Daí que no mundo dos blogs fala-se muito de autores famosos como Fernando Pessoa, Clarice Lispector e outros afins. E eu já disse, apesar de ler ser um dos meus hobbies favoritos, eu geralmente fujo dessa coisa mais famosa, de autores nacionais e tal. Não sei o que me atrai em autores internacionais, talvez por eu achar que eles não rodeiam tanto em escrever coisas simples, mas o mais provável é que a minha professora de literatura no colegial tenha mesmo me deixado traumatizada quando me obrigou a colar sobre a cor da cueca do Machado de Assis ou sobre a frequência em que Jorge Amado tomava suco de abacate. É, colei, vidas e mais vidas de autores que somos obrigados a saber nesse método de ensino um tanto precário, visto pela minha humilde opinião. Preconceito de leitura nacional, obrigatória em fase pré-vestibular. O fato é que eu acho que leitura internacional é mais simples, mais clara, mais limpa. O que você lê é realmente o que está escrito. O que eu realmente prefiro.
Daí que desde sei lá quando estamos em uma era que livros viram filmes e vice-versa. Legal, as histórias atingem tanto os apaixonados pela leitura quanto os preguiçosos, que preferem os filmes. Ou o contrário, comigo já aconteceu de não me interessar por um determinado livro, só porque era modinha (eu odeio essa coisa de modinha), mas ver o trailer do filme me chamou a atenção, assistir o filme me apaixonou e me fez comprar toda a coleção de livros, que amei ler do começo ao fim. Boa mesmo essa coisa de interação livro-filme.
E temos também a parte de histórias verdadeiras que viram livros, as famosas biografias, categoria essa em que eu não havia entrado, até dia desses. Hitler, Madonna, Van Gogh, Roberto Carlos, Paulo Coelho, o Papa. Tá cheio de biografias e auto-biografias, autorizadas ou não, nas livrarias por aí. E eu, aqui no meu mundinho, tentando imaginar sobre qual dessas super pessoas poderosas eu gostaria de ler.
Aí chegou o meu irmão com o primeiro grande livro que comprou pra si debaixo do braço. E deu para que eu lesse. E sabem, outra coisa que eu gosto bastante nesse mundo é música. Claro, mais voltada para o rock, meu estilo favorito, mas me encanta saber sobre a história da música, sobre início e ramificações que nos trazem aos dias de hoje os vários estilos musicais que possuímos. Ver que a música muda conforme sua população na época, esta também sofrendo mutações de acordo com as músicas e estilos que criam tendências e costumes novos. Troca mútua. Coisa linda.
E então eu li sobre a vida do Slash, pra quem não sabe, um dos maiores guitarristas da atualidade e do mundo do rock, conhecido por ter ajudado a fundar e ter participado do grupo musical Guns 'N Roses, modinha entre jovens dos anos 80. É, o Slash não é o Hitler, não é o Ghandi, não é o Papa. Mas é legal ler sobre a vida de uma pessoa que participou de uma banda que indiretamente influencia a vida de muita gente, seja ouvindo no carro, seja de gente que chega em loja de instrumentos musicais querendo "uma guitarra igual à do Slash". Ah, você não curte esse estilo musical, não te interessa, não quer saber? Certo, mas eu estou aqui para te indicar que leia uma biografia de alguém que você goste, que esteja envolvido em um mundo que você goste. Procure identificar e se interessar sobre de onde vem aquilo que te interessa. Legal, sabe?
Porque eu, lendo sobre as origens de uma banda de rock que muito me agrada, percebi que esse mundo é mesmo cheio de drogas, sexo e rock 'n roll, mas pude saber também quais foram as pessoas e bandas que os influenciaram e quem eles vieram influenciar depois, o que eles pensavam na época e o que pensam hoje, como as músicas eram feitas e como são hoje, quem foram os grandes parceiros e os grandes inimigos, como foi a administração de tudo e como pularam da parte sofrida de banda adolescente para um sucesso mundial, e o que levou à separação do grupo e ao álbum tão criticado que saiu dia desses.
Minha primeira biografia. Excelente. História. Da música. Inútil? Nem só de grandes nomes vive uma boa literatura. Pense nisso.
:: Postado por Rê às 10h13
[Ju] [www.avidaecorderosa.zip.net]
olha só... eu tbm não me lembro de alguma biografia não, mas acho q começaria pela madonna =)
02/12/2008 14:19
[Thy] [www.christhy.com]
Acho que mudou muita coisa hoje em dia, então fica interessante saber como era antigamente!!! Então Hostee é isso que você lêu no meu post deu para entende agora? =)
02/12/2008 11:28
[Mari] [www.perfeitamente-imperfeita.blogspot.com]
É legal mesmo e muito importante saber a historicidade das coisas, sobre o pq é hoje assim, e como funcionava antigamente. PS.: Sobre a frasqueira, menina, essa foi a compra mais certeira que já fiz atualmente, baratinha e do tamanho que eu queria, fora ser super útel para nós, mulheres, rs. Beeejs ;]
02/12/2008 10:23
Esse ano eu estive em falta com os livros. Os poucos que li foram no computador.
