Deyse da Cova. Dey. Dedê. Que eu nunca me aproximaria se nosso único recurso de intermediação fosse o blog. Porque Dedê, pra quem lê assim, é densa. Demais. Bem mais que eu. Dedê parece ser profunda. Mas é só ter alguns minutos de prosa com ela, pra saber que ela entende de profundidade sim. Só que de profundidade de covas. Porque Dedê caiu numa cova um dia. E em meio a tanta proximidade com o defunto de uma história que se alastrou bem além do susto, foi que eu descobri Dedê. Deyse. Que se pronuncia Deíse. Deíse, do alto de São Luiz, no Maranhão, e de suas duas faculdades executadas ao mesmo tempo, Direito e Letras. O adjetivo dela só pode ser "incrível". Dedê quando me contou toda a história da cova, na época que eu tinha mais tempo pra conversar na internet, passei mais de uma semana rindo sozinha. A história de Dedê foi parar no meio dos meus amigos. Da família. Dos colegas de trabalho. Dedê nem podia imaginar, naquele dia que caiu na cova, que alguém, algum dia, iria amá-la inicialmente só por essa história. Inicialmente, porque ela tem várias outras. De quando comeu cocô e ficou cega. Dedê é mesmo daquelas pessoas que a gente tem o prazer de fazer xixi na almofada junto, só de rir. O humor sarcástico dela vai totalmente ao meu encontro do que é uma pessoa brilhantemente agradável de se conviver. Porque até o jeito ranzinza dela eu amo. Dedê, minha cerejinha do nordeste. Que bebe xampu comigo "porque a gente tem que experimentar tudo na vida", "mas condicionador é mais legal porque deixa a língua dormente". Eu queria ter uma filha como Dedê. Nordestina, com aquele sotaque lindo. E queria esperá-la no aeroporto todos os dias, pra que ela corresse na minha direção pra abraçar todos os dias, como ela fez naquele dia. Dedê, tão incrível, que eu até cheguei a duvidar que ela era de verdade. Dedê, tão parecida comigo no humor e na rabugice. Dedê, a mistura perfeita da menina séria e responsável, mau humorada e sarcástica, linda e amorosa. Queria teletransporte, pra ser mais próxima de Dedê, apesar de morar nessa distância imensa. Dedê é aquela pessoa que eu queria todo dia. Pra ser amiga de todo dia. Pra rir junto. Pra ouvir ela dizer que "vou banhar" todo dia. E o "vocês comem comida estranha" todo dia. Dedê. Do pão com mortadela, queijo branco e doce de leite, tudo junto. Do frio que ela sente, porque lá na terra dela 40 graus é bacana. Só por você que eu compraria 2 edredons na 25 de Março em dia de semana em meio de expediente, em hora de almoço. Só você que fungou horas ao meu lado nessa vida e eu não quis atirar pela janela. Da atenção de carregar trocentas garrafas de guaraná Jesus nas costas, durante dois dias inteiros, com o pé torcido, andando horrores. Sabendo que quase ninguém gostaria de bebê-lo. Dedê é gente do meu time, que a gente se dedica pelos outros mesmo que o carinho não volte na mesma proporção. Mas o meu carinho volta por você, Dedê. Na mesma proporção e alguns quilos a mais. Por tudo. Te amo pelas risadas, pelas histórias, pela loucura, pelo mau humor, pela dedicação, pelo sofrer quieta, pela alegria, pelo ciúme, por toda a densidade que você tem aí dentro, por toda a inteligência, pelo medo de gostarem ou não de você, pela modéstia. Você com certeza foi a melhor surpresa que eu podia ter, simplesmente por ser de verdade e por ser tudo aquilo que eu imaginava. Você é pra sempre. Na minha vida, no meu coração.
