(porque se enganou quem achava que eu já tinha feito um post sobre isso)
Não, eu não tinha feito. É, eu só comentei. Sim, eu esperei para ver o filme 3 vezes, ler todos os livros e mais o Sol da Meia Noite, projétil de livro. E conversei com tudo e com todos até formar toda a minha opinião. Porque post como esse é preciso ser bem feito. E breve, espero.
Eu inicialmente não quis ver, o filme era romance adolescente, até que as pessoas enlouqueceram e a febre chegou até às supostas sãs que possuem sangue do meu sangue. Assisti o filme, zoei porque sou do contra de modinhas, purpurina e tal, depois li um a um todos os livros, um ganhado, uns emprestados, outros comprados de última hora e desesperadamente, e por fim o Midnight Sun baixado. E passei a amar cada centímetro da história. Certo. Tudo isso vocês já sabiam.
Passado o tsunami, tenho a dizer que:
- Homens, o coração de TODAS as mulheres que lêem esses livros sofrem de palpitação. Se vocês não entendem, apenas aceitem. Sem pré-conceitos e sem chutar o pau da barraca, porque um belo dia periga você acordar e a sua namorada/noiva/amante/esposa te tacar o pé na bunda e ficar com os livros dela. Sério, experiência real e próxima. Vai por mim e segura sua onda de ciúmes.
- Mulheres que não leram os livros porque são acéfalas (porque falar de algo que não sabe e dizer que não nasceu pra ler livros pra mim se resume a isso). Todo o mundo tá careca de saber que o cinema adapta para leigos e menos providos de inteligência as grandes obras literárias, mas essa adaptação sempre deixa a real essência e riqueza de detalhes da coisa para o lado. Minha filha, tá legal sair falando que é uma bosta? Que bom. Dá ibope, né? Todo mundo acha absurdo e daí começa o bate boca, não é? Experimentou pôr a melancia na cabeça já? Ôpa, dá um efeito sensacional. Experimenta lá que você vai gostar.
- Não, eu não tou matando quem fala mal da coisa. Gosto não se discute e o que seria do amarelo se todos gostassem do azul. Eu só penso que, para tudo na vida, antes de dar pitaco é necessário saber do assunto. Pesquisar, procurar. E aí sim, baseado em fatos concretos, dizer a sua real opinião. Não a que alguém falou ou o que você acha bonito dizer. Bom seria se no mundo houvesse mais peixes de presépio, cheios de inteligência e sensibilidade para analisar o que quer que seja.
- Estudos sobre a evolução humana comprovam que a visão masculina é central, e a visão feminina é periférica. Ou seja, o homem foca no objetivo, a mulher no procedimento. Claro que um homem vendo o Crepúsculo vai chegar no 'tá, daí que a adolescente se apaixonou pelo vampiro, han?'. E a mulher pouco se importa com o fim da história, porque ela tá prestando atenção mesmo é no desenrolar da coisa. Em tons de voz, olhares, sentimento. Enfim, a ciência explica as reações de cada sexo perante o fato em si. Pronto, não se matem. Os homens são insensíveis mesmo e a gente chora mesmo por qualquer coisinha. Fato.
- Me identifiquei totalmente com uma parte do livro. Mas é melhor deixar isso pra lá.
- A vida é tão cheia de coisas ruins, sabe, gente? Tanta fome, tristeza, desolação. Realidade dura mesmo. E então inventaram as artes para nos entreter e animar. A música pra mudar nosso humor do nada no meio do dia. A pintura pra gente deixar a coisa mais colorida e podermos expressar no papel os sonhos. Os filmes, para participarmos de perto da imaginação fértil das outras pessoas. A dança, para esquecermos da vida e sentirmos outras energias sem que haja qualquer envolvimento que não o entrosamento entre as pessoas. O bordado, para que as vovós ocupem o tempo. A culinária, pra gente ficar cada dia mais gordo. Tantas coisas boas provenientes das artes! Tantas atividades diferentes, que têm tantos poderes sobre nossos sentimentos. Deixem-se apreciar qualquer uma delas. E deixem que as pessoas ao redor apreciem também. Deixem que suas irmãs, namoradas, amigas, esposas babem de chorar no Crepúsculo. É só um filme/livro, que com certeza vai deixá-la mais feliz depois de vê-lo/lê-lo. E aí quem vai aproveitar desse momento de felicidade é você. Você, homem. Se você não consegue se permitir um momento de satisfação apreciando alguma coisa que gosta, não recrimine o momento de outra pessoa. Porque você com certeza não tem o que aquela sua amiga que tá chorando em bicas pelo Robert-não-sei-das-quantas tem. O sonho. A sensibilidade. Você vai lá dizer pra criancinha de 3 anos que Papai Noel não existe? E vai dizer para a adolescente/moça/mulher, que príncipe encantado também não? Não faça isso. Guarde sua insensibilidade pra você.
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