qual loja do shopping eu moraria (e o que faria nela) caso o resto do mundo se transformasse em zumbis.

- O menino do pijama listrado, que assim como Bastardos Inglórios, se passa na época do nazismo. A diferença é que não tem o humor do, agora ótimo ator, Brad Pitt. E tem o fim que eu ainda não consegui engolir sem sentir aquele amargo na boca.

- Espíritos, porque apesar de eu ter dito não gostar muito de filmes onde o idioma não é inglês, eu gostei desse filme tailandês única e exclusivamente por não ter imaginado o final antes de acabar. E por aquela cena do cobertor, claro. Depois desse filme eu penso duas vezes quando alguém me diz que está meio com dor nas costas ou peso nos ombros.

- Olha Quem Está Falando, por estar na minha lista de melhores da Sessão da Tarde. E porque é o meu ponto de John Travolta. Nem em Grease, nem em Michael - Anjo e Sedutor. Apesar de ele ter ficado um charme nesses filmes também.

- Juno e Little Miss Sunshine, por serem os filmes mais fofos da nova categoria 'nerd sem noção'.

- Comer, Rezar, Amar (Julia Roberts, sua linda!) e Nosso Lar (brasileiro, yeah!), por terem feito com que eu pensasse na minha vida e esteja atualmente tentando mudar as coisas e as minhas atitudes para melhor.

- Mestres do Universo, por ser o filme de Sessão da Tarde mais rejeitado, apesar de muito parecido em muitos detalhes com o best seller Star Wars. Por ser um filme bem feito de um desenho animado (a maquiagem do Esqueleto ficou ótima), coisa que dificilmente se repetirá, já que está para sair a versão anime-gay-constrangedora de Thundercats ao invés de uma coisa decente. E por ser um dos primeiros trabalhos da linda da Courteney Cox, a supimpa Monica Geller, de Friends. Menininha, voz fininha, toda meiga. Ninguém imaginaria no que ela ainda iria se tornar. rs

- Poltergeist, por ter sido por muitos anos meu filme de terror preferido. Não só pela história em si, mas pelo fato de muitos atores terem morrido depois que fizeram o filme (em filme bom o pessoal morre de verdade. Né não, Heath Ledger?). Inclusive a atriz de 'Carolaaaine', personagem principal. Foi de Poltergeist que veio toda aquela história Samara-sai-da-televisão de O Chamado. O Exorcista, Sexta-Feira 13, A Hora do Pesadelo sempre foram ridículos pra mim.

- Encontro Marcado, porque eu queria uma Morte dessas.



E, por fim, eu sei que vocês vão me bater mas eu me sentiria mal de deixá-los fora da minha lista de Honra ao Mérito. Porque não, não são mais meu filmes favoritos, mas já foram, durante alguns anos. Durante minha pré-adolescência, que na minha época as meninas COMEÇAVAM A GOSTAR dos meninos, e não tinha essa pegação-ralação-engravidação que é hoje. Aos 12 anos eu era uma menina, brincando de boneca e sonhando com príncipe encantado. E em recordação a essa época, meus últimos três filmes da minha lista de Honra ao Mérito: Uma Escola Atrapalhada (por Angélica e Supla serem o casal mais inspirador dos meus 12 anos de vida), Lua de Cristal (porque eu curti ver a Xuxa em história de Cinderela - apesar de não ir com a cara dela - e até hoje é a música que eu canto com mais louvor num videokê) e Sonho de Verão, que eu não lembro bem o que foi que aconteceu com paquitas e paquitos mas eu lembro bem que era a maior pegação (de selinhos) da época.




Tá. Podem ir dormir agora. Eu deixo.









Anna, vamos fazer um top 10 melhores clipes de música agora?? :D