sábado, 28 de maio de 2011

Surpresa

A vida é mesmo engraçada. Infelizmente ando me acostumando com as surpresas ruins que ela me traz e acho que não estou muito preparada para as boas. Quando acontecem, me pego pensando que poxa. Talvez ainda haja uma luz no fim do túnel.

Eu entrei no Skoob apenas pra catalogar meus livros. Memória zero que tenho, é bom porque eu posso consultar os livros que tenho e os que quero comprar. Começou como um projeto próprio mesmo. Arquivo virtual de controle. Daí fui incluindo as amigas blogueiras assim como quem não quer nada. E um belo dia chegou a Andreza que, diferente desse pessoal despreparado e oba-oba que habita as redes sociais, não veio nem pedindo pra adicionar do nada, nem se enfiando nas minhas coisas. A Andreza perguntou se eu me interessava por algum livro da lista dela. Que ela queria trocar por um meu.

Em um primeiro momento, tive preguiça. Preguiça de trocar uma coisa com alguém que eu nunca vi nem nunca tinha conversado comigo. Como assim alguém quer trocar? Quem me garante que ela vai mesmo me mandar o livro dela? Quem me garante que o meu esforço de embalar, ir até os Correios, PAGAR a postagem... não seria em vão? Mas sabe, dessa vez decidi agir diferente. Era um livro que eu nunca tinha lido mesmo. Não fazia diferença. Então fui, postei, paguei e pensei que se ela não me mandasse o outro livro, pelo menos eu fiz a minha parte. E aqueles 20 reais da postagem....... eu ia fingir que tinha gasto no Mc Donalds. Com uma vantagem: eu não ia nem engordar nem passar mal depois que comesse. Então enviei o livro e esqueci.


Chegou ontem o Sedex da Andresa. Com cartinha e tudo, me surpreendi pela conservação do livro e pelo carinho dela por alguém que também nunca viu na vida. E ainda senti remorso: eu não escrevi nada pra ela. Só mandei o livro. Seria dar crédito demais que alguém ia ligar pra o que quer que fosse que eu escrevesse. Mas por detrás da foto rock 'n roll da Andresa no perfil do Skoob, eu descobri, no mínimo, uma moça carinhosa e que cumpre o que promete. Algo diferente pra mim. Eu me surpreendi. Pelo lado bom.


Então eu vim aqui agradecer o carinho. Não dela, que nem sonha que eu tenho um blog. Mas de vocês. Às queridas de idade compativel à minha. E às moçoilas também queridas, apesar de relativamente mais novas que eu. Obrigada, meninas. Por me fazerem acreditar - aqui, no twitter, no facebook ou em qualquer outra rede social das muitas que participamos juntas - que é possível encontrar gente amiga, gente que se preocupa, gente presente, gente que passa a tarde se fazendo companhia no msn, gente que não só gosta de tudo que eu gosto, mas também compartilha de doenças dos 30 - ou das "ites" da vida, gente que a gente queria que morasse mais perto pra se jogar na balada junto toda semana, gente que não deixa passar um aniversário meu sem me ligar mesmo morando em outro estado, gente que a gente compartilha os mesmos gostos musicais e shows, gente que vê a novela junto comigo e ainda comenta no twitter, gente que a gente admira, gente que a gente acompanha a vida há anos, gente que eu queria que fosse minha filha, mesmo via internet. Essa coisa tão impessoal - mas que nos torna tão próximas.



quinta-feira, 26 de maio de 2011

Dentadura

26/05, 17:52, recebi um SMS:


"UFA... // (.") <)> consegui! LL

Assaltei um velhinho, peguei a DENTADURA dele, vendi, coloquei crédito no meu celular só pra dizer BOA Noite :-D

Bjs Thais."



