Gosto de séries, sabe? Acho mesmo bacana que alguém tenha inventado um esquema novela, em que os capítulos façam parte de um todo, mas se você assistir um aleatório vai pegar o fio da meada. Claro que Lost não entra nesse quesito. Mas Lost não foi uma simples série, oras! Nada se compara a Lost, na minha opinião. Mas dá sim pra gostar de muita coisa. E há temas para todos os gostos.
Sex and the City entrou na minha vida de maneira casual. Eu não sou tão fã de séries sobre relacionamentos pessoais - Friends à parte, porque Friends também não é uma simples série! - e não sabia muito a respeito e fui na onda, mas eu sou uma criatura mente aberta na medida do possível. Passei a assistir. É uma série que tem exclusivamente como público alvo as mulheres solteiras e acima de trinta anos. Ôpa que sou eu. Trata de situações do cotidiano das mesmas, muito mais voltado para relacionamentos que qualquer outra coisa. Claro, como eu disse no post passado: aos 30 anos, se você não casou..... nada mais é tão importante do que sair à caça. Mulheres solteiras, que moram sozinhas e na maior metrópole do mundo - portanto no extremo da modernidade, com vida profissional estável e à procura de relacionamentos. Concluindo: totalmente de acordo com os pensamentos do público alvo.
Posso dizer com convicção que uma menina de 20 anos não deveria assistir. Primeiro porque mesmo sem ser o tema principal dos episódios, o fator sexo está sempre presente. Claro, o próprio nome já diz. Não é uma coisa que dá pra assistir com os pais na sala não. E segundo porque eu acho que, por mais avançadas que sejam alguns cérebros de meninotas muito bem desenvolvidas.... não é hora, sabe? Acho que por mais que a moda seja dizer por aí certos clichês... aos 20 anos a gente sempre tem alguns sonhos, alguns valores, algumas virtudes que não devem ser quebrados ou influenciados por uma simples série que, inclusive, não é pra você. Por mais que se diga 'eu vou ver e não vou me influenciar'.. você vai. E não vai ser bom, vá por mim. Cada coisa a seu tempo. Aproveite agora seus gostos e valores e aos trinta anos, quando você estiver querendo chutar o pau da barraca em todos os sentidos, você vê.
Sex and the City é uma série que exalta pensamentos e comportamentos femininos perante os homens. É exagerado. Dá mesmo a maior vergonha alheia às vezes. Um nervoso total se você alguma vez na vida já se viu fazendo alguma daquelas coisas mostradas ali. Mas é exagerado porque é assim que entra o fator humor. E é assim que a gente consegue se ver nas situações. Quatro amigas, cada uma com alguma característica bem marcante, e que faz com que nós, do lado de cá, simplesmente assistindo... nos identifiquemos com alguma. Não satisfeitas, identificamos as amigas também. E a partir daí são comparações constantes da ficção com a realidade.
Seis temporadas e mais dois filmes recheados de situações que qualquer mulher de 30 anos já fez ou presenciou. E eu vim aqui dizer pra vocês que anteontem eu assisti o último episódio. Ontem, assisti o filme que faltava para que eu ficasse por dentro de tudo sobre a série. E concluí que gostei. Gostei muito, por sinal. Mesmo com um começo tímido, mesmo que eu tenha pensado no início que seria só mais um blablabla. Não foi. E eu não sei se devo essa minha opinião à minha paixão por séries, não sei se me apego conforme vai passando o tempo, não sei se vicio. Não sei. O que eu sei é que do que antes era apelativo e exagerado, eu consegui tirar informações importantes.
Muita gente faz escalada, sobe o morro todo, chega lá no cume da montanha, olha em volta e diz 'e aê? vambora?'. Eu não. Eu vou precisar chegar lá, sentar no chão porque vou estar ofegante da subida, com a cara vermelha do sol e suando em bicas, reclamando dos insetos, quase morrendo mesmo, vou pensar de onde foi que eu tirei essa idéia de girico pra inventar que queria subir a montanha, vou me imaginar na minha cama de banho tomado e barriga cheia, vou sentir saudade tremenda da pizzaria enquanto estarei comendo o misto quente frio que vou ter levado para a ocasião. Vou beber uns 3 litros de água, se eu tiver mesmo conseguido subir toda a montanha sem ir jogando pelo caminho todo esse peso que eu também inventei de levar. E então, depois de umas 2 horas, quando eu tiver descansado bem e cansado de reclamar da dor no joelho que fatalmente estarei sentindo.... olharei em volta e direi que valeu a pena. Tirarei muitas fotos, assistirei o pôr do sol, e então, quando eu estiver aproveitado bem todo o esforço que eu fiz.. aí sim vou querer ir embora.
Então, diferente de muita gente que conheço por aí, que assiste as coisas e sem entender por pura preguiça de perder alguns minutos analisando, simplesmente diz 'gostei' ou 'não gostei'. Sem base em nada, sem fatos concretos, sem dar uma real opinião. Simples assim. Mas eu gosto de analisar as coisas, gosto de pensar o que acrescentou em mim o tempo que passei me dedicando àquilo. E sobre Sex and the City, devo dizer: o melhor de tudo, de todo o exagero e de toda a situação patética de mulheres bem esclarecidas correndo atrás de homens nem tão à sua altura assim, é o que fica suposto em cada episódio e é escancarado no último, pra quem não consegue ler entrelinhas. O ame você.
E o 'suas amigas estarão lá quando aquele cara que você é apaixonada há anos não estiver'. Claro.
Eu sempre quis começar a acompanhar Sex and the City, mas a preguiça sempre ganhava. :/
ResponderExcluirBeeijo.
bom, sou suspeita pra falar, mas amo essa série! o último capítulo então, me fez chorar feito criança
ResponderExcluire sim, a amizade SEMPRE vai estar lá
=)