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
sábado, 25 de agosto de 2012
Ana Luísa
Analu. Cabelos loiros, bem loiros mesmo, quase brancos. Naturalmente. Olhos azuis e arregalados, daqueles que quase consomem. Pequena e grande ao mesmo tempo, porque tem todo aquele abraço esmagador que parece que ela quer entrar dentro da gente. Pulga na calcinha. Analu é aquela pessoa que não para quieta. Que quer tudo ao mesmo tempo, de todos os jeitos possíveis. Analu tem sede de viver. De aproveitar cada segundinho. De fazer tudo o que pode antes que termine o dia. Mas o dia quase não termina, porque ela quase não dorme. Ela não consegue dormir pensando que alguém vai ficar acordado. Analu é intensa. É feliz. Acredita em tudo e em todos, como todos deveríamos ser. Analu inspira alegria. Inspira bons momentos. Analu é daquelas pessoas que leem um livro em um dia, porque mais que isso seria perda de tempo. Analu não consegue parar duas horas pra ver um filme, porque ver um filme implica em fazer uma coisa só. Analu. Quer tudo pra ela, tudo é dela. O mundo inteiro é dela. E todas as pessoas do mundo são dela. E tudo ela consegue. Ciumenta. Ou não. Porque o que ela tem nem é ciúme mais, o que ela tem ainda não tem nome. E dedicada. E faminta. Não por comida, porque ela come pouco, já que não dá tempo. Ela tem é fome de ser feliz. Impaciente pra deixar as coisas da vida acontecerem da maneira normal, ela corre atrás e agarra tudo o que puder entre os braços curtos de seus 1,58m de altura. Analu brilha. Como a estrela mais brilhante do céu. Brilha a ponto de ofuscar qualquer outra estrelinha tímida ao seu lado. E não tem como ela não passar despercebida do lado da gente. Analu corre, brinca, canta, dança, sapateia e toca corneta enquanto passa. É aquele tipo de pessoa que não tem como não ser amiga. Não tem como não amar. Porque, se por acaso algum dia você se decidir por isso, vai só bastar mais um daqueles abraços esmagadores pra que ela consiga entrar de novo dentro de você. Dentro do coração. Porque ela consegue. Consegue, e preenche tudo com aquele calor que só ela sabe ter. Entra na vida da gente meio que se esparramando, e quando você vê está ali, com ela no meio da sua sala, espalhando o conteúdo da mala na sua casa e na sua vida. Feito docinhos de leite Ninho. Branquinhos, redondinhos, macios e que derretem na boca e que te dão a sensação de pensar em como a vida pode mesmo ser doce. Analu. Você pode ter escolhido qualquer outro trecho de música pra ser o seu. Mas pra mim, você será sempre o "faz de mim estrela que eu já sei brilhar!"
♪ Ela sabe o que ela quer. Ela quer o mundo, e quer sem demora. Ela sabe o que ela quer. Ela quer o mundo e ela quer agora. Ela sabe o que ela quer.
♪ Ela sabe o que ela quer. Ela quer o mundo, e quer sem demora. Ela sabe o que ela quer. Ela quer o mundo e ela quer agora. Ela sabe o que ela quer.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Taryne
Tary. Tary1. @tari1. A do jacaré, porque ela mora em Campo Grande. E eu imagino que ela deve morar assim no meio do Pantanal, em uma casinha de palafita no meio do rio. Mentira. É que trollar a Tary é tão legal! Desde aquele dia que eu estava chamando outra pessoa de feia, que eu falei uma frase do tipo "não, é muito feia aquela tal de Taryne". E o grito que ela deu. Pronto. Tary me ganhou pela indignação. Mas eu sempre soube da existência dela, desde que eu, depois de muito tempo, voltei para o mundo blogueiro. Taryne era um nome comum no mundo da internet, sempre foi. Era amiga de todo mundo, menos minha. Até Analu - sempre ela - fazer a intermediação. Taryne, antes que eu a conhecesse no mundo virtual, sempre me pareceu meio patricinha. Mas naquele julgamento que a gente faz antes de conhecer a pessoa, sabe? Sei lá, eu nunca nem tinha falado com ela, mas alguma coisa entre aqueles layouts lilazes e aquelas figuras fofas e românticas que ela tem no blog sempre me fizeram pensar que Tary fosse uma pessoa frufru. Mas como é gostoso se surpreender com alguém para o lado bom. Como é bom olhar pra trás e pensar que é, eu realmente não conhecia Taryne. Hoje, após quase um ano de conversa, após meses falando via mensagem e skype e, finalmente, após ter conhecido Taryne pessoalmente no último sábado, tenho a dizer que Tary é uma meninona. Menina em corpo de mulherão. Do alto de seus 1 metro e 70 e tralalá de altura, bem mais alta que eu, eu me senti uma nanica ao lado dela. E não consigo me esquecer daquele "oi" tímido que eu ouvi no aeroporto do meu lado direito. E, ao olhar para o lado, dar de cara com a criatura mais doce que conheci nos últimos tempos. Taryne. Cabelão, corpão, bocão. Mas a doçura em pessoa. Um ar de inocente e de menina sapeca ao mesmo tempo. E eu que pensei que ela seria quietinha. Tary, do alto de seu jacaré e sua palafita, fala tão bem quanto escreve. Nenhum sotaque tão aparente, mas um olhar penetrante que pouco deixa transparecer a timidez que eu achei que ela teria. Tary, uma moça educada. E ao dizer isso, quase posso ouvir a mãe dela dizer "ela é mesmo", como me disse ao telefone e eu achei incrível a modéstia que a tia Nil teve ao afirmar isso. Tary. Que molhou todo o banheiro. Que esperou sem dormir pra comer a minha pizza "porque eu não consigo dormir com fome". Que disse tantas vezes que São Paulo é linda. Que dá abraços enormes. Que faz cara de choro quando quer alguma coisa, mas que logo em seguida coloca seus óculos escuros novos e chiques que quando você olha nem lembra que ela é só aquela criança que tem medo de escadas rolantes. Tary, linda que só ela. Que saudade de você.
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