Oitavo dia 09/05 - sábado:
Daí que levantamos de manhã com a maior vontade de chorar que você pode imaginar. O dia estava lindo e é horrível mesmo se despedir de um lugar como Natal. Enquanto a amiga pré-arrumava a mala dela (porque eu já tinha feito isso na noite anterior), fui molhar meus pezinhos na água quentinha do mar. Na volta, enfiamos os biquínis e fomos tomar café.
Enquanto eu saboreava a minha última tapioca, a amiga tirava fotos de todos os cantos do hotel. E então eu decidi que passaria minhas últimas horas de Natal dentro do mar. Peguei minha máquina e fui. Sozinha, eu e o mar, o mar e eu. E o salva vidas que me olhava de longe. Uma hora me trouxe guarda-sol e espreguiçadeira, para que eu ficasse mais confortável. Fofos esses natalenses.
Me despedindo do mar e tentando pegar uma cor mais uniforme (porque nas costas só a bunda tava bronzeada - resultado do mergulho), passei a manhã lá sozinha. A amiga ficou com Álvaro e Carol no bar molhado e piscinas do hotel. Fiquei na praia até que eles fossem me buscar, pensando se eu não teria suicidado pra não ter que voltar pra casa. Não, eu ainda estava viva. Passei mais poucas horas na piscina e quando deu 11h fui dar meu último mergulho no mar de Natal. Banho, fim de arrumação de malas, almoço pelo nariz e fechamento da conta do hotel. O translado de Álvaro e Carol chegou antes do nosso, e nós na correria ainda achamos que nos encontraríamos no aeroporto, o que não aconteceu. Nem nos despedimos. O fim da viagem foi angustiante. Demora para chegarmos no aeroporto, demora para chegar o horário do vôo, nós novamente não conseguimos sentar na janelinha, eu saí tirando uma menina da cadeira pq eu estava crente que ela estava sentada no meu lugar, mas não estava.
Um sanduíche de queijo com mato no avião (pelo menos foi melhor que o da viagem de ída), e a monotonia que me fazia não ver a hora de chegar em casa. No fim da tarde o piloto nos disse para olhar para as janelinhas, porque havia um lindo pôr do sol em tons de vermelho, amarelo e laranja do lado direito do avião, e um lindo anoitecer, com lua cheia e estrelas do lado esquerdo. Tudo ao mesmo tempo. "Obra de Deus", dizia ele. Devia ser mesmo. Tudo obra de Deus, menos o meu ódio mortal por não conseguir olhar para nenhum dos dois lados. Porque é o cúmulo do absurdo quem senta na janelinha e fecha. Ou quem dorme. Ou quem enfia a cara e não deixa o pobre ser que sentou no corredor olhar. Inferno.
Cheguei irritada. Apreensiva por uma leve turbulência já em São Paulo. Pô, tanto lugar legal pra cair o avião e eu morrer, vou morrer logo em casa? Enfim, pousamos. E o piloto achando que tava pousando um aviãozinho de brinquedo, porque fez igual a bunda dele. Então eu achei que morreríamos como o avião que não parou, em Congonhas, dia desses. Estatelou do outro lado da rua. Mas foi tudo bem. Até a hora de resgatar a minha mala.
Porque na ída eu via as pessoas com malas de oncinha, lenços de cores vivas amarrados... eu, pessoa lerda que sou, nem pensei nos motivos. Mas naquela hora eu processei. Todo ser que pegava uma mala vermelha da esteira, colocava no caminho e ía embora, me dava pânico de pensar que aquela mala era parecida com a minha. E eu não tinha nenhum adicional para diferenciá-la, nem poderia culpar a criatura que tivesse levado. Justo na volta que eu achei que não seria necessário colocar cadeado no zíper. Na ída, que eu coloquei, nada aconteceu. Na eternidade do momento em que eu esperava a minha mala e ela não vinha nunca eu pensava na surpresa de quem chegasse em casa e, na hora de abrir a mala, desse de cara com as minhas calcinhas. Enfim, ela chegou (e quando cheguei em casa também enchi de frufrus para não passar esse perrengue da próxima vez). E nós fomos, no frio, na chuva, no vento (yes, cheguei na minha terra) atrás de estacionamento, carro, trânsito, casa.
E aí o fim da viagem é sempre aquela coisa de desfazer malas, lavar roupa, passar roupa, trabalhar na segunda-feira. Mas essa parte vocês já sabem, né? Ok, eu pulo então.
Assim acabou a minha SUPER viagem à Natal. Voltemos à programação normal do blog.
:: Postado por Rê às 08h33
agora vc ja sabe pq da cafonice nas malas... a gente sempre aprende... bem vinda a vida normal!... rs
beijo
Mågö Mër£îm†™ | Homepage | 06.05.09 - 6:02 pm
aah, natal *-*
morro de vontade de conhecer
:*
Lud | Homepage | 06.05.09 - 2:59 pm
Voltei, lindona!
Beijão!
danny | Homepage | 06.04.09 - 11:50 pm
Aii voltar sempre da uma nostalgia, uma dor de deixar o lugar... Eu aqui que nem fui a Natal, fiquei nostalgica rsrs
Beijos
Jana | Homepage | 06.04.09 - 2:24 pm
A volta é sempre um saco porque estamos nos despedindo de um lugar que não sabemos se vamos voltar a visitar algum dia, né. Quando voltei de Maceió, o vôo atrasou 3 horas e, detalhe, era de madrugada! Eu odeio a janelinha (medo!) então se a gente for viajar juntas alguma vez eu cedo o meu lugar pra vc ok! Rsrsrsrsrs!
Beijos
Lilica | Homepage | 06.04.09 - 2:01 pm
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