Então eu podia ter deixado passar. Na verdade até deixei, em um primeiro momento. Mas enquanto eu fazia outras coisas, fiquei pensando. Coitada da menina né. Ela pode estar apaixonada por um cara. E pode estar querendo dar boa noite. E com toda essa desenvoltura de dizer que moveu céus e terras para chegar ao seu objetivo, pode ser que o cara mereça. Pode ser também que seja só mais um idiota que vai olhar pra mensagem e rir da cara dela. Mas pode ser que não. Pode ser que realmente goste dela e fique emocionado com toda a conquista de dar um simples boa noite. E pode ser até que case e tenha filhos depois, vai saber. Pode ser que ela seja pobre. Muito pobre, coitada. Pra ser tão difícil carregar o celular. Mas já tinha mandado a mensagem mesmo, o que eu podia fazer? Ah, eu podia avisar. Que ó, sua mensagem não chegou no destino certo, eu sou mulher, hetero e não conheço nenhuma Thaís. É, eu podia avisar, já que sou relativamente melhor financeiramente que ela, já que além de não pagar SMSs, eu ainda tenho um pacote gratuito que posso mandar umas 500 por mês. E ela, coitada. Se ralando pra colocar míseros 12 reais no celular pra mandar um simples boa noite pra um cara. É, porque amiga não exige tanto sacrifício. Respondi:


"Tá, só que você fez tudo isso e mandou SMS pra pessoa errada."






E quando eu digo pra galera que eu me divirto sozinha, o pessoal duvida.



terça-feira, 24 de maio de 2011

Gordinhas

Dia desses estava eu na fila do banco. Eu odeio filas, mas são ossos do ofício. Enfim. Estava eu na fila do banco, incomodada com as pessoas que nada têm a fazer e ficam olhando para a minha cara. Eu não sou uma pessoa sociável. Eu não gosto que fiquem olhando para a minha cara. Você pode me achar bonita e atraente o quanto for na fila do banco, mas não fique olhando pra minha cara, que isso me incomoda. Igual quando eu andava de metrô. Que saco as pessoas olhando pra cara da gente na falta do que fazer! Pô. Conte as bolinhas do piso, mano!

Então. Estava eu lá, incomodada com as pessoas me olhando, cansada por estar tanto tempo na fila, xingando por dentro até a última encarnação dos caixas lerdos, até que comecei a me irritar com uma criança que corria desesperadamente pra lá e pra cá. Eu, pessoa sem filhos e há muitos anos sem contato diário com crianças, me irrito com esse tipo de coisa. Ah, eu adoro crianças. Das que não falam, das que não correm, das que não gritam e das que não sobem de sapato no sofá. O menino corria desesperadamente ao redor da fila enorme e eu ali. Com calor. Cansada. Irritada. E então apelei para a psicologia interior. E comecei a pensar que, veja bem, eu, mulher adulta, toda essa idade nas costas, estava impaciente na fila. Eu, que supostamente deveria ser compreensiva com a precariedade na prestação de serviços, com a superpopulação de São Paulo, com a falta de noção das pessoas. Eu deveria estar conformada de estar ali tanto tempo em uma fila. Deveria. Mas não estava. Eu tava era querendo correr em volta da fila com aquele menino. Eu tava era querendo gritar como uma criança de 6 anos só pra incomodar ainda mais todo mundo aparentemente tão acostumado com uma situação absurda daquelas. Eu tava era querendo sentar no chão e desenhar nas paredes. Eu queria ser aquela criança naquela hora.

Então olhei para o lado e vi uma moça com sua filha. A menina, uns 8 anos. Levemente gordinha, com cachinhos. Loira. Com a roupa toda cor-de-rosa, ela era tão quieta que eu mal a vi. Conformada em estar ali em pé tanto tempo sem nem saber porquê. Ela tinha um saquinho com três cartelas de adesivos, e durante todo aquele tempo em que ficamos na fila, ela só pediu para a mãe abrir um deles. Pegou um adesivo de florzinha e colou na mão. E foi feliz. Muito mais que eu naquele momento.

Foi olhando pra ela que eu lembrei de mim. Me vi ali. Do alto dos meus 7, 8 anos de vida. Quieta, na minha. Sem me incomodar muito com a espera em algum lugar. Não que eu era uma anta e pouco me importava. Importava sim. Eu sempre achei um saco ficar esperando o que quer que fosse que não me traria nada bom em troca, como uma boneca nova ou um churro. Mas eu era quieta. Por ser ameaçada mesmo (porque meus pais diziam que qualquer vexame que eu desse a gente ia se acertar em casa depois), mas também por ser quieta desde sempre. Eu sempre achei monótono ficar correndo. Transpirava e ficava com calor. Nunca gostei de chamar a atenção gritando ou fazendo qualquer outra coisa do tipo. Aos 7 anos de vida eu me veria exatamente como aquela gordinha na fila do banco: quieta.

Então concluí que sou a favor de crianças mais gordinhas. Porque são mais gordas porque são mais quietas mesmo. Não são daquelas que a gente tem que ficar esgoelando no meio do mercado pra elas descerem da prateleira. Esses desesperados são magros porque não param quietos. Eles queimam muitas calorias. Eu sou a favor dos gordinhos. Disciplinados. Comportados. Lógico que não estou falando aqui que sou a favor da obesidade infantil que prejudica a vida pra sempre e blablabla, nem nada desse tipo. Eu estou falando de crianças quietas. Dessas que não precisam de coleira. Que conseguem brincar e ser felizes com o jeito quieto delas de viver.

A gordinha, ali tão entretida com o adesivo de florzinha. Tão no mundinho dela. Tão feliz com o jeitinho dela de ser. Mal sabe que daqui a poucos anos vai ter que selecionar melhor as coisas que vai comer para se adequar à ditadura da magreza, pra ser só mais uma em meio à multidão.



PS: Ditadura da magreza: você procura fotos de "gordinha" no google, e só tem gorda pelada. É assim que as pessoas pretendem mostrar que todo tipo de corpo tem o seu valor?

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Sobre o Thor

Eu podia dizer que o filme é bom. Podia dizer que os efeitos especiais são legais e que eu gosto disso. Podia dizer que é um personagem da mitologia e que isso também me agrada. Podia dizer que fiquei feliz em ver a Natalie Portman em um papel meramente secundário, porque convenhamos que ela estudou em Harvard, foi casada com Darth Vader, ganhou Oscar e agora já chega de tanta exposição. Podia dizer que Anthony Hopkins estava muito bom, apesar de não ser estrela principal. Podia dizer que o estilo Marvel + herói não banana + humor me agradam muito. Podia dizer que eu ri bastante, do início ao fim do filme. Podia dizer que as 2 horas cravadas de filme passaram como poucos minutos, tamanha a minha empolgação em assisti-lo.

Tudo isso seria verdade. Mas não seria bem o que eu queria dizer.

Queria dizer que Ô UM THOR DESSE LÁ EM CASA, viu!



Aiai.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Missão

Eu passei 5 anos da minha vida aprendendo que a MISSÃO é um dos principais fatores que devem ser bem estabelecidos numa empresa. Deve ser claro que a missão é o que e para quem a empresa se propõe e a fazer. Não simplesmente a descrição do que a empresa faz. Missão é o que a define, é um propósito, é o que a faz existir. É, eu fiz administração de empresas. Com uma ênfase, e por isso meu curso durou 5 anos - não foi DP não. E apesar de, ainda hoje, mesmo sendo muito comum por aí os cursos de gestão de negócios e vários outros com vários outros nomes do tipo, que as pessoas formadas em quaisquer outras profissões são obrigadas a fazer como especialização, devo dizer pra vocês que OI, formados em jornalismo. Em direito. Em arquitetura. Em medicina. Em qualquer curso de informática, ou qualquer curso de qualquer outra natureza. Quando vocês são obrigados a fazer uma especialização de gestão em negócios, gestão pública, gestão de projetos, gestão financeira, gestão ambiental e gestão de qualquer p#rra que seja, ISSO É ADMINISTRAÇÃO. É administração que exigem que você saiba quando te obrigam a fazer um curso desses para que você possa ser promovido. É administrar, o que quer que seja, que é preciso saber pra você crescer na vida, não importa em qual sentido. Então vamos parar de sair dizendo por aí que administração "é o curso mais sem sentido" que você viu na vida. Que quem faz administração, faz porque o pai manda ou porque não soube o que fazer. Vamos abrir essa mente, gente. Todas as profissões têm o porquê de existirem e, sinto dizer, eu aposto que você que faz curso de torneiro mecânico (oi, Lula!) deve ter alguma disciplina que te ensine a administrar sua carreira, seus clientes, seus fornecedores e suas ferramentas (ou o que quer que seja que torneiros mecânicos manuseiem - eu não entendo disso). Mas tá, não era sobre isso que eu ia falar. Eu estava falando da missão.

