terça-feira, 22 de novembro de 2011
Sobre Reconhecimento
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Seis coisas que eu gostaria de fazer antes de morrer... e ainda vou!
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Diga-me o que compras...
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Oito-quase-Onze coisas que eu queria fazer E FIZ!
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Lorpa de Ipanema
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
E aí você entrou na minha vida.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Sobre Individualidade
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Sobre o dia que eu fui pro Inferno.
Tudo começou com um e-mail. Pessoa amor mandando escrito "estarei em São Paulo e aviso que na sexta quero ir no Inferno. Se alguém quiser me acompanhar, agradeço." Eu, encantada com o nome do lugar, pesquisei a respeito. Inferno. Um bar na Rua Augusta, a rua mais promíscua de São Paulo. Um inferninho, pra ser mais precisa. Topei.
Já na mesma hora, mandei mensagem pra outra pessoa amor: "vou pro Inferno e preciso da sua companhia, pessoa acostumada a ir pra lá, pra me proteger. Vai tocar rockabilly." Rockabilly no inferno. E eu já imaginei diabinhos com topetes balançando as cadeiras à lá Elvis Presley. Fato que a primeira interessada em ir para o Inferno se interessasse pela banda que ia tocar rockabilly. O gato dela se chama Elvis.
Eu, interessadíssima em ir pro Inferno, me dividi ente a curiosidade de frequentar um ambiente na Rua Augusta (visto que seria a primeira vez já que Renata e Rua Augusta são opostos que não se atraem) e à emoção de estar em um lugar que tocasse rockabilly. Porque veja bem que nessa vida eu frequento bares que tocam rock, mas já estive em samba, pagode, reggae, sertanejo (funk não que funk é demais pra minha pessoa). Mas rockabilly, gente, eu nunca tinha ido. E meu imaginário a respeito de como seria um lugar assim corria solto.
Era ainda durante a semana quando eu recebi um sms falando a respeito de colocar nome na lista da balada. E, cheia de emoção, mandei um sms dizendo "seu nome já está na lista do Inferno." E então que na sexta o moço da oficina quis ficar com o meu carro por lá. E eu cheguei suplicante "mas moço, eu preciso do meu carro, preciso ir para o Inferno no fim de semana!". Ele atendeu prontamente, meio incrédulo na situação, meio com medo de perguntar a respeito. E eu em meio ao compartilhamento de informações com as amigas virtuais no Facebook: "gente, hoje eu vou pro Inferno!" e elas: "ah, eu também queria!!", ligava para as amigas reais e dizia "já peguei o carro pra podermos ir confortáveis para o Inferno!"
Sexta feira à noite, nós no inferninho da Augusta, saídas do Violeta (bar de nome muito meigo para a localização), descendo a rua. E o Inferno demorava a chegar. Amiga amor abordou um segurança: "moço, onde fica o inferno?" e ele: "é só descer!" e pensamos que bom. Pra baixo é sempre o caminho do inferno, claro. Que pergunta. E então eu recebi a ligação: "oi, você tá demorando pra chegar, eu estou aqui na porta do Inferno usando um vestido de oncinha, tá?". E eu ri. Ri desde o começo da sugestão de lugar, ri internamente até chegar lá na porta. Do Inferno. Onde o segurança abriu pra nós a porta pesada dizendo "sejam bem vindas ao Inferno e aproveitem." (e eu lembrei nitidamente do episódio da minha vida em que fui no Castelo dos Horrores do Playcenter). Mas não, ali era só o Inferno. E eu nunca tinha ido em um lugar com o nome tão legal. E nunca tinha sido tão divertido contar para as pessoas que eu estava indo em uma simples balada.
E gente, o Inferno é lindo. Com as paredes revestidas de tecido de oncinha e grandes cortinas vermelhas, lá dentro é a oitava maravilha do mundo. E toca Foo Fighters. E Metallica. E Ramones. E Elvis Presley, claro. E Elvis Costello também. Lá, no Inferno, tem mais mulher do que homem. Porque a entrada para mulheres é vip. Mesmo assim, tem sofás. Muitos sofás. E poucas pessoas. Na verdade, no Inferno tem espaço suficiente pra você se jogar na pista e dançar com os braços abertos. E mexer as perninhas e os braços tatuados arriscando o twist mais desengonçado que conseguir. Sem encostar em ninguém.
No Inferno toca uma banda de rockabilly que se você fechar os olhos se vê em 1950. E tem a impressão que ao abri-los vai ver todo mundo de rabos de cavalo e fitas no cabelo e saias rodadas. E rapazes de brilhantina no cabelo, camiseta branca e jaqueta de couro. E bebendo Heineken, porque é só esse o drink que servem lá no Inferno. E se você sonhar mais um pouco, capaz de enxergar John Travolta cantando pra você ♪ Summer days drifting away, to oh oh the summer nights..