Mas em 2009 eu vou ser obrigado a ler vários. Monografia é uma peste mesmo.
E em parte concordo com seu comentário sobre escritores brasileiros. Como a língua portuguesa é rica em recursos estilisticos, por vezes o povo acaba exagerando. E eu odeio a Clarice Lispector.
Thito | Homepage | 12.04.08 - 8:16 am
Acho que a história das pessoas sempre acrescenta algo para nós.
Bjitos!
*Lusinha* | Homepage | 12.03.08 - 7:55 am
Ai, me deu vontade de ler... To só esperando as férias chegarem pra devorar livros e mais livros...
:*
Ciça. | Homepage | 12.02.08 - 9:25 pm
Eu amo ler mas alguns desses autores tipo Clarice, eu não entendo bulhufas, fico meio entediada! Prefiro histórias de ficção, suspense, biografias...
Beijos
Lilica | Homepage | 12.02.08 - 6:21 pm
Re, tb amo ler especialmente biografias e histórias verídicas. Quanto mais verdadeiro, melhor. Tb acho otimo o casamente cinema e livros, muito embora nem sempre seja possível tamanha fidelidade...
Falando em casamento, coloquei mais um ultimo post foférrimo sobre o dialogo nos relacionamentos. Vai lé ver!
E chega desse assunto antes que vcs me conhçam pelas páginas policiais da Folha de São Paulo - afeeeeeeeeeee!
Beijo
Andrea Mentor | Homepage | 12.02.08 - 5:35 pm
Então né, vamos lá..
Como estava dizendo, a única biografia que eu li foi da Cássia Eller e achei bem interessante. Embora o livro já comece pelo fim, eu gostei muito da forma como toda a história foi contada e tal. Já curtia o som que a Cássia fazia e depois de ler o livro, fiquei ainda mais fã. Agora quanto a preferir ler autores nacionais ou não.. Sei lá, eu tenho meus autores preferidos.
Detesto Machado de Assis. Pra mim, ele não escrevia bem. Mas qualquer opinião contrária ou objeção feita à obra dele são vistos como um sacrilégio. Acho isso uma bobagem! Eu não gosto mesmo e pronto. Cara mais chato!
A Clarice é outra escritora que me deixa com o pé atrás. Até gosto. Mas eu leio, leio, leio.. E não compreendo o porquê de toda essa aura de adoração incomum em torno dela. Quem sabe seja pelo fato dela ter uma escrita muito autobiográfica, muito intuitiva, muito confessional. Então, os leitores influenciáveis (sobretudo, as feministas) se sentem envolvidos não só com a obra, mas com a pessoa dela também.
Ah, sei lá viu.. Vai ver o problema está em mim.
Edgar | 12.02.08 - 5:27 pm
Eu também, apesar de mar ler, tenho birra com os autores nacionais. eles sempre me pareceram cansativos e extremamente pomposos até para as coisas mais simples!
roHh | Homepage | 12.02.08 - 4:04 pm
Sabe, a única biografia que eu li até o fim, foi da Cássia Eller.
Ah, depois eu volto aqui pra comentar melhor o seu post.. Que diga-se de passagem, eu adorei. Beleza!
Bjo Rê.. :D
Edgar | 12.02.08 - 3:39 pm
É, Rê... Tb fiquei traumatizada com Machado de Assis e Cia... Tanto que tentei ler "O Primo Basílio" depois que passou a série na TV, mas nem assim consegui. Ah, então, aquela história é toda real, as pessoas existem e são daquele jeito que eu escrevi (ou até um pouco pior). E vc não sabe, que elas têm a capacidade de mentir tão bem, que a gente acredita quando elas se fazem de boazinhas. Igualzinho a Flora, sem tirar nem por. Triste né... Bjs
Adri | Homepage | 12.02.08 - 12:43 pm
bem, eu adoroooo livros, mais do que evidente, e um dos meus autores é Caio F, que é de lu, direto que chega a cortar com gilete, ou evasivo.... mas amo, amo e amo. Só não é um bom momento para le-lo pq me deprime....
Eu gosto de biografia, já li algumas, e acho interessantissimo... ´ Beijos
Jana | Homepage | 12.02.08 - 10:05 am
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