Acontece que nessa mesma linha de raciocínio do conceito de missão que eu aprendi na faculdade (tou falando que administração é uma coisa pra vida), estou aqui a pensar na missão espiritual. Quem me lê há bastante tempo sabe que eu sou católica, mas que ponderando pelos prós e contras das religiões afins por aí, eu até que simpatizo bastante com os espíritas. E aí, bagunçando (ou arrumando) o meio de campo, semana passada a amiga colocou meus dados, nome, data e hora de nascimento, número do sapato e cor da calcinha num site aí que faz mapa astral e me mandou por e-mail. Na verdade ela queria saber aonde que estava a lua no momento do meu nascimento - eu ia dizer que devia ser no céu, mas achei melhor deixar pra lá. Daí tá. Eu, como quase todas as mulheres do mundo sei meu signo, ascendente, elemento e blablabla e até já tive meus tempos de ler horóscopos e tal. Mas sobre astrologia, não acredito nem deixo de acreditar. Só penso que não há mal nenhum em ler uma coisa ou outra ou pensar que essa ou aquela pessoa têm o jeito assim ou assado porque 'ah! Você é de gêmeos! Só podia mesmo ser duas caras!' Sabe? Diversão, simples assim. Claro que eu sei que quando conhecer o homem da minha vida não posso perguntar o signo dele assim nos primeiros dias, senão ele vai me achar uma louca do horóscopo e tal. Eu serei mais sutil e perguntarei toda fofa e sorrindo "que dia você faz aniversário?" (homens nunca ligam uma coisa à outra, são tão inocentes! hoho)

Enfim, a Pri fez o meu mapa astral e me mandou colado por e-mail. E no meio a tantos sóis e luas nas casas não sei das quantas, estava lá uma frase importante, que me deixou pensando bastante a respeito: "À medida que o tempo passar, você chegará a alguns insights muito bons com relação à sua individualidade e certos elementos raciais e familiares. Aprenda com eles. Talvez então você possa descobrir a natureza da missão espiritual que o destino lhe reserva."

E aí eu fiquei pensando que muito provavelmente eu já tenha tido esses insights. Porque eu realmente penso muito na vida, meodeusdocéu, eu penso demais. E de uns tempos pra cá, com todos os acontecimentos na minha vida, na vida das pessoas próximas e, principalmente, nas vidas das pessoas da minha família.... talvez eu tenha tido uma idéia da minha missão espiritual nessa vida.

Porque né? Desculpe se você não pensa no por quê da sua existência. Eu penso no por quê da minha. Eu penso o que que eu estou fazendo nesse mundo. Por que eu vim, pra que eu vim. Vim fazer o que? Só a passeio? Impossível. Eu prefiro dormir a ficar passeando sem sentido. Eu, com certeza, se estou aqui é com algum fundamento. Porque eu prefiro pensar assim do que ser como os ateus, que acham que do pó viemos e para o pó voltaremos. Ah, não, vai. Eu acho que acredito que tudo vai muito além disso. Impossível que eu tenha vindo aqui toda linda e fofa participar desse mundo de meudeus e que tudo o que eu penso, sinto e vejo um dia vai simplesmente escoar para o lençol freático do cemitério em que eu for enterrada e, puf, acabar. Não, eu acho que eu mereço mais que isso. Eu acho que tudo vai muito além disso. Por favor, eu não ia ficar aqui participando de toda essa PALHAÇADA pra nada, vai.

Enfim. Como num video game, eu acho que aqui todo mundo tem uma missão. Claro que tem sempre aquele pessoal que resolve jogar no seu time só pra te atrapalhar. Tem aquele pessoal que no começo fica todo feliz e animado de "ah, vou fazer dupla com você!" só porque você joga bem e a pessoa quer levar a fama de ganhar às suas custas. Mas que desiste de jogar quando você começa a perder. Ou simplesmente porque cansou de jogar com você. Ou simplesmente porque cansou de jogar. E agora vai pular umas partidas porque vai no banheiro ou comer lanche da tarde e "fulano, joga aí pra mim!". A vida é como um video game. A diferença é que lá você vai ganhando vidas no decorrer do jogo, e quando morrer pode voltar do ponto em que salvou pra refazer o percurso matando mais bichos, porque dessa vez você já sabe de onde eles vão surgir. Mas eu acho que fora esse fato, deve ter uma hora que você percorre todos os mundos, mata todos os inimigos, colhe todas as moedas e acha todas as estrelas. E chega lá no fim, pra resgatar a princesa. Que eu agora podia dizer que não é o fim, mas sim o início da tormenta, afinal o casamento não é feito do "felizes para sempre". Mas dessa vez eu vou fazer a Analu e acreditar que, sim. A hora que você chega pra resgatar a princesa equivale à sua chegada ao paraíso. Detalhe: a hora que você chega lá no fim pra salvar a princesa (aquela chata), pode ter até passado a maior parte das fases dividindo sua missão com o Luigi. O Luigi pode ter sido um amigo fiel que te ajudou a superar barreiras e a avançar no objetivo, mas também pode ter sido um filho da puta que só foi perdendo todas as suas vidas e tropeçando no caminho. O Luigi pode ter sido um Bruno, mas tanto faz. Lá, no fim, na hora de salvar a princesa, é você. O Luigi nunca aparece dizendo "ah, Mario, peraí que eu vou na frente pra ir te ajudando e limpando um pouco o caminho". Não. O Luigi chega no castelo do Bowser, pára na porta e diz: vai lá Mario, eu espero aqui.

Dia desses eu vi no Video Show que perguntaram para o Evandro Mesquita o que ele gostaria de ouvir quando chegasse no céu. "Que eu vou ter outra chance", ele respondeu. Eu fiquei pensando que gostaria de ouvir um sonoro PARABÉNS. Você executou suas tarefas com eficácia. Você superou seus obstáculos, você atingiu seus objetivos, você salvou a princesa, mesmo ela sendo uma chata e viu o castelo do Bowser ruir, desabando seu império e salvando a população (Bin Laden acho que via o presidente dos EUA como Bowser, né?). Você cumpriu sua missão - era o que eu queria ouvir. Porque, a partir daí, eu teria descoberto não só minha missão nesse mundo, mas também meu motivo de existir e porque passar por certas coisas. A partir de um simples parabéns eu saberia o sentido da vida, do universo e tudo o mais. Porque já diria Douglas Adams: a resposta é 42. Mas a pergunta é que são elas.

Enquanto esse dia não chega, eu fico aqui tentando adivinhar os motivos para minha existência no mundo. Desculpem, eu sou uma pessoa complexa. Para pessoas comuns e mundanas e que passam sua vida pensando em acertar o bilboquê, favor se dirigir à sessão blogs diários. Aqui é uma pessoa densa que fala. E essa pessoa densa vem pensando bastante a respeito da vida, do universo e tudo o mais. E aqui, como mulher de 30, sabendo que os 30 são a idade da intolerância, eu sinto dizer que meu insight (ou talvez minha intuição) me diga que missa missão espiritual passa ali bem pertinho da PACIÊNCIA. Da aceitação. Do entendimento do outro. De consentir a respeito das coisas. De entender que as pessoas fazem as coisas por esse ou por aquele motivo. E que cabe a mim aceitar. Entender, apoiar.

A cada dia que passa, quando eu penso que não, aquele último acontecimento eu já entendi, já superei, já continuei... vem alguma coisa nova e muda tudo. E aí eu me vejo aqui, pensando que nossa, quanta coisa ainda preciso aprender. Quanta coisa ainda preciso aceitar. No relacionamento com as pessoas então, meodeus, como eu preciso